Hoje é um dos dias mais especiais e esperados por toda a Colônia de Terra Nova: o Festival da Colheita. É um momento para lembrar a todos às bênçãos que recebem deste mundo, e para que busquem preservá-las e prezar por elas, desde as pequeninas frozes, até os gigantescos braquiossauros.
E como todo bom Festival, haverá uma grande festa, e Kimberly está experimentando a sua quinta combinação de roupas.
— Ainda não... a não ser que queira passar a impressão dos anos 2000. — Amy falou com humor, sentada na cama. A mais nova sempre teve um tato espetacular para moda, coisa que Kimberly nunca deu tanta importância. Mas hoje era diferente. — Posso tentar?
A mais velha assentiu. América foi rápida para selecionar as peças: casuais, mas com elegância, e uma feminilidade um pouco mais ousada do que Kim costumava adotar.
— Meninas? Estão prontas? — Tom chamou atrás da porta. Estava entediado, sua mulher não estava em casa e suas filhas estavam há dois séculos enfurnadas nesse quarto.
Dessa vez não demorou. A porta se abriu, com Kimberly absolutamente linda. Ela sempre foi linda, mas havia um charme a mais que Tom julgou ser obra de Amy, a artista da família.
— Como eu estou? — Kimberly perguntou ao pai, que estava bobo com as duas moças.
— Tá linda! — ele respondeu rápido e viu um sorriso nervoso nos lábios da mais velha.
— Você sempre diz isso...
— Porque é sempre verdade. — ele retruca, lançando então uma piscadinha para Amy logo atrás, reconhecendo seu bom trabalho. Mas então uma sensação estranha vem à mente do homem. — Calma... por que tanta preocupação, hein?
Kim corou violentamente, e Amy sentiu que era a hora de interferir, apressando-se para sair do quarto:
— Opa! Não queremos nos atrasar, né!? A mamãe já deve estar lá. Festival da Colheita, aqui vamos nós!
Eles saíram atrás da caçula, e Kimberly agradeceu por ter uma irmã tão boa.
(***)
O Comandante Taylor caminhava, acompanhado de uma pequena tropa. O policial Jim Shannon vinha logo ao seu lado e eles conversavam coisas importantes como uma possível negociação com os Sextos.
— Comandante Taylor!
Taylor pediu que seus homens continuassem, pois logo os alcançaria. Ele estava vestido pra guerra, pois em breve se meteria na selva cretácea. Então se virou para a mulher que o chamava e sorriu.
— Doutora Shannon! Posso ajudar em alguma coisa? — ele perguntou solícito, mas ela não parecia tão bem-humorada, o que o deixou preocupado. Acontecera algo com ela ou com sua família?
— Pode. Comandante, é do seu conhecimento que um Corpo de Bombeiros, socorristas e agentes de emergência são uma função essencial, não é? — ele maneou a cabeça, concordando. — Então... o meu marido é o único bombeiro dessa colônia.
— E ele faz um excelente trabalho, doutora Houghlin. — ele elogiou.
— Eu sei. — a postura de Olivia Houghlin era firme e altiva — Mas ele não aguenta sozinho! É um trabalho que exige muito mentalmente, fisicamente, emocionalmente... ele quase não dormiu na semana passada por conta das vespas.
Taylor escutava a mulher atentamente, e seus olhos velhos e azuis se agitaram, enquanto seu cérebro gerenciador buscava alguma solução para o problema. Ora, Anthony Houghlin era bombeiro, mas também é um ser humano comum, com uma família e uma vida, e não era justo sobrecarregá-lo da maneira que estava sendo feito. Mas Terra Nova também tinha a necessidade de tê-lo trabalhando, pois deixá-lo de 'folga' implica na negligenciação de vidas humanas. Diante desse sério dilema, Taylor fez o que qualquer bom líder faz antes de tomar decisões:
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Terra Nova - ᴀᴘᴘʟʏ ғɪᴄ
FanfictionNo ano de 2151, um planeta Terra saturado está morrendo. Sem ter como reverter os danos, cientistas abrem uma fratura no tempo criando um portal para a era pré-histórica, proporcionando uma chance de corrigir os erros do passado. (Fechada) Início: 1...