CAP 12 - Trouble

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- Gostou do presente? - chegou Noah por trás da Sina, enquanto ela pegava alguns livros do armário. E assim que ouviu a voz dele sussurrando no seu ouvido, deixou dois livros cair. Ele riu e os pegou do chão para ela. O corredor cheio de alunos, ninguém mais dava tanta atenção para o assunto "Noart" se eles estavam ficando, se já havia acontecido algo, agora conseguiam vê-los juntos sem comentar nada.

- Desculpa, não quis te assustar - disse ele, rindo - e então? Gostou?

- Achei muito lindo, obrigada

Ela de repente olhou para os lados.

- O que foi? - perguntou ele, seguindo o olhar dela

- Porquê?

- O quê? Ah... sei lá estava passando pelo centro, procurando alguns... você sabe e vi ele em uma loja, achei que combinaria com você e resolvi...

- Não... porquê?

Ele olhou bem para ela, sério, e suspirou, esfregou a mão no rosto e disse:

- Olha, eu entendo que pense essas coisas mas por favor, eu só... queria agradecer por... sua amizade

- Tudo bem, obrigada

- tudo bem - disse ele, dando um sorriso tímido e se encaminhando para a sala. Ela seguiu seus passos com o olhar e viu de longe uma coisa que não reparara antes; a metade de um corte, no braço esquerdo dele, o resto provavelmente está coberto com sangue. E não era fina para ser apenas um arranhão de gato; talvez ele tivesse se machucado sem querer em alguma faca ou algo assim.

* NOAH *

Ele chegou em casa depois de um show, cansado e suado, sem ninguém, Josh o levou em casa e foi embora. Na manhã em que comprara o vestido da Sina, quando chegou em casa sua mãe lembrou-o novamente de que só aquele talento para cantar não a dava orgulho o suficiente, perguntou para quem era aquele vestido e ela tomada pelo ciúme ofendeu Sina, Noah ficou muito bravo e gritou com ela mais uma vez. Subiu para o quarto e bebeu horrores naquela tarde, seu pai chegou e sua mãe contou tudo sobre a briga dos dois. E Noah estava trancado no banheiro, abraçado na garrafa de vodka, quase seca de tanto que havia bebido, encostado na porta, sentado com as pernas soltas. Quando seu pai começou a praguejar palavras, ele caiu no choro. Um tempo depois, seu pai subiu. Falando que a culpa de tudo o que dava de errado na vida dele era do Noah, batendo o punho na porta, o que só fez Noah se afundar ainda mais na escuridão em que estava a anos.

Mas nessa noite ele tomara uma decisão, saiu do banho e pegou o celular, ligou para os meninos; Trainor, Peter, que avisariam aos outros e depois para o Josh; avisou à todos que iria se mudar para outra casa.

- O quê? - perguntou Josh

- É. Não dá mais para aguentar ficar aqui

- Vem pra casa cara...

- Não, não... está decidido, eu devia ter tomado essa decisão a bastante tempo

- Amanhã vou em uma corretora e... vê o que dá para fazer

- Acha que o seu pai vai concordar com a ideia?

- Eu não ligo! se ele me quisesse mesmo aqui, não me chamava de aberração

- Cara... tenho que te dizer, está certo. Mas, desculpa... o dinheiro é muito mas não o suficiente para manter uma mansão

- Não se preocupa, eu dou um jeito, não precisa ser nada muito luxuoso...

- Ok - disse Josh - bye.

A semana seguinte inteira do Noah se resumiu em procurar um apartamento e fazer show, e já havia esquecido a escola. Não falou com a Sina, o baile de boas vindas seria dali a dois dias e ele nem sequer sabia se iria. Não demorou muito para encontrar uma casa que se sentisse agradável, era simples, média, como qualquer outra casa daquela rua, bem diferente da sua.

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