- Oi de novo senhorita... Deinert - Disse o Noah para a Sina assim que ela atendeu a webcam, de pijama já de noite e com o cabelo bagunçado estavam os dois, para ele parecia ser bobo porque não mudava muita coisa mas ela - ela continua bonita mesmo com cara de sono e toda desarrumada - pensou ele. Para ela, ele parecia sonolento, provavelmente não dormiu nada na noite anterior, nos jogos.
- Mentiroso - respondeu ela, ele riu e desmanchou o sorriso depois, engolindo em seco e Sina já imaginava sobre o que ele iria falar
- Bom, olha quero te pedir desculpas pelo... enfim, acho que você já viu. Perdão. Já é a segunda vez que falo isso não é? Vou entender se não quiser mais falar comigo
- Tudo bem, não foi tão sua culpa mas... eu acho melhor a gente parar com as lives de jogos e evitar andar juntos, não é?
- Tem toda a razão
- Eu estava com medo, eles não seguiram a gente até aqui na minha casa, seguiu?
- Não, não fica tranquila isso daria um enorme processo e eu ganharia fácil.
Houve um breve silêncio constrangedor antes de ela puxar assunto:
- E aí? Como estão as coisas? e seus pais?
- Ah, está tudo na mesma eles... bom, minha mãe me pegou usando umas coisas errada. - ela ficou séria depois que ele disse isso, apoiou a cabeça nas mãos como se quisesse ouvir com mais atenção e estar mais perto dele - e a gente brigou de novo hoje de manhã, sabe?
- É. Posso saber o que era que você estava fazendo?
Ele se levantou, foi até o banheiro e voltou com um saco com o pó e o outro, cheio de maconha. E colocou na frente do computador. Sina abriu a boca, pasma.
- Bom, isso - disse ele, mostrando os sacos.
- Eu não sei nem o que te dizer
- Não me diga nada, apenas fale comigo, me conte mais sobre você. Eu já sei seus gostos que por sinal, são os melhores, conheço praticamente sua família, mas me fala mais sobre você
- Bom, o que quer saber?
- Suas ambições, você é inteligente, quer fazer o que depois de toda aquela merda no London High School?
- Não é tão ruim, eu tenho a Hina e o Lamar. Ah, bem eu quero fazer ciências biológicas e depois me graduar em biomedicina
- Interessante. Não é a toa que tirou dez nas exatas.
Ela sorriu meio envergonhada e orgulhosa do elogio.
- Desculpa perguntar assim sem mais nem menos mas... eu não entendo. Você tem uma carreira ainda pela frente, faz sucesso em vários lugares, canta e seus pais não sentem orgulho de você? E parece que tudo de ruim que você faz gira em torno dela.
Deu para ver a expressão de decepção no rosto dele.
- Só me fala se quiser - disse ela, tentando não deixá-lo constrangido
- Bom, eles têm muitos problemas sabe? só deles, quando eu tinha uns nove anos, meu pai a traiu e a Genevieve ficou no fundo do poço. A única coisa que fazia era ficar deitada, só levantava para comer, saía para beber e quando voltava, deitava de novo e só saía do quarto para comer. Meu pai já não estava mais aguentando e eu meio que me sentia culpado... eu sei, que culpa eu tinha não é? - ele pegou o violão que estava do lado dele, no chão e começou a tocar qualquer melodia, enquanto falava - isso continuou por anos, até ela fazer um longo tratamento, terapia de casal e eu... me afundei junto sabe? eu comecei a ir para as festas, para não ter que vê-los enquanto as coisas não se resolviam. Depois que eles pararam de brugar entre si, começaram a descontar tudo em mim. E depois veio, sabe? toda a pressão do público, eu comecei a ter idéias e a me submeter a coisas que nenhuma pessoa normal se sujeitaria tipo... isso - disse ele, se referindo aos sacos com maconha e cocaína - e é isso, sigo fazendo tudo o que eu mais gosto, música, gravando vídeos, uma mulher diferente por noite - ele disse isso rindo e Sina ficou meio incomodada com isso, mas não demonstrou. Eram apenas amigos, nada mais.
- Nem imagino o quanto você deve ter sofrido com todo esse clima entre seus pais - disse ela
- Pois é, quem olha de fora pensa que é fácil, que tudo é um mar de rosas - ele disse, se levantando e afastando a cadeira em que estava sentada mais para atrás, sentando nela e continuou a tocar a mesma melodia, como se quisesse dar uma trilha sonora para aquela conversa. Ela não fez mais nada além de observá-lo. Ele começou a cantar "crazy in love" acústico. De certa forma, aquilo era meio assustador parecia que estava calmo demais mas que a qualquer momento ele iria surtar e Sina notou isso. O quarto dele escureceu um pouco, como se uma luz tivesse apagado sozinha, automaticamente. Ela que estava com a cabeça apoiada nos braços, levantou bem depressa, achando que poderia ser a mãe ou outra pessoa.
- Noah, 'tá tudo bem? - perguntou ela
- Sim, foi só o Peter que está aqui, veio no meu banheiro e apagou a luz dele e saiu
- Ah, tudo bem
- Ficou assustada? - perguntou ele, rindo
- Um pouco.
Ele se levantou e se aproximou da cama, deixando o violão de lado.
- Obrigado, Dina Deinert por fazer esta noite tão especial, obrugado por ter entrado na minha vida
- Está muito chapado
- É, um pouquinho, mas sério... obrigado por tudo Sina Deinert.
Ela começou a rir.
- Obrigado Sininho, desculpa por ter beijado você. Eu prometo não te amar mais
Ela começou a lagrimar, de tanta gargalhada.
- Eu prometo não te amar mais, prometa o mesmo Sina Deinert.
Para ela a melhor coisa do seu dia foi vê-lo daquele jeito, se declarando, mesmo que de mentira, para ela. Salvaria aquela conversa de vídeo no seu computador para sempre, não importava o quanto pesasse o arquivo.
- Boa noite, desliga isso e vai dormir! - disse ela
- Você que manda benzinho.
Disse ele, mandando um beijo e desligando em seguida. Ela desligou sorrindo o seu computador.Olhou para a cebeceira da cama, em seu celular não parava de chegar solicitações em todas as redes sociais. Ela ficou curiosa para saber o que as pessoas estavam falando sobre os dois, o que pensavam sobre ela. Mas preferiu continuar assim, com medo de se magoar novamente. Ficou refletindo sobre a situação de Noah, acabou criando um sentimento de conpaixão por ele. Até aquele dia na quadra da escola quando ele foi pedir desculpas, o conhecia como um babaca que não se importava com os sentimentos da garota que estava saindo e só se importava com si próprio. Talvez ele ainda se endireitasse com o tempo, sentiu uma vontade grande de fazer algo por ele, mas o que poderia fazer? Não iria sair com ele de novo, não aguentaria mais ataques gratuitos, queria ficar na sua e ter uma vida normal, sem toda aquela atenção. Gostava muito dele, mas sem todas as câmeras viradas para ele, só por um tempo para poder conversar melhor.
Na escola quase não se falavam mesmo sendo da mesma sala, nem nos corredores. Mas era o acordo deles, até a poeira abaixar. Quando chegava a noite, ligavam a câmera dos seus computadores e conversavam até madrugada, sempre havia assunto, ela achava incrível aquela conexão. Uma vez Hina chegou na casa dela e me pegou desprevinida conversando com ele, apesar de ter me aconselhado a deixá-lo para lá, e lhe deu uma bronca, Noah assistindo tudo.
- Sina, me escute: ele não é flor que se cheire, você vai acabar se magoando, não entra na dele. Não viu o que ele fez com a pobre da Bianca
- Ela quem terminou comigo - Disse Noah
- Cala a boca, não é com você - implicou Hina
- Ele vai acabar te magoando que nem fez com ela e só está com esse papinho de filho abandonado para fazer você ir até ele depois e fazer o que quiser
- Contou para ela? -perguntou Noah
- Claro, achou que isso aqui fosse segredo querido? - debochou Hina
- Ele é um panaca, não vai na dele
-Ah, eu ainda estou aqui - Disse Noah, acenando com a mão e Hina o olhou muito brava - Qual o problema? a gente só 'tá conversando
- Não se faça de idiota!
Ela olhou para Sina e depois para o Noah, como uma mãe tentando resolveu a briga de duas crianças.
- Tudo bem já que é assim... mas eu te juro Noah, não me importa quanto dinheiro você tenha, eu vou te fazer cair se fizer alguma coisa com ela.
Noah olhou nervoso para ela:
- Tudo bem - disse ele, sério e Sina olhou para ele rindo.
-Tudo bem o que estavam fazendo? - perguntou Hina, se sentando na cama e repentinamente mais calma.
- Bom... - começou Sina - Chutando altura e idade de celebridades aleatórias.
Hina acabou dormindo na casa da Sina e brincando com os dois a noite toda, antes de voltarem à triste realidade da vida escolar. Sina ficou orgulhosa de ver Hina falando com ele. Sabina entrou na sala e olhou em volta, anunciou o baile de boas-vindas e o tema, o que deixou todos meio intrigados com a mudança repentina.
- Onde a gente encontra essas roupas? - perguntou uma garota sentada atrás da Bianca
- Tem que entrar na máquina do tempo? - perguntou outro garoto atrás dela. Todos riram da piada
- Bom, eu te indico no centro, tem uma loja chama "noivas e debutantes" - Disse Sabina, coçando a cabeça, tentabdo lembrar se era esse mesmo o nome da loja - é, o nome é meio ruim e talvez nem seja este mas... lá tem tudo isso eu mesma pesquisei e como é antigo, é tudo mais barato.
- Ok, obrigada senhorita Hidalgo agora volta para a sua sala imsdiatamente! - mandou a inspetora
- Obrigada à todos - disse ela, saindo. A sala se rompeu em sussurros e conversas baixinho sobre o pronunciamento da Sabina.
Noah se virou para a Sina e Hina, que estavam sentadas atrás dele.
- Vocês vão? - perguntou ele, animado
- Vamos sim, a gente que deu a idéia - respondeu Sina
- O quê? - perguntou ele
- É, foi a gente que conveceu a Sabina a mudar as coisas - disse Hina
- Como vocês são bregas! - debochou ele, se virando para a frente
- Mas você vai e vai dançar com ela - disse Hina, a sala toda ouviu e diminuiu o tom de voz, para alguns sussurros mais baixos que os anteriores. Hina arregalou os olhos, se dando conta do que acabara de falar sobre Sinoah. Noah mordeu o lábio, segurando a risada. Sina continuou copiando o quadro como se aquilo que Hina falou não fosse sobre ela.
- Desculpa - sussurrou Hina, mais para si do que para a Noart.
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WAKE UP
Fanfic[+14] [CONCLUÍDA] Noah e Sina se conhecem em uma escola de classe alta da Inglaterra, e ambos se apaixonam mas erros cometidos por familiares no passado, acabam desencadeando vários crimes, o que os impedem de ficar juntos. Sina | Se eu soube...