CAPÍTULO 39

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MATTHEW ANDRADE

Observo Amare abraçado a Jonas, ambos chorando. Sorri, sabendo que tudo estava entrando nos eixos agora. Respiro fundo, tirando minha camisa por conta do calor e tirando parte da carne da grelha, servindo o pessoal e já substituindo com outros pedaços.

— Oi, amor... — Jaqueline apareceu, deslizando a mão por meu peito. A afasto de imediato, não querendo dá motivo para ter problemas com Amare.

Estávamos muito bem, e hoje era um dia de comemoração tripla: eu saí da cadeia, Amare me perdoou e minha irmã finalmente teve justiça, assim como todas as vítimas que morreram nas mãos daquele infeliz.

— Não preciso desenhar que já estou comprometido, não é? — Falo, vendo Jaqueline sorri.

— Eu sei que é passageiro. Você sempre volta para mim. Eu sei que só está tentando me fazer ciúmes. — Eu ri, desacreditado. Era só o que me faltava!

— É? Eu fiquei preso por três semanas. E quando foi que você me visitou? Ah, é... você não foi. E também não fez falta. — Falo, indiferente.

— Matthew... eu só não fui porque... aquele lugar é cheio de selvagens e... uma mulher como eu não deve andar em um lugar com aquele. — Reviro os olhos, impaciente.

— Que seja! Não precisei de você em nenhum momento, Jaqueline. É justamente nessas horas que eu sei em quem devo confiar e em quem devo me afastar completamente. Espero que seja inteligente o suficiente para entender em qual categoria você está. — Falo, pegando uma latinha de refrigerante e indo até Amare, que ainda conversava com Jonas.

— Ei, baby. — Chamo, lhe entregando o refrigerante, na qual ele agradeceu, risonho.

— Fico feliz que você saiu daquela merda, irmão. — Jonas falou, o que me fez sorri.

— Foi suportável graças a algumas pessoas... — Insinuo, sorrindo para Amare, que retribuiu, se levantando e abraçando a cintura de Jonas e a minha.

— Eu estou muito feliz de poder dizer a todos que agora tenho um irmão incrível, e um namorado maravilhoso. — Sorrimos, e logo Amare deixou algumas lágrimas caírem.

— Amor, não chora. — Falo, rindo e enxugando suas lágrimas.

— A culpa é de vocês! — Resmungou, e Jonas riu.

— Vai se acostumando, Matt. Ele é chorão mesmo. — Jonas brincou, passando a mão nos cabelos dele.

— Eu vou ficar longe de vocês, ou então vou desidratar! — Amare dramatizou, secando suas lágrimas.

— Nem pense em ficar longe de mim. — Aviso, o puxando pela cintura e beijando seu rosto.

— Desculpa atrapalhar, mas eu vim roubar meu amigo! — Paula falou, puxando Amare.

— Oi, Paula. Quanto tempo, não? — Jonas falou, a olhando fixamente. Paula o olhou, com uma expressão indiferente.

— Oi, Jonas. Pois é. Tchau! — Falou, puxando Amare para longe de nós, ambos cochichando e rindo. Jonas suspirou, olhando na direção de Paula, que já estava sentada à uma mesa, conversando com Amare e Victoria.

— Está a fim dela? — Questiono, vendo ele me olhar rapidamente.

— O quê? Claro que não... A Paula... é complicada. — Balbuciou, chateado.

— Mas isso não te impede de gostar dela. — Rebato, vendo ele revirar os olhos, sorrindo.

— Okay, eu curto mulheres assim. Ela é gata, inteligente, diferente das outras. — Falou, suspirando e olhando para Paula.

— E por que não fala isso para ela?

— Porque ela não acreditaria. Já tentei, acredite.

— E no que deu?

— Victoria disse para ela que gostava de mim, e agora ela me deu um fora. — Falou, com um suspiro de chateação.

— A Victoria? Ela não estava se envolvendo com o Sandro? Ou eu estou enganado? — Questiono, confuso. Pois Sandro não parava de encher meu ouvido falando de Victoria.

— Em três semanas muita coisa muda, irmão. Incluindo os sentimentos de Victoria, que ela muda mais de homem do que de roupa. Aghr! Agora Paula não olha nem na minha cara! — Resmungou, o que me fez suspirar.

— Ainda bem que não tenho esse problema. — Falo, vendo ele me olhar com um sorriso debochado.

— Quem disse que não? A Jaqueline não vai aceitar isso fácil não, escuta o que eu estou te falando. — Ditou, o que me fez revirar os olhos.

— Ela não tem escolhas. Eu estou com o Amare agora. E tenho certeza que Granada vai encher meu saco por um bom tempo. — Comento, já imaginando a vergonha que ele me faria passar. Jonas gargalhou, concordando.

— Ah, vai! E no final ele estava certo, não? — Zombou, rindo.

— Não interessa! Estou com Amare e ponto final.

— Papai!!! — Olho para trás, vendo Kael correr em minha direção e pulando em meus braços. Sorri, o levantando e o abraçando fortemente.

— Ah, meu amor! Que saudades de você, bebê. Como está? — Falo, o enchendo de beijos. Ele sorriu, beijando meu rosto.

— Para onde foi, papai? — Questionou, o que me fez suspirar.

— Eu tive que resolver umas coisas, meu amor. Mas já estou de volta.

— Eu fiquei bem quietinho com os fogos de artifício, papai. — Falou e eu o encarei, em alerta.

— Teve... mais fogos de artifício enquanto eu não estava, amor? — Ele assentiu, o que me fez olhar para Jonas, que estava sério, me fitando.

— Os mesmos de sempre, Matthew... Tentaram mais uma vez entrar aqui. — Jonas falou, o que me fez respirar fundo.

Ótimo... tinha que ter um problema...

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora