AMARE BETTENCOURT
— Fiquei sabendo que foi na delegacia visitar aquele delinquente! O que você tem na cabeça, Amare?!! — Meu pai exclamou, entrando em casa. Respiro fundo, mantendo a calma e me sentando no sofá, tomando fôlego para iniciar aquela conversa. — Resolveu ficar em silêncio?! Me responde, Amare!
— É verdade que matou a irmã dele? — Questiono, vendo ele me olhar confuso.
— O que isso tem a ver? Ele fez sua cabeça, não é?!! — Suspiro, enlaçando meus dedos à frente da boca.
— Matou ou não matou? — Questiono, o olhando.
— Claro que não, Amare! Eu o prendi porque ele cometeu crimes, e ainda brincou com você, lembra? — Ditou, o que me fez suspirar. Ele se abaixou à minha frente, tocando meu rosto. — Filho, eu nunca vou matar um inocente. Você sabe disso, não sabe? — Deixo algumas lágrimas caírem, assentindo.
— Eu sei, papai... — Ele me abraçou fortemente, beijando meu rosto e tentando me acalmar.
— Vai ficar tudo bem, filho... — Sussurrou, me mantendo em seus braços, enquanto eu chorava compulsivamente.
MATTHEW ANDRADE
— Ei, grandão! — O carcereiro bateu na cela, me olhando. — Tem visita. — Ditou, abrindo a cela. Semana passada Michelle havia me visitado. Ela estava cuidando de Kael, o que me aliviou de certa forma. Mas acredito que ela tenha perdido o emprego, pois notei que ela estava triste, e se estivesse trabalhando, não teria tempo para cuidar de Kael.
Assim que chego na sala particular, vejo Amare sentado na cadeira, com a cabeça deitada na mesa, o que me preocupou.
— Amare? — Chamo e ele rapidamente se levantou, me olhando.
— Oi... — Murmurou, se aproximando, e para a minha surpresa, ele me abraçou fortemente, chorando.
— O que aconteceu, baixinho? — Questiono, preocupado, retribuindo ao abraço.
— Ele mentiu para mim! Ele nem conseguiu me olhar nos olhos, Matthew! Como ele pôde?!! — Exclamou, alterado. O levo até a cadeira, o fazendo se sentar.
— Eu sinto muito... — Murmuro, notando seu estado. Aquela merda estava acabando com o estado psicológico de Amare, e sinceramente eu estava odiando vê-lo assim.
— Eu... fingi acreditar, mas... Eu o conheço. Sei quando ele está mentindo. Ele riu nervoso e olhava para qualquer lugar, menos nos meus olhos. Eu... não sei o que fazer. — Balbuciou, levando a mão à cabeça, chorando baixinho.
O puxo para um abraço, na qual ele retribuiu, suspirando. Passamos longos minutos parados, enquanto ele se acalmava.
— Essa roupa é feia em você. — Amare comentou, insinuando o uniforme cinza da prisão. Eu ri, concordando.
— É o que tem no momento. — Amare sorriu fracamente, subindo da cadeira para a mesa, ficando sentado na mesma.
— É muito ruim ficar aqui? — Questionou, preocupado. Dou de ombros, suspirando.
— É uma merda. Mas se você souber se defender, é o suficiente para continuar vivo. — Comento, vendo Amare arregalar os olhos, assustado.
— Quanto tempo vai ficar aqui? — Questionou, me puxando pelos ombros e acariciando meu rosto.
— Não sei, baixinho. Não tem provas contra mim, mas estão me mantendo aqui por ter ajudado Granada a fugir no dia da perseguição. Enfim...
— Como eu faço para te tirar daqui? — Questionou. O encaro, preocupado.
— Não faça nada, Amare. Não quero que você venha parar aqui dentro também. Esse lugar não é para você. — Falo, e ele sorri. Aquele sorriso estava de volta, o que era reconfortante.
— Nem para você...
— Baixinho... eu já matei pessoas, caso não saiba. É bom você saber com quem está se envolvendo. Não sou uma boa pessoa. — Falo, vendo Amare suspirar, fazendo bico e puxando meu uniforme, me deixando entre suas pernas.
— Você é sim. As vezes exagera quando está com ciúmes, mas... — Insinuou, o que me fez sorri ao entender o que ele quis dizer. — para mim você é uma boa pessoa sim. — concluiu, sorrindo.
— Então... você me perdoa? — Amare suspirou, ficando sério.
— Não foi legal o que você fez. Mas... até a Michelle me deu alguns conselhos e... me contou umas coisinhas sobre você. Então sim, eu te perdoo. Mas não haverá outra chance! — Intimou, o que me fez ri, assentindo e o abraçando, finalmente podendo beijá-lo de novo, sentir o sabor da sua boca na qual senti tanta saudades.
— Eu estou com saudades de você... — Sussurro, beijando seu pescoço e abrindo os primeiros botões do macacão que ele usava, deixando a peça escorregar um pouco, deixando seu ombro esquerdo amostra.
— Matthew... aqui não... Alguém pode chegar... — Amare falou, um pouco ofegante.
— Assim como em minha casa? — Insinuo, vendo ele revirar os olhos, sorrindo. Ele olhou para a porta, me olhando em seguida, pensativo.
— Espera... — Murmurou, indo até a porta e a abrindo, falando algo para o carcereiro na qual não pude entender, e então voltou, pulando para conseguir subir na mesa de novo.
— O que você fez? — Questiono e ele dá de ombros, sorrindo.
— Ser filho de policial tem lá suas vantagens. — Comentou, e eu sorri, o abraçando rapidamente e voltando a beijá-lo como se não houvesse o amanhã. Estava morrendo de saudades daquela boca e daquele corpo, e saber que Amare havia me perdoado, era como ter tirado um peso enorme das minhas costas.
Abro os botões do seu macacão, o fazendo deslizar por seus braços. Beijo sua boca, enquanto Amare começava a desabotoar minha camisa, a tirando, e logo resmungou ao ver uma camiseta branca por baixo.
— Por que tanto tecido?! — Questionou, o que me fez ri. Tiro a camiseta, a jogando em qualquer lugar e voltando a beijá-lo, sentindo suas mãos passarem por meu peito e barriga.
Ergo seu corpo apenas para tirar seu macacão, aproveitando e puxando sua cueca junto, o deixando completamente nu.
— Se seu pai entra aqui, ele me mata definitivamente. — Brinco, e ele ri, enlaçando meu pescoço e roçando seus lábios nos meus, me olhando nos olhos.
— Isso não te excita? Você tem o filho do seu pior inimigo em mãos... O que pretende fazer? — Provocou, o que me fez respirar fundo, o olhando.
— Você é terrível! — Falo, e ele ri deliciosamente. Aquela risada pela qual me conquistou facilmente. O beijo, não conseguindo mais esperar.
Eu precisava tê-lo, ali mesmo!
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TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY)
RomanceEle é um dos homens mais temidos do país, conhecido por sua impiedade com inimigos e por comandar o morro na qual cuida com unhas e dentes. Mas o dono do Morro pode ter seu escudo de aço quebrado ao se deparar com um coração puro e doce de um simple...