GonçaloEu tinha sido o cúmplice do meu pai. Levei o meu pai até à casa onde eles tinham anteriormente vivido e fui trabalhar. Saí mais cedo do trabalho e fui ter com ele.
O meu pai realmente tinha - se esmerado e o ambiente estava para lá de romântico. Velas enfeitavam a pequena sala que tem um grande significado para os meus pais. Uma trilha de pétalas até à mesa também bem decorada e outro caminho de pétalas até ao seu antigo quarto e preferi não imaginar nada mais do que iria acontecer nessa noite.
- Ficou tudo tão perfeito, pai! A mãe vai ficar encantada! - elogiei sincero.
- Confesso que uns vídeos no youtube e algumas ideias de outros meios tenham ajudado, mas gostei do resultado final. E vale tudo a pena pela tua mãe, meu filho! - confidenciou romântico.
- Um dia eu quero viver um amor como o vosso, mas suspeito que ninguém me vá querer depois do estrago que aquela mulher me fez. - falei de forma triste.
- Que alguém te vá querer ou que tu vás deixar alguém entrar e consertar o teu coração? - perguntou ele deixando - me pensativo.
- Eu sinto - me atraído por uma mulher, mas quero reprimir - me desse sentimento porque é estranho esta atração em tão pouco tempo! - confessei esperando uma ajuda que organizasse os meus sentimentos confusos.
- É aquela menina, a Letícia? - perguntou desconfiado.
- Pelos vistos não é só a mãe que sabe de tudo! - admiti indiretamente.
- Pareceu - me ser uma boa moça. Além disso, o carinho e cuidado dela pelo Noah foi bem visível. - elogiou o anjo - Arrisca - te! Nunca saberás o que pode acontecer! - incentivou parecendo apoiar - me.
- Mas eu nem sequer sei se ela sente o mesmo! Nós conhecemos - nos nem há uma semana.
- Eu amo a tua mãe de uma maneira que nunca achei possível, e se eu nunca tivesse ido atrás dela logo que descobri que me tinha apaixonado, hoje não faríamos 30 anos de casados nem estarias aqui sequer.
Fiquei uns tempos a pensar em tudo aquilo enquanto acabávamos os últimos preparativos para a inesquecível noite dos meus pais.
Fomos embora e eu segui para casa enquanto o meu pai se foi arranjar. Qual foi a minha surpresa ao abrir a porta e me deparar com um anjo só que meio sujinho. A Letícia estava coberta de tinta e conversava com a minha mãe e ambas brincavam com o Noah.
Ela apenas me esclareceu que tiveram uma tarde divertida e eu fiquei feliz por isso. Tomei um banho relaxante e vesti-me rapidamente porque em breve o meu pai chegaria.
Corri até à porta ao ouvir a batida e deixei o meu pai entrar. A Letícia ficou emocionada com a declaração do meu pai e confesso que até eu fiquei encantado.
Sempre admirei a paixão dos meus pais e prometi a mim mesmo que um dia faria tudo por quem me apaixonasse, mas cada vez mais sentia esse momento mais distante. Depois da conversa de hoje com o meu pai até cheguei a pensar em falar com a Letícia sobre o que estou a sentir, mas mais uma vez as minhas inseguranças me lembraram que ela provavelmente me acharia tolo.
Os dois saíram para o seu encontro e ficamos lá os três a sorrir como idiotas pela cena presenciada. O Noah desceu do colo da Letícia gatinhou até mim. Quando chegou perto de mim, agarrou as minhas pernas com as suas mãos pequeninas e olhou para mim com aqueles olhos grandes e falou desajeitado:
- Pa. .pá!
A minha emoção foi incontrolável, peguei no meu gorducho e rodei - o enquanto ele repetia aquela palavra que eu tanto esperei ouvir!
Agarrei o seu rosto e beijei - lhe a bochecha repetidamente. Era impossível parar de sorrir e eu tinha a certeza que a Letícia tinha sido a maior incentivadora para que este momento ocorresse. Cheguei perto dela e sussurei:
- Obrigada! Eu nunca te poderei agradecer suficientemente.
- Eu sei que és um pai bem presente, mas segundo as minhas pesquisas, alguém de fora, como um médico ou terapeuta, poderia ajudar numa espécie de terapia da fala, mas eu nunca esperei que desse resultado assim tão rapidamente!
Abracei - a e ela assustou - se com o ato inesperado. Mas logo a senti relaxar nos meus braços e assim ficamos e de vez em quando o Noah repetia "papá" ainda que atrapalhado.
- Vamos lá fazer o jantar? - propus depois de algum tempo.
- Seria incómodo se jantássemos na minha casa? É que eu preciso de um banho e deixei a minha sala de pernas para o ar para poder vir dar banho ao Noah antes de chegares.?
- Não, sem problemas. Vamos lá então. - Disse caminhando até à porta e esperando por eles.
Durante o trajeto até à casa dela, decidi que deixaria esta atração/paixão de lado, até porque ela estava a ser um bem essencial para o desenvolvimento do meu pequeno e eu não queria estragar isso devido a algo que pode vir a não dar certo.
Realmente ela não exagerou ao afirmar que tinha a sala revirada. Uma tela de brincar juntamente com alguns pincéis e tintas estava junto do sofá e este estava com algumas manchas que eu previ que não fossem sair e senti-me culpado porque foi para entretenimento do meu filho.
Reparei também num berço perto das escadas que levavam ao andar superior, mas não me lembro de reparar na compra de algum berço com o cartão que dei ao anjo.
- Todas essas compras foram pagas conforme eu pedi, certo? - perguntei apenas para tirar a dúvida mesmo já que quase sabendo a resposta.
- Todas menos o berço. - respondeu meio tímida. Talvez esperasse que eu lhe fosse chamar à atenção, mas na verdade só quero que ela não gaste do seu dinheiro para coisas que serão para o Noah.
Foi exatamente isso que eu lhe disse e ela apenas pediu desculpa e tentou - se justificar, mas eu acalmeia - a e informei que naquele momento íamos montar o berço se ela estivesse de acordo, apenas para dissipar um pouco.
Ela acenou confirmando e subiu as escadas com o bebé ao colo enquanto eu peguei nas compras e segui-a. Ela virou numa porta de madeira clara e o quarto dela era bem moderno. Uma cama grande decorada com uns belos lençóis brancos e uma imensidão de almofadas, duas mesinhas redondas e pouco mais existia além disso e de um roupeiro também branco e a grande janela que não era assim tão grande já que a do meu quarto era praticamente o dobro. (Imagem na multimédia)
Começamos a preparar as coisas para a montagem do berço quando meu telemóvel começa a tocar estridentemente.
Então gostaram do capítulo? Não esqueçam do voto e de comentar♡ Beijinhos da vossa autora😙
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❤ O café que eu entornei ❤
RomanceLeticia era uma mulher que todos os dias ia tomar um café a caminho do trabalho. Um dia, ao esbarrar contra alguém, devido à sua pressa, entornou o café num homem com uma beleza que a hipnotizou. Gonçalo é um modelo que ao voltar à sua cidade, Nova...