_𝕋𝕣𝕖𝕫𝕖.

59 8 151
                                    

Hope Griffin acordara cedo, bem mais cedo do que sua amiga Zoe, e estava entediada pelos séculos de espera. Imaginou se deveria acordar a morena, mas Maddy irrompeu no quarto, interrompendo sua linha de raciocínio e lhe dando um baita susto. A mais velha subiu na cama de Zoe e começou a fazer cócegas na menina.

— Ataque de compsognatídeos na Zoe, que deixou a Hope esperando há um tempão! Aaaaah! — Maddy falou, o que provocou uma careta na Griffin enquanto Zoe se desesperava para escapar das cócegar da irmã, gritando. — Bom diaaaa!

Maddy se afastou e sorriu para as meninas enquanto Zoe recuperava o fôlego.

— Bom dia... — Hope falou, timidamente, e se levantou para dar um abraço em Maddy, que retribuiu dando-lhe um beijo no topo da cabeça.

— E então, dormiram bem? — a mais velha perguntou, e as duas concordaram com a cabeça.

— Maddy! Acorda as meninas! — Elizabeth Shannon pediu, e as três garotas no quarto acabaram rindo.

— Ouviram, né? Levantem. Tem frozes no café da manhã. — ela falou antes de se levantar, saindo do quarto para ir ajudar a mãe a preparar tudo. 

Hope saiu do sofá-cama e pulou para a cama de Zoe.

— Sua irmã é maluquinha! — a visita falou, e Zoe sorriu. — O que significa compsolídeo?

Zoe esfregou os olhos, se sentando na cama. 

— Eu sei lá, às vezes eu acho que a Maddy inventa palavras. O Josh fala que ela tem uma língua só dela e que a gente nuuunca vai entender. Vem! Vamos comer frozes!

Então as duas saíram do quarto, encontrando a família Shannon inteira ali na sala e na cozinha.

— Olha só quem acordou... achei que estava hibernando! — O irmão mais velho brincou.

— Josh! — Liz o repreendeu, indo dar um abraço nas meninas. — Bom dia. Depois do café, se preparem para ir para a escola, está bem?


(***)


O dia mal começou e Tom já estava correndo para mais uma ocorrência. Assim que chegou, viu o corpo de uma menina estirado no chão. Ela era loira, com a pele bem clara. Outra menina estava ali perto, e chorava preocupada com a que estava inconsciente. Tom checou os sinais vitais e o quadro era extremamente similar ao que teve que lidar com Andrea Bocelli.

— O que aconteceu? — ele perguntou para a garota que chorava, já iniciando a massagem cardíaca. Ela era negra, de belos cabelos cacheados e volumoso, e com olhos claros. 

— Eu não sei, eu estava lá dentro, tinham barulhos vindos do teto e minha irmã foi ver o que era. — ela se atropelava nas palavras, nervosa. — Aí eu só consegui escutar ela gritando e quando cheguei aqui ela já estava assim. Por favor, me diz que ela não vai morrer!

Tom não poderia dizer isso, ele não tinha controle sobre a vida e sobre a morte. Ele não era Deus. Então o homem olhou para a menina assustada, e falou:

— Enquanto eu estiver aqui, eu vou estar lutando por ela, entendeu? — ele continuou bombeando, pulsionando, simulando as batidas do coração. O rover já estava a caminho. — Eu não vou desistir dela.

E aquela garantia deu confiança a Scarlett, que respirou fundo, observando o homem trabalhar. Ele fez várias perguntas para ela, conversando. Fazia parte de seu trabalho, também, apoiar e tranquilizar os parentes e amigos da vítima, e recebeu o treinamento necessário para fazê-lo no meio de uma emergência, sem se atrapalhar. 

Terra Nova - ᴀᴘᴘʟʏ ғɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora