MATTHEW ANDRADE
— Como é que é?! — Exclamo, caminhando na direção de Jonas, que me olhou assustado.
— Cara, eu sei que devia ter te contado, mas... eu tive alguns problemas com ele, e eu... eu não quero me envolver nisso, Matt. Juro que nunca te traí. Foi você que me acolheu quando cheguei ao morro. — O encaro, não sabendo se o matava ali mesmo ou ia embora para ajudar o Granada.
Jonas chegou na quebrada com uns 14 anos de idade e instantaneamente nos tornamos amigos, então matá-lo seria algo que provavelmente eu não conseguiria com tanta facilidade, mas não me impedia de deixá-lo próximo da morte.
Pela raiva, desfiro um soco forte em seu rosto, o fazendo cair no chão, com a boca sangrando.
— POR QUE DIABOS ME ESCONDEU ISSO?!! — Exclamo, em fúria.
— Porque eu sabia que me expulsaria do Morro no mesmo dia em que cheguei. Eu nem sequer tenho contato com ele. Matt... você precisa acreditar em mim. — Pediu, tentando disfarçar o choro. Ouço tiroteios lá fora, o que me faz lembrar do meu pai.
— Quando eu voltar, você vai me explicar essa conversa bem direitinho! — Resmungo, engatilhando minha arma e saindo dali às pressas, pondo meu capacete e subindo em minha moto, fazendo a poeira subir enquanto aumento a velocidade em segundos.
Após alguns minutos, consigo encontrar meu pai, estava no seu carro, sendo perseguido pela polícia, mais precisamente, por Eduard.
Saco a arma em meu coldre, atirando primeiramente nos retrovisores do carro, e depois atiro sem pensar para atingi-los, mas a porra do carro era blindado.
Praguejo, resolvendo alcançar meu pai, encostando com ele, no lado direito do carro, na qual ele logo abaixou a janela, parecendo puto da vida.
Abro a porta do carro, entrando no banco passageiro e abandonando a moto, que por pouco não bateu no veículo da polícia.
— Não deveria ter saído do Morro! — Exclamo, irritado.
— Eu precisei ver sua mãe! Quer que eu a abandone?! — Rebateu, o que me fez ri, desacreditado.
— Falou o cara que se meteu com duas prostitutas. — Ralho, em um tom ácido. Ele suspirou, girando o volante com tudo, em uma curva fechada, onde por pouco não sobramos na rodovia.
— Foi uma única vez, Matthew. Sua mãe e eu havíamos discutido...
— Grande merda! Desde quando isso virou um motivo?! — Exclamo, furioso.
— Isso não é assunto para discutir agora, porra! Não vê a situação em que estamos?!
— A que você me colocou! Estava tudo bem até você voltar! — Exclamo, ouvindo tiros serem disparados, mas não me importo, porque ao menos a porra do carro em que estávamos também é blindado.
— Definitivamente não vou discutir com você agora. — Falou, seguindo o caminho do morro, entrando com tudo, onde os policiais pararam na entrada ao receberem chuva de bala pelos soldados da entrada, então logo foram embora.
Saio do carro, furioso, batendo a porta do carro e seguindo para a minha casa.
— Matthew! Espera... — Granada pediu, me seguindo para dentro de casa.
— O que infernos você tem na cabeça?!! Sabe muito bem que esses merdas estão atrás de você e mesmo assim resolve provocá-los saindo na rua! Deixa de inventar conversa porque você está cagando para a minha mãe! — Trovejo, tirando a camisa por conta do calor e passando a mão nos cabelos nervosamente.
— Não repita isso! Eu sou louco pela sua mãe, mas...
— Mas o quê?! — O corto, o encarando bravamente. — Vai inventar que desculpa da vez?!
— Não é desculpa nenhuma e sua mãe também não é nenhuma santa! — Eu ri, respirando fundo para não acabar cometendo uma loucura.
— Se desrespeitar a minha mãe de novo, eu mesmo te entrego para a polícia. — Falo, vendo ele me olhar com espanto.
— Não faria isso...
— Experimenta. — Falo, saindo de casa.
— Amor, eu ouvi tiros. Está tudo bem? — Jaqueline me alcançou, me abraçando de lado.
— Vamos para sua casa, pode ser? — Sugiro, mudando o assunto e ela sorri largamente, concordando. E então seguimos para sua casa, onde ela já sabia o que iria acontecer, por isso começou a tirar a roupa, enquanto caminhava para seu quarto.
É uma vadia gostosa, confesso.
Ainda precisava resolver o assunto com Jonas, mas por hoje eu só queria transar e esquecer a merda que foi esse dia.
. . . .
Desperto, meio perdido de onde estou, até reconhecer o quarto de Jaqueline. Olho em volta, vendo ela se vestindo, parecendo irritada com algo.
— Hey... nenhum boquete de bom dia? — Insinuo, mas ela não me respondeu, o que me deixou cabreiro. — O que foi, mulher?
— Não se lembra?! Você me fodeu chamando o nome daquele pirralho Amare. — Resmungou, o que me fez a olhar com surpresa.
— O quê...? Eu não...
— Além de ter chamado por ele dormindo várias vezes! Quem é sua fiel, Matthew?! Por acaso é ele agora?! Porque antes você só tinha olhos para mim! — Exclamou, e eu suspiro, não lembrando de nenhum momento em que chamo por Amare. Mas como me conheço... não duvido.
Me levanto da cama, pelado mesmo, a abraçando por trás e beijando seu pescoço.
— Calma, gata... Foi só um momento de estresse. Deixa eu me redimir, hm? — Sussurro ao seu ouvido, subindo minhas mãos para seus seios fartos, a vendo suspirar e esquecer rapidinho o motivo de estar brava.
Era sempre assim...
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TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY)
RomanceEle é um dos homens mais temidos do país, conhecido por sua impiedade com inimigos e por comandar o morro na qual cuida com unhas e dentes. Mas o dono do Morro pode ter seu escudo de aço quebrado ao se deparar com um coração puro e doce de um simple...