40. Noite de prazer 🍨🛁

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Gonçalo

A Letícia respirava ofegante deitada no meu peito que também se movimentava acelerado. Estávamos no sofá depois de mais uma vez consumar o nosso amor. Ela disse que queria marcar este dia e que, para isso, deveríamos "praticar o ato do amor em cada canto deste quarto maravilhoso!"

E como seria desrespeitoso da minha parte não cumprir os desejos da minha amada, assim o fizemos. Já tínhamos ido tomar banho, mas quando saímos para nos vestir ela lembrou - se que o sofá ainda não tinha sido estreado. Nem parece que era virgem há uns meses atrás...

- Devo admitir que é estranho não sermos interrompidos pelos berros do Noah ou uma batida na porta. - murmurou enquanto fazia movimentos aleatórios no meu peito.

- Daqui a pouco aparece aí o empregado para nos trazer o gelado que a Senhorita Letícia tanto me chateou para pedir a esta hora da noite. - Sim, a minha loira lembrou - se que tinha desejo de comer gelado e obrigou - me a ligar para a recepção a realizar o seu desejo às duas da manhã!!! - Portanto tecnicamente seremos interrompidos dentro de momentos.

Mal eu falei alguém bateu na porta. Ela saltou de cima de mim para correr até à porta apenas coberta por um roupão. Corri atrás dela e parei-a.

- Onde pensas que vais assim vestida? - Coloquei-a atrás de mim sem lhe dar tempo para responder e abri a porta.

Uma mulher de cabelos ruivos e com bastante maquilhagem carregava o carrinho onde estava o sagrado gelado.

- Boa noite, senhor. Deseja que coloque o carrinho dentro do seu quarto? - ela estava a oferecer - se descaradamente. Lambeu o dedo, mas aquilo só me fez revirar os olhos com o desespero de mulheres como esta que se oferecem assim.

- Olha aqui, sua vagabunda! - a Letícia assustou - nos ao sair detrás da porta onde eu a tinha escondido. - Ele tem namorada, entendido? E posso garantir que o satisfaz bastante, tanto que ainda estamos acordados a esta hora porque eu - apontou para si própria. - fiz sexo com este homem gostoso até nós cansarmos. Portanto baza.

A mulher deixou o carrinho e virou - se assustada com o surto do meu anjo. Eu ria - me, porque ela, apesar de Baixinha e de parecer indefesa, conseguiu assustar uma mulher com cara de durona. Portanto nunca julguem uma mulher pelo seu tamanho!

- Estás a rir - te? Podes ir atrás dela se eu não te deixo satisfeito. - Vê-la irritada era hilariante. Era quase um gato bebé a deitar as garras dela fora: devia parecer assustador, mas é fofo demais.

- Eu Amo-te. - Foi tudo o que disse à minha ciumenta. Ela virou - se com o seu gelado de pote na mão, colocou a colher no recipiente e correu até mim.

O abraço da minha Baixinha era o segundo melhor abraço do mundo. O primeiro era o abraço desajeitado do meu filho.

Tentei persuadir o meu anjo a que me desse um pouco do seu gelado, mas contentei-me com o amor e carinho que ela me ofereceu.

Observei-a enquanto saboreava a sua desejada refeição quase ceia descontraidamente. Foi por essa sua tranquilidade que me apaixonei. Pelos seus olhos que ainda hoje me intriga a parecença com os do meu filho, aquela sua mente pura e o seu corpo angelical. A sua voz calma quando canta para o nosso bebé e a sua simpatia que encanta qualquer um. E saber que tudo isso era só meu fazia de mim o homem mais sortudo do mundo.

- Um beijo pelos teus pensamentos. - falou interrompendo os meus devaneios.

- Olha que assim eu aceito! - ri malicioso e inclinei - me para beijar os seus lábios melados de gelado. Lambi toda a sua boca saboreando o seu sabor e o do gelado. Uma junção deliciosa.

- A proposta era contares o que pensavas e só depois o prémio. - brincou.

- Os meus pensamentos valem bem mais que um beijo! - ela apenas sorriu e voltou a comer o seu gelado, já desistindo de ouvir os meus pensamentos. - Eu sou um homem sortudo. - ela virou - se novamente para mim. - E o Noah também por ter a melhor mãe do mundo.

- Eu sou a sortuda por ter arranjado um namorado e um filho lindos.

Namoramos mais um pouco numa troca de palavras românticas e carinhosas. Aproveitamos o quarto ao máximo e adormecemos tarde. Mas isso levou a que ela também acordasse tarde, porque quando acordei esta ainda estava num sono profundo.

Levantei-me e enchi a banheira redonda e não muito grande que chamou a nossa atenção desde que a vimos naquela casa de banho luxuosa.

Quando entrei na água quente, os meus músculos relaxaram instantaneamente. A minha vida andava uma loucura nos últimos tempos, mas era a melhor e mais bonita loucura. O amor era algo que nos trazia muitas tristezas e decepções, mas, quando o verdadeiro amor chegava, era forte e arrebatador e fazia - nos querer viver aquele sentimento 25 horas por dias.

A porta rangeu e vi uma cabeleira loira aparecer pela porta.

- Senti-me ofendida agora. Não fui convidada! - ela tinha as mãos na cintura tentando parecer brava, mas não conseguia esconder o sorriso apaixonado e eu não ficava muito atrás.

Sem eu sequer responder, ela despiu - se lentamente sobre o meu olhar de predador e entrou na banheira encostando - se à minha frente. Ela não tinha noção do quanto aquilo era tortura para um homem.

- É bem apertada. - referia - se à banheira. - Quase que não cabemos os dois aqui. - Foi - se ajeitando de modo a ficarmos mais confortáveis.

- Achei que soubesses o quanto gosto de lugares apertados. - sussurrei de forma provocadora no seu ouvido.

Mesmo sem olhar, sabia que ela corava. Envolvi-a nos meus braços para que ficássemos ainda mais colados.

- Descobri isso há uns meses atrás. - respondeu depois depois algum tempo. - Podias mostrar agora o quanto gostas. - falou provocadora enquanto arranjava a minha perna com as suas unhas arrepiando-me.

- A minha menina virgem e pura virou uma safada total! - exclamei fingindo surpresa, mas logo supri os seus desejos.

Teremos uma longa vida para te mostrar o quanto te amo, Letícia!

Olá, meus pinguins!🐧 Mais um pequeno capítulo para vocês!

Espero que tenham gostado. Beijos da vossa autora 🐇

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