30 | luna

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O festival do colégio se aproximava cada vez mais. E junto com ele, vinha o inverno e o aniversário de Sammy.

Eu estava deitada na minha cama, lendo um livro enquanto eu escutava Wallows. O barulho dos meus pais na sala de estar era bem visível. A única luz daquele quarto era a que vinha do meu L brilhante, que se encontravam na minha mesinha.

Ouvi um barulho vindo da minha janela e me assustei. Por alguns segundos eu me encolhi não cama com medo. Fechei o livro que estava comigo e o posicionei ao meu lado, me levantando da cama.

Uma pedrinha voou e bateu na minha janela. Pulei no meu lugar e corri até a mesma abrindo-a.

Samuel estava em pé no meu gramado, preparado para jogar outra pedra logo quando eu abri a janela. Ele soltou um sorrisão e abaixou a mão.

— Você é doido garoto? — Pergunto sussurrando, mas o sorriso dele não cessa.

— Deixa eu subir? — Ele diz e faz biquinho

— Como você vai subir? — Pergunto — A gente não tá em um filme clichê não.

Ele nega com a cabeça e da um pulo alto, se segurando na grade da janela de baixo. Ele sobe no parapeito e se estiva o suficiente para colocar as mãos na minha varanda, logo se jogando pra dentro da mesma.

Voltei pro meu quarto sem nem sequer olhar pra ele. Me joguei na cama, e de rabo de olho pude ver que Sammy se sentou na ponta da mesma.

— A gente pode conversar? — Ele pergunta

— Não tem nada pra gente conversar. — Bufo virando de lado.

Minha respiração sai pesada e eu fecho os olhos de lado. Sinto o peso e o calor do corpo de Samuel ao meu lado, e logo em seguida ele dá um beijinho no meu pescoço.

— Garoto você tá doido? — Pergunto irritada me levantando da cama e dando uma travisseirada nele — Você tem namorada babaca!

— Não tenho não! — Ele exclama e eu deixo o travesseiro cair das minhas mãos.

Bufo alto e continuo com a cara de chateada.

— Então o que você quer aqui?

— Vim te ver. — Ele suspira — Lu, as coisas estão estranhas entre...você sabe entre quem.

Eu estava com raiva. Muita raiva. Mas meu coração batia mais rápido do que a batida de uma música. Samuel estava lá, com aquele braço tatuado no meu quarto, e a sua moto estava estacionada no fundo da minha casa.

— Você sabe que eu dou concelhos bons né? — Solto uma risadinha e eu e ele nos sentamos na cama. — O que aconteceu pequeno gafanhoto?

— Eu tento...eu tento sempre! — Ele suspira pesado — Mas a Ester parece não ligar. É
como se nós fôssemos só ficar durante o resto da vida.

Suspirei alto. No fundo eu ficava feliz com aquilo. Mas também não ficava.

— De um tempo pra ela. — Me deito na cama — Vocês começaram a ter algo a pouco tempo. Não precisa se desesperar.

— É que eu gosto muito dela. — Samuel suspira enquanto olha pra mim.

Eu sei sammy. Pode apostar. Isso eu sei.

✔️ | charm attack ❥ sammy w.    Onde histórias criam vida. Descubra agora