Para quem sonha em trabalhar home office porque acredita que vai ter uma vida mais tranquila, sinto muito em te dizer que, na prática, não é bem assim que a coisa acontece.
Por causa da quarentena imposta pelo coronavírus tive que trabalhar direto da minha casa nesses últimos dias. Em primeiro lugar, é preciso ter muita disciplina. Temos que simular a rotina de trabalho como se estivéssemos na empresa e resistir às tentações de deitar um pouquinho na nossa cama. Dá para assaltar a geladeira de vez em quando, isso é verdade. Ou respirar um pouco na cadeira de área da varanda.
Porém, chega uma hora que a gente já não aguenta mais passar tanto tempo em casa. Até mesmo seres antissociais como eu querem sair para a rua de vez em quando. As redes sociais enjoam. A televisão e seus noticiários nos chateiam mais ainda. Melhor deixá-los de lado.
É claro que ficar vinte e quatro horas em casa também tem suas vantagens. Passamos mais tempo com quem a gente ama, fazemos refeições mais saudáveis, colocamos a leitura em dia, assistimos séries e filmes e temos um pouco mais de segurança em saber que não vamos nos infectar, nem transmitir alguma doença aos nossos familiares, amigos e colegas de trabalho.
Em épocas como esta, temos a impressão de que, se passarmos pelo portão de casa, seremos contaminados pela ameaça invisível que está no ar.
Penso nos homens e mulheres que não têm condições de fazer seu trabalho à distância e não podem ficar em casa, mesmo em meio a essa loucura de coronavírus, como médicos, enfermeiros, policiais, funcionários da limpeza pública, caixas de supermercados, entregadores, entre outros vários profissionais essenciais para o nosso cotidiano.
São eles os responsáveis por manter as engrenagens do nosso mundo enfermo ainda rodando. A eles quero dedicar esta crônica. Meu muito obrigado a todos!***
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Crônicas
RandomCrônicas do escritor e jornalista Ronaldo Ruiz Galdino sobre as coisas do cotidiano, que parecem ser banais à primeira vista, mas que guardam grandes tesouros quando buscamos observá-las com mais cuidado. Toda semana uma crônica nova.