CAP 49 - It's not the end

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- Obrigada - disse Sina, se despedindo de uma paciente
- Eu que agradeço Dra.
Ela fechou a porta, Molly a esperava no carro.
- Aquela vadia é muito falsa, reclamou que você demora para atender. - disse Molly.
- Eu estava muito ocupada, pedi desculpas a ela.
Molly começou a dirigir, mais um dia de trabalho concluído.

- E aí? - perguntou Molly, tentando puxar assunto.
- E aí o quê?
- Não vai falar nada sobre aquele cara alto? Eu vi o jeito que ele olhava para você.
- Não vem com essa, é meu paciente.
- Ai meu Deus... Sina, Sina, Sina. Você está há quanto tempo sem beijar na boca?
- Isso não é pergunta que se faça a uma mulher.
- Mas eu sou mulher e estou perguntando. Então, não vai me contar?
- Contar o quê?
- Não está apaixonada por ninguém?
- Não.
Sina abriu o celular.
- Está bem, que tal aqueles dois musculosos do terceiro andar?
- Não, nem vem, eu já ouvi e ele geme muito alto, parece que está morrendo.
Molly gargalhou.
- Okay.
Houve um breve silêncio entre as duas.
- Nunca se apaixonou na sua vida?
- Sim. Óbvio.
- E então, o que aconteceu? Quem foi o sortudo?
- Ele era o homem mais lindo do mundo, seus olhos eram apaixonantes e um ser humano incrível, meio complicado às vezes, mas...
- Nossa... do jeito que você fala... você ainda gosta dele?
- Não importa. Ele deve estar com outra agora, ele a escolheu então...
- Então a gente sequestra ela, esquarteja e coloca no porta malas.
Sina riu.
- Você é doida.
- Eu sei que você gostou da idéia.
- Não, a esposa dele faleceu.
Molly parou no sinal, Sina desligou o celular, Molly pensou por uns segundos e...
- Ah, não. - disse Molly, surpresa com algo que ela mesma pensou.
- O que foi?
- Não, não pode ser...
- O quê, garota?
- Você e o...
- Ops.
- Como você nunca me contou isso antes. É claro, como eu não percebi isso antes, Sina Deinert...
O sinal voltou ao verde e Molly voltou a dirigir.
- Você disse que a esposa dele morreu. Meu Deus, você pegou o Noah Urrea, me conta tudo agora mesmo garota - disse ela, dando um tapa na perna de Sina. - Anda, me conta os detalhes, ele beija bem?
- O quê?
- O pênis dele é grande?
- Não, Molly...
-  O quê? Não é?
Sina suspirou.
- Não importa, tudo está acabado. Só... segue o caminho, estou morta de fome.

- O que está fazendo? - Josh perguntou a Noah quando o viu deitado na cama.
- Ah... nada demais, só... vendo algumas coisas no... computador.
- Uau, nossa... eu e você éramos dois grilos - disse Josh, passando as fotos do colegial.
- Estava vendo o discurso da Malia... belas palavras.
- Nossa, verdade. E então, como você está?
- Muito bem, e você?
- Estou falando sobre como você está se sentindo
- Bem. No começo estava um pouco difícil mas agora estou bem, te juro.
- Você... ainda sente falta de algo? Ou alguém?
- Não sei. Talvez - ele olha Natalie, que está apertando as teclas do computador. - Por quê?
- Nada. Eu te conheço bem, Urrea, te conheço muito bem. Sei o que está se passando nessa cabeçona - ele disse bagunçando os cabelos do amigo.
- Do que está falando?
- Não espere por aprovação se pensa em fazer alguma coisa. Malia iria querer ver você feliz, você sabe bem disso.
- É.
- Volte com a Bianca.
- O quê?
- Está pensando nela, não é?
- Nã-
- Não? Então... oh, i see.
- Talvez alguém esteja me puxando para Londres.
- Você ainda a ama? Acha que ela vai querer voltar com você depois de tudo?
- Não sei. Eu estou bem Natalie aqui. Porquê? O que acha?
- Quer saber? Eu acho que tudo acontece por um acaso. Siga o seu coração e faça o que sentir vontade.
- Você está muito gay hoje.
- Eu sei, me desculpa. Aproveita, amanhã você embarca para Londres.
- Amanhã?
- É. Resolveram voltar com o show, você precisa voltar e fazer alguma coisa. Anda, vá fazer as malas.
- Vou pedir a Pietro para fazer. Estou com preguiça hoje.
- Você está todos os dias.

No dia seguinte Noah se despediu a força de Natalie, queria ficar o dia inteiro com ela. Mas tinha que partir para Londres. Seu primeiro show depois de muito tempo. Assim que chegou na cidade foi se preparar para o show, ensaiando no palco com os meninos. E cinco horas depois, estavam se apresentando. Ele sentiu uma energia incrível vindo da platéia.

Quando terminou, partiu para o bar comemorar com os meninos para relaxar um pouco. Estava lotado, era noite de sábado. Havia poucas mulheres naquele lugar, Ryan e Collin estavam se desafiando na mesa de sinuca, enquanto Sam assistia, Noah estava muito ocupado conversando com uma mulher.

- Está pronta - perguntou Sina, batendo no quarto de Molly.
- Estou quase - pega um frasco de perfume e passa rapidamente no corpo, o seu vestido presto é bem decotado, com uma abertura na parte do seio.
- Uau, está maravilhosa.
- Obrigada, você também.
Sina usava um vestido florido, sem alça, as mangas caídas no ombro.

 Sina usava um vestido florido, sem alça, as mangas caídas no ombro

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Elas iriam sair para beber e relaxar um pouco, muito tempo que não saiam juntas, desde a sentença do juíz

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Elas iriam sair para beber e relaxar um pouco, muito tempo que não saiam juntas, desde a sentença do juíz.

- E aí? Desenrolou com a morena? - perguntou Sam ao Noah
- Não. Ela é casada.
Sam deu um tapinha no ombro dele.
- Relaxa, 'cê vai sair dessa seca, vai aparecer mais gata aqui hoje, tenho certeza.
- Eu vinha muitas vezes aqui nesse bar com o Josh e a outra banda, para tocar ou para se divertir.
- Ainda fala com algum?
- Não. Nenhum.
Ouviu-se o barulho de sino batendo, assim que a porta abriu, mas ninguém olhou pois eram cinco caras entrando.
- Mais homem, ótimo - disse Noah.
- Pemba! - comemorou Collin, ganhando a partida contra Ryan.
- Deixa que eu resolvo isso - disse Noah, pegando uma garrafa de Vodka e Collin uma de tequila, Ryan abriu a boca e os dois derrubaram um pouco na boca dele. Ryan engoliu fazendo careta.
- Que troço ruim. Nunca misturem isso, nunca mesmo.
Noah tomou um longo gole da Vodka e ofereceu a Sam, que recusou.
- Minha vez agora - disse Noah, pegando o cabo de sinuca e puxando um triângulo com as bolas.
Nem notou quando Sina e sua amiga entraram e se sentaram numa mesa perto da janela.
- Eles estão quase chegando. - disse Molly
- Eles quem? - disse Sina, dando uma golada na sua cerveja
- Os caras que eu marquei o encontro pelo chat.
- Que chat? Molly, eu não quero conhecer ninguém, já falei
- Ai relaxa, eles são super legais e bonitos. Olha - disse ela, pegando o celular para mostrar as fotos dele - esse aqui é engenheiro, está vendo? Fortão, olhos azuis, loiro e esse aqui é Fred, arquiteto, um e sessenta, mas tudo bem, porque eu não gosto de homem muito alto.
- Ai meu Deus, você não toma jeito mesmo.

Não demorou muito para os dois chegarem e sentarem ao lado de Molly.
-Ah, senta daquele outro lado, minha amiga já está vindo.
- Okay.
Sina estava no bar indo pegar alguns copinhos de tequila no bar, quando se virou, quase esbarra em alguém.
- Opa, descul-
Era Noah.
- Sina?
Houve um silêncio dramático entre os dois.
- Está fazendo o que aqui? - perguntou ela, ainda segurando três copinhos de tequila na mão.
- Eu...
Molly avistou de longe quando ia chamá-la.
- Sinaaa
- Dálicença, minha amiga está me chamando.
Ele seguiu o caminho dela de volta até à mesa com o olhar.
- Três shots por favor - pediu ele, e voltou o olhar para a mesa de Sina. Viu que ela estava sentada do lado de um cara, desviou o olhar rapidamente.

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