Prólogo

4.8K 322 70
                                    

Madeline Elizabeth Turner virou órfã de mãe quando tinha apenas seis anos de idade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Madeline Elizabeth Turner virou órfã de mãe quando tinha apenas seis anos de idade.

Ela era uma garotinha magricela de cabelos ruivos que tinha uma terrível inclinação a falar demais. Era provável que ninguém nunca tivesse imaginado que algo poderia deixá-la triste, mas a perda da mãe foi um acontecimento devastador.

A princípio ela não entendeu muito bem o que estava acontecendo. Em um momento Vitória Turner estava alegre e saudável, fazendo tranças no cabelo da filha antes de dormir, e no outro estava definhando em cima de uma cama. O processo não foi demorado. Três dias de uma forte gripe acompanhada por febres muito altas e lady Turner veio a falecer, deixando marido e filha desamparados.

Ninguém sabia como contar a Madeline, mas ela soube assim que viu o rosto do pai. Foi como se seu mundo inteiro tivesse desmoronado pedacinho por pedacinho. Ela sabia que nada nunca mais seria como antes. No dia do velório todos não cansavam de tentar chegar perto dela, dizendo palavras de conforto que mais soavam como um grande agouro. Tudo que ela queria era o colo da mãe, que com certeza seria a única pessoa que saberia como fazê-la se sentir melhor diante daquela circunstância.

E ela nunca mais a teria.

Nunca mais riria com ela ou se aconchegaria em seu abraço.

Isso era o suficiente para deixar qualquer garotinha muito deprimida. Além disso, toda a sua casa tinha uma vibração triste. Não era assim antes. Seu lar costumava ser um lugar feliz. Era difícil para ela entender, com sua pouca idade, que aquilo não era definitivo, que aquela onda de sofrimento passaria e a saudade, sua companheira permanente, doeria um pouco menos.

Naquele momento, entretanto, tudo só parecia ficar pior. Talvez não tivesse sido a melhor atitude de sua parte fugir sem dar nenhum aviso, mas tudo que ela queria era chorar sem ter alguém tentando confortá-la ou dizer que tudo ficaria bem quando ela sabia que não ficaria.

As coisas não ficariam bem por um bom tempo.

Ela foi até o alto do vale e se sentou debaixo de uma árvore. Era onde sempre brincava nos dias ensolarados e seu lugar favorito na propriedade inteira. Seu pai tinha construído um balanço para ela e agora ele era conduzido de um lado para o outro pelo vento frio.

Ninguém a procuraria ali.

Se tivesse sorte, ninguém sequer se lembraria dela tão cedo.

Mas ela não teve.

— Liz... — um chamado soou do outro lado do monte.

Mesmo se não reconhecesse a voz, ela saberia quem era. Só alguém a chamava pelo segundo nome. Alguém muito irritante e com quem ela não queria conversar agora, por isso não respondeu.

— Estão procurando por você. — ele disse ao se aproximar mais dela, sentando-se ao seu lado. — Eu sabia que estava aqui, mas imaginei que quisesse ficar sozinha.

O florescer dos lírios Onde histórias criam vida. Descubra agora