CAPÍTULO 38 PARTE 1

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Luana Ribeiro

O dia de hoje era para ser um dos mais felizes da minha vida, pois o meu filho nasceu, porém na verdade hoje eu vi que nada que eu venha a fazer trará o Rick de volta para os meus braços, nos nunca seremos uma família. O pior de tudo foi ele trazer uma mulher para casa sabendo que eu estava lá com o nosso filho no ventre já prestes a nascer, o respeito dele por mim passou longe, mas eu não tenho o direito de falar nada, pois eu só estou colhendo o que plantei. Eu não consigo suportar a dor que sinto em meu peito. -Vocês sabem como é quando queremos tanto algo que acabamos passando até mesmo por cima do nosso caráter para alcançar? -Pois é, isso me descreve bem nesse momento. A única felicidade que tenho agora é o meu lindo e fofo bebê que dorme agora tranquilo e sereno em meus braços, passo minha mão pelo seu rostinho lindo e lágrimas caem pelo meu rosto.

A minha memória volta na cena do Rick se atracando com uma mulher no meio da sala e penso também na maneira na qual ele me tratou perto dela. Eu só esperei eles irem para o quarto dele e corri para o meu, eu estava meio trêmula e lágrimas desciam pelo meu rosto sem parar, enquanto isso os gemidos deles ecoavam pelo corredor. Eu queria gritar tamanha minha raiva, mas o que fiz foi só pegar minhas coisas e colocar nas malas, fui jogando tudo que era meu dentro delas, por último peguei minha bolsa e um papel com um nome escrito no mesmo caiu de dentro dela, nele o nome Nathan Harris e um número estavam gravados, só aí eu me lembrei do rapaz que me ajudou naquele dia quando o Rick e eu brigamos. Eu pensei em joga-lo fora porém não tive coragem, não sei nem o porque mas o voltei para minha bolsa, peguei o restante das minhas coisas e desci uma mala de cada vez tentando não fazer barulho, me sentei no sofá, liguei para um hotel e reservei um quarto, liguei em seguida para um táxi e fui para o hotel.

O caminho todo foi bastante angustiante, eu sei que só estou pagando por todo mal que fiz e causei, chego no hotel, peço para levarem minhas malas para o meu quarto e saio, vou caminhando pelas ruas e sinto uma dorzinha no pé da barriga, mas não é nada que não de para aguentar, então eu continuo a caminhar, até que a dor vai começando a se apertar, eu estou perto de uma rua escura, me sento de dor no chão e sinto um líquido quente escorrendo pelas minhas pernas, começo a me desesperar pois o lugar no qual eu me encontro está deserto, mexo em minha bolsa e pego o meu celular, ligo várias vezes para o Rick porém o celular dele chama e chama até cair na caixa de mensagens, a dor vai ficando cada vez mais forte e eu avisto novamente o papel com o telefone do Nathan na minha bolsa, pego o mesmo sem pensar muito e disco o número. Logo o telefone é atendido no primeiro toque...

Nathan: Alô!

Luana: Oi, sou eu Luana, eu sou a mulher que você ajudou há alguns meses atrás, você nem deve se lembrar mais de mim, pôde ser que seja estranho mas eu preciso da sua ajuda!

Nathan: Eu me lembro bem de você sim, eu jamais me esqueceria de você! O quê você precisa?

Luana: A minha bolsa rompeu e eu estou numa rua deserta, eu já liguei para o pai do meu filho, mas ele não atende. Por favor me ajude, aiiii!

Nathan: Ok! Me diga onde você está que eu vou aí te ajudar.

Luana: Realmente eu não sei onde estou!

Nathan: Tenha calma e respira fundo, eu tenho um aplicativo de rastreio, vou colocar o seu número nele e procurar por sua localização, espere um segundo.

O silêncio reina na linha e a dor me pega mais uma vez me fazendo gemer pela dor da contração.

Nathan: Consegui te rastrear e por sorte eu estou perto de você a somente 2 quarteirões de distância, eu já estou indo, só continua na linha e respira.

Durante todo o caminho ele veio conversando comigo pelo celular que nem percebi o tempo que ele gastou para chegar até ali se passou rapidamente, quando noto eu já vejo faróis de um carro se aproximando de mim. O carro encosta o mais perto de mim possível e Nathan sai do mesmo, abre a porta do passageiro e vem até o meu encontro, ele me pega no colo, me coloca sentada no carro, passa o cinto em mim com cuidado, dá a volta, entra e sai o mais rápido possível para o hospital que ainda por sorte ficava próximo dali. Ele estaciona o carro na entrada do hospital, desce, adentra o hospital e logo em seguida ele aparece com um enfermeiro e uma cadeira de rodas, ele me acompanha o tempo todo. Eu sinto que o meu bebê já está perto de nascer e seguro nas mãos de Nathan, eu o entrego meu celular e o peço para que ele ligue para o Rick, ele liga e ouço ao fundo ele conversando com alguém.

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