𝙳𝚒𝚛𝚝𝚢 𝙲𝚕𝚊𝚜𝚜

Johjaemark e a sapiofilia

Mark estava de volta ao seu normal afinal. Mesmo que Donghyuck o olhasse torto a cada vez que ele saía para se encontrar com John, o americano e Jaehyun eram os grandes responsáveis por tal, e ele teria de aceitar que havia errado feio em o acusar.

Em todo aquele tempo, o máximo que o mais alto fazia era o abraçar, e a única obrigação que o canadense tinha de cumprir com o Seo era de se encontrar consigo para que ele pudesse ouvir e aconselhar o mais novo.

Segundo o mesmo, não poderia deixar que um garoto genial como Mark pudesse correr o risco de não realizar seus sonhos por causa de relacionamentos. Como um estudante de engenharia espacial veterano, se via em Mark e não o deixaria cometer os mesmos erros que havia cometido quando novato. A cada vez que se sentia nervoso com algo, se lembrava das palavras do Seo que acalmavam muito mais do que qualquer outra coisa.

- Toda vez que você pensar em fazer algo, analise bem se é realmente aquilo que você quer ou se você está fazendo isso pela pressão de terceiros... E se for pela pressão de terceiros...manda eles tomarem no cu.

Ainda não fazia ideia se o Seo realmente só o tratava daquela forma porque queria seu sucesso, ou se por trás daquele anjo que havia aparecido para si havia um demônio pronto para terminar de o estilhaçar. Mas o que sabia é que estava a ponto de ter vontade de fazer algo errado com o Seo. Mesmo que não o amasse, começara a sentir-se tomado pela vontade de dar mais um passo na relação devido à postura do mais velho. Ele era tão inteligente, tão centrado e maduro que Mark tinha vontade de mergulhar no mar de inteligência que era Johnny Seo. Dessa vez seguiria seus próprios conselhos, e se certificaria de deixar tudo muito claro e ir com calma para não machucar ninguém. Queria só sexo no momento e sabia que o mais velho entenderia perfeitamente, era muito maduro afinal.

Jaehyun também sempre estava lá para si, sorrindo e dando toda atenção e proteção que ele precisa. Por vezes ele acreditava que o outro ainda gostava de si quando o pegava o encarando com um olhar doce e quando corava instantaneamente quando seus olhos se cruzavam. O garoto logo começara a se afeiçoar a John, afinal, como estudantes do mesmíssimo curso, tinham muitos assuntos em comum. As saídas em trio tornavam-se rotineiras e os garotos começaram a combinar em tom de brincadeira que deveriam viajar pelo espaço juntos. Mark finalmente estava em boas mãos, havia recuperado sua essência: o garoto curioso, inteligente e levemente inocente que tinha como conquista maior algo relacionado a si próprio estava de volta.

- Nada é mais importante que o seu sonho Mark....Lembre-se disso. Q-qual é a graça de trabalhar na NASA se não for com você?

Jaehyun proferiu aquilo para si um tanto quanto envergonhado. Mas Mark nem se importou com o gaguejo, pois foi a partir dali que havia percebido o quão complementares eram seus pensamentos e anseios. O sonho de Mark vinha em primeiro lugar, mas isso não excluía a vontade de permanecerem juntos.

- Tudo tem um propósito. As coisas ruins podem trazer coisas boas no mesmo pacote e vice-versa.

Quando Johnny disse aquilo e Jaehyun concordou, Mark logo se lembrou de Yukhei. Vez ou outra ele se lembrava do chinês e de todo turbilhão de emoções positivas e negativas que este havia lhe trazido. Diferente de John e Jaehyun estes não tinham muitas coisas em comum, enquanto Mark era reservado, tímido e responsável, Yukhei era expansivo, extrovertido e desprevenido; a única coisa que os unia era a grande imaturidade. Lembrar do Wong o deixava chateado, afinal sabia que havia o amado e do primeiro amor não se esquece tão fácil, mas não demorava muito para que um dos dois garotos o animassem. Afinal, a dor que sentia poderia sim ser apaziguada, bastava que ele ficasse calmo e não tomasse atitudes precipitadas. Bastava que ele não se envolvesse mais em problemas que não lhe diziam respeito. Bastava que ele escutasse os conselhos de seus amigos e não fosse prepotente como estava sendo.