CAP 21 - I miss her

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Sexta-Feira, dia 17 de novembro. Josh voltou, apesar de ter ficado extremamente chateado com o amigo e com as suas atitudes, ele sabia que Noah precisava dele mais do que nunca... estava extremamente perturbado, ainda mais agora, sem a mãe e sem... nossa, Josh estava sem coragem para falar mas ele andou conversando com a Sabina pelo celular e Hina vem aconselhando a Sina para se afastar e esquecer de vez o Noah, que ele a arrumou muitos problemas, que talvez não fosse para dar certo e que deveria ficar com alguém que ela não precisasse dar um puxão de orelha toda vez. E que Sina estava cada vez mais próxima de Lamar, saíram juntos em várias ocasiões, e ele sempre a abraçava, tudo bem, ok, talvez fosse uma pura amizade, mas...
- E aí bro - ele abraça o amigo, que está com olheiras bem feias debaixo dos olhos. - nossa, você parece bem abatido
- É... eu não venho dormido muito bem esses dias, tem um maluco no mesmo quarto que eu e não confio nele - explicou Noah. - mas e aí? novidades?
- Papai me deu um carro
- Jura?
- Sim. Ele não aguentava mais eu usar o dele e me deu um.
- Caraca, que sortudo, tem os melhores pais do mundo
- É... - ele olhou o amigo por uns segundos, suspirou e começou - como está seu coração?
- Ãhm?
- Ainda está apaixonado pela...
- Está brincando? Claro!
Ele olhou para o amigo e apertou os lábios como se lamentasse o que acabara de ouvir.
- O que foi?
Josh pensou em contar a ele sobre Sina, mas preferiu não incomodar o amigo com essas coisas, não por agora.
- Nada.

Dezembro.

- Minha vez! - disse Sina, pegando uma pesada bola de boliche e jogando em direção aos pinos, depois de Saby acertar todos. Acertou três e os outros três ficaram em pé.
- Observe e aprenda com o mestre - disse Lamar, em seguida arremessou uma bola com toda a força e acertou todos os pinos.
- Grande coisa - ela lamentou, sentando em cima da mesa de sinuca enquanto Hina tentava acertar mais uma jogada. Lamar foi até ela e envolveu suas coxas com os braços. Ela ainda usava a aliança que Noah lhe deu e agora mexia nela.
- O que foi? - perguntou Lamar
- Saudade dele
- Hum... - ele pareceu decepcionado
- Acertei - disse Hina
- Desculpa, eu sei que não é da minha conta mas... não acha isso tudo muito complicado, quer dizer é óbvio que é mas vocês vão ficar assim até quando?
- Lamar, sua vez - gritou Saby.
- O que foi? - perguntou Hina para Sina
- Nada
Ela viu a amiga girando a aliança, se sentou em cima da mesa perto dela.
- Sua vida também está de cabeça para baixo não é?
- Está sim
- Ai, ai Sininho... às vezes as coisas não saem como a gente espera e o melhor a fazer é buscar uma saída para o problema porque se não a vida passa e a gente fica no mesmo lugar. Não acha que isso já te causou problemas demais?
- E noites mal dormidas demais
- Então, o que 'tá faltando?
- Não dá, simplesmente, depois de tudo, seria muito egoísta, eu acho...
- Não, porque aposto que qualquer pessoa pode achar alguém que lhe goste também, só porque duas pessoas se amam não significa que elas nasceram para ficar juntas. Vocês querem que encaixe mas desculpa, eu acho que depois dessas coisas não vai
Sina suspirou e ficou olhando Lamar debochar de Saby, que estava brava por ter errado uma jogada, o placar na tv: 13×11.

Quando chegou em casa e se deitou na cama, ficou pensativa, depois começou a ficar pensativa, sobre a sua conversa com a Hina, sua cabeça esta tão cheia que adormeceu bem cedo naquela noite.

Vinte e quatro de dezembro, a polícia soltou para passar o natal e fim de ano os presos que não eram considerados um perigo para a sociedade e aqueles que ainda estavam sendo investigados, porém estavam proibidos de sair da cidade ou ir para outro bairro, Noah era um deles e mais alguns presos. E novamente, Josh era o único que estava lá para levar ele de volta para casa. E para a surpresa dele, ele lhe contou que seu pai estava na cadeia porém em outra unidade.
A neve já cobria metade da cidade, mas graças aos guardas de trânsito que ainda trabalhavam e aos garis que limpavam a neve da rua, cobertos com mais roupas que o nornal, e pareciam gordos de tanta roupa. Noah seguia agasalhado no carro, com as mãos dentro do moleton, o parabrisa não de ir para lá e para cá limpando os minúsculos flocos de neve que caíam.
- Comprei uma roupa para você também. A gente vai sair para jantar hoje, na casa dos meus avós. - Disse Josh, tentando de alguma forma animar um pouco o amigo.
- Obrigado. Só não sei se estou animado para pensar em natal.
- Eu sei que não, mas eu pensei que seria uma ótima maneira de você distrair a sua mente, e minha vó é uma pé de cana muito maneira, você vai amar ela.
- É aquela maluca que você sempre fala? - perguntou Noah, rindo
- É ela mesmo. Vai sair para vê-la?
- Sina? - ele perguntou olhando para Josh e depois olhou para a janela, que estava meio embaçada.
- Uhum
- Óbvio, estou morrendo de saudades, mas prefiro passar o ano novo com ela acho que... é melhor... talvez
Ele desenhou uma bonequinha com cabelo liso e em volta dela, um coração.
- A família dela não vai me querer por perto eu acho. Fim de ano a gente dá uma escapada. Ele observava a rua agora e viu que as pessoas estavam todas com moleton, toucas, fone para cobrir as orelhas, com sacolas na mão e andando com um pouco de dificuldadenpor conta da neve que estava ficando um pouco mais grossa no chão, mas aquele pouquinho já era suficiente para matar qualquer um de frio. Sua mente foi se distanciando aos poucos e seus pensamentos foram até Sina; ela não foi vê-lo em nenhum momento, isso foi uma das coisas que o deixou desolado na cela, o que o consolava era pensar que os pais dela a proibiu de ir vê-lo.

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