EPÍLOGO

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AMARE BETTENCOURT

— ... Com o poder concedido a mim, eu vos declaro casados! Já pode beijar o noivo. — O padre finalizou, e sorrindo um para o outro, Matthew tomou iniciativa e me beijou delicadamente, podendo ouvir a chuva de aplausos dos nossos convidados.

Estávamos finalmente casados!!!

A cerimônia foi a coisa mais linda do mundo. Com flores vermelhas decorando o local e todos que eram importantes para nós dois, estavam presentes, nos aplaudindo e desejando felicidades.

A festa era na casa do Matthew, na cidade. E todo o morro foi convidado. Tanto para a cerimônia como para a festa. Eram muitas pessoas, mas havia espaço sobrando para todos. Eu nunca sorri por tanto tempo seguido como agora. Minhas bochechas já doíam, mas eu continuava sorrindo, feliz por finalmente oficializar o relacionamento com o homem que eu amo, que me enlouquece em todos os sentidos.

— A festa está linda, mas meus pés estão doendo... — Mamãe reclamou, fazendo uma careta e se apoiando em mim. Ela já estava com 7 meses de gestação e descobrimos que seria uma menina. Nem preciso falar que surtei por horas ao saber que teria uma irmãzinha.

— Mamãe, não quer sentar? Tira esses sapatos, é melhor. — Aconselho, mas ela negou, suspirando.

— Não vou ficar sem sapatos em uma festa, Amare! — Reviro os olhos, sorrindo.

— Você está grávida. As pessoas vão entender.

— E daí? Estou grávida, mas não estou morta. Além disso, esses sapatos são lindos, não são? — Comentou, o que me fez ri. Não demorou muito para Granada se aproximar. Até mesmo eu fiquei besta de como ele estava elegante e bonito dentro daquele terno preto e camisa branca. Talvez seja por isso que minha mãe anda tão brava perto dele, já que anda chamando atenção das outras convidadas, incluindo minhas tias solteiras e que buscam um marido até hoje.

— Amor, não fique me dando perdido! — Granada resmungou, a beijando no rosto.

Ainda estou tentando me acostumar que meu sogro virou meu padrasto.

— Você merece, seu cafajeste! Deve está adorando receber os olhares dessas mulheres aí...! — Mamãe resmungou, fazendo bico e virando as costas para ele, que suspirou, sorrindo e balançando a cabeça.

— Não. Não estou gostando. Porque mesmo que eu tenha todos os olhares do mundo direcionado a mim, eu só preciso de um. — Ditou, puxando o rosto da minha mãe e a beijando.

— Céus, parem de fazer isso na minha frente! — Resmungo e os dois riem. Matthew logo se aproximou, beijando meu rosto e cumprimentando Clarisse.

— Algum de vocês viram o Jonas? — Matthew questionou, olhando em volta. Notei Granada e Clarisse se entreolharem, claramente sabiam algo.

— Mãe? — Questiono, a olhando. Ela suspirou, sorrindo.

— Ele pediu para avisar que não poderia vir para a festa. — Ditou e eu a olhei seriamente.

— Por que não?!

— Ele estava preparando uma surpresa para a Paula. Vai pedi-la em namoro. Finalmente! — A olho com espanto, sorrindo.

— Que bom! Já estava na hora. — Resmungo e eles sorriem, concordando.

— Papai! — Kael se aproximou, pulando nos braços de Matthew, que apenas riu, o beijando no rosto. — Vovô, eu ganhei outro papai! — Kael ditou, olhando para Granada, que sorriu, assentindo.

— É, amor. Você ganhou. E o que a Dalila seria dele? — Granada questionou, pousando a mão na barriga da minha mãe, que o olhou, sem saber o que responder.

— Olha, vamos parar de rotular ou não chegaremos em um resultado nunca! — Matthew ditou, causando risadas entre nós.

— Vamos fazer cálculos na árvore genealógica. — Brinco, vendo Matthew revirar os olhos, rindo.

— Família mais maluca... — Matthew resmungou, se afastando e levando Kael para o pula-pula.

Me sento em uma cadeira, tomando um pouco de vinho, enquanto observava a festa. Minha mãe dançava uma música lenta com Granada, ambos parecendo dois bobos e acariciando a barriga de mamãe, onde Dalila estava protegida e se preparando para vir ao mundo. Eu mal podia esperar por sua chegada.

Matthew brincava com Kael, que estava no pula-pula e segurava as mãos de Matthew para ter confiança e pular mais alto.

Até Jaqueline estava presente, conversando com Fernando em uma das mesas disponíveis. Ela estava linda e Fernando parecia hipnotizado por ela. Depois de tudo, eu já a perdoei. Nos entendemos e vez ou outra trocamos algumas palavras, especialmente quando ela me confessou que estava se interessando por Fernando, mas não sabia se ele sentia o mesmo. Bem, agora ela sabe.

Victoria estava presente, e ficou sabendo da surpresa que Jonas estava preparando para Paula. Ela ficou brava, mas sua irritação não demorou muito quando Sandro a chamou para dançar. Victoria não era rancorosa. Era só aparecer alguém mais interessante para ela e tudo ficaria bem. É assim que ela se denomina.

Soltei um riso involuntário ao ver Mike e Baxter correndo pelo jardim, até asshstando alguns convidados. Sim, eram meu cachorro e meu gato, na qual fiz Matthew adotar há dois meses atrás. Eu estava duplamente apaixonado! Ambos estavam até de roupinha.

Michelle, irmã de Matthew, infelizmente não pôde estar presente. Ela estava em uma viagem internacional, desfilando sua nova coleção. Eu fiquei orgulhoso quando soube. Ela até mandou um vídeo nos desejando felicidades e que logo mais estaria de volta.

Muitas coisas ruins aconteceram, mas outras coisas boas supriram certas dores. Eu estava casado, com um enteado extremamente fofo e inteligente, e com um padrasto que realmente me dá bons conselhos quando preciso. Eu estava prestes a me formar em Pedagogia e talvez já fosse o momento de Matthew e eu construirmos um projeto juntos, como uma nova escolinha, mas para adolescentes, que desistiram, ou não têm condições, ou simplesmente repetiram outras vezes e não tiveram mais esperanças.

Bem, não sei como vai ser. Mas era mais um objetivo. E agora eu tinha alguém para compartilhar meus sonhos.

Eu tenho uma família.

The End

Ai, mais uma que chega ao fim.
Essa foi rápida, hein?

Enfim, como em todos os livros, esse é o momento em que agradeço a participação de todos e que eu amei cada segundo da construção dessa obra.

Muito obrigada, amores! E por um lado é bom, pois é outra obra que se inicia quando uma chega ao fim. No caso, continuaremos outra.

Isso nunca é um adeus, é apenas um até!

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora