AMARE BETTENCOURT
Suspiro, me recostando em uma grande árvore que havia na praça e tomando um milk-shake. Hoje era sexta, dia de dá aulas para as crianças, mas como eu estava proibido, pedi para Victoria ir no meu lugar, ao menos até tudo se resolver e eu conseguir convencer meu pai de que eu não vou abandonar meu projeto.
— Esperando alguém? — Me assusto quando vejo Matthew entrar na minha frente, sorrindo.
— Não... — Murmuro, ainda chateado com ele. Matthew se abaixou à minha frente, apoiando as mãos em meus joelhos.
— Por que não foi dá aulas hoje? — Questionou, me olhando fixamente.
— Problemas pessoais... Mas eu vou resolver logo. — Falo e ele assente, suspirando.
— Podemos dá uma volta? — Questionou, o que me fez olhá-lo.
— Para quê?! Não precisa fingir que gosta de mim! — Exclamo, irritado. Ele me olhou, confuso.
— Do que está falando?
— Eu já sei de tudo! Aquela mulher disse que você odiava pessoas do meu tipo! Então vai embora! — Falo, irritado e abraçando minhas pernas. E logo Matthew começou a ri, o que me fez olhá-lo confuso. — Do que está rindo?!!
— Desculpa. Não consigo te levar à sério vendo você com um moletom cor de rosa e tomando milk-shake. Você me lembra aqueles cachorrinhos pequenos e que vivem latindo, mas não assustam ninguém. — Zombou, me deixando mais irritado ainda.
O empurro, me levantando e querendo ir embora, mas ele me agarrou pela cintura, me prensando contra a árvore.
— Me solta, seu idiota!!! — Exclamo e ele sorri. Eu estava furioso pelo fato dele está rindo da minha cara, sendo que estou puto com ele.
— Ei! Calma, miniatura. Eu estava brincando. Aquela mulher só quis te afastar de mim. — Falou, e eu o olhei.
— Por quê?
— Porque ela é maluca. E... porque eu prefiro passar mais tempo com você do que com ela. — Falou, o que fez minhas bochechas esquentarem, me obrigando a desviar o olhar, envergonhado.
— Eu... não acredito em você. — Balbucio, mas por dentro eu estava totalmente dividido e querendo acreditar.
Matthew ergueu meu queixo com a ponta dos dedos, me fazendo olhá-lo.
— Lembra da pipoca e do chocolate quente? Eu quero experimentar essa junção para ter certeza se é boa mesmo... — Murmurou, me fazendo olhá-lo sem entender, até que ele foi se aproximando mais e mais, me deixando estático. E logo sinto seus lábios tocarem os meus, me deixando mais petrificado ainda, se é que isso era possível.
Meu coração estava disparado e as tão comentadas borboletas no estômago estavam se fazendo presente, me impedindo de reagir ou fazer qualquer coisa.
Matthew pousou sua mão em minha cintura, pedindo espaço para minha boca com sua língua, e acabo cedendo, sentindo sua língua invadir minha boca, aprofundando o beijo. O meu primeiro beijo...
Fico na ponta dos pés, na tentativa de facilitar, foi meio inútil, mas já era alguma coisa, até que sinto Matthew segurar minhas coxas, me erguendo para cima e fazendo minhas pernas rodearem sua cintura, me deixando agora à sua altura e facilitando o beijo.
Céus... que calor repentino é esse?!
Se meu pai me pega nessa situação, ele certamente me mata.
Matthew logo cessou o beijo, terminando com um selinho e me encarando com um sorriso descontraído.
— É... não é uma junção tão ruim... — Balbuciou, mas eu ainda estava ofegante, sem reação. Minha boca formigava e eu ainda sentia seu sabor de hortelã. Meu Deus, um homem me beijou!!!
— Você... você... — Tento falar, mas logo ele me rouba outro beijo, me pondo no chão, mas não consigo sentir minhas pernas e acabo caindo sentado. Ele riu, se abaixando à minha frente e passando a mão em meus cabelos.
— Me mande mensagem quando voltar para casa. Até logo, miniatura. — Ditou, indo embora.
ELE ME BEIJOU!!!
Rapidamente pego meu celular, tremendo demais, após sair do transe. E no minuto seguinte ela atende.
— Paulinha, venha me buscar agora!
MATTHEW ANDRADE
— Cara, eu não concordo com o que você está fazendo! — Jonas exclamou, irritado.
— Você não tem que concordar com nada, Jonas! Aquele desgraçado merece! — Rebato, impaciente, e logo ele entra na minha frente.
— Mas o Amare não merece! Ele nunca fez mal a ninguém, Matthew! Não pode brincar com ele assim! — Exclamou, preocupado.
— Bem, minha irmã também não tinha feito nada para ninguém. E lembra o que aqueles merdas fizeram?! Pois é, ela está debaixo da terra agora! Olho por olho, Jonas! — Exclamo, em fúria. Ele se calou, balançando a cabeça negativamente.
— Eu te falei tudo sobre ele, mas porque eu confio em você, Matt. Amare não merece isso. Ele é um menino bom e eu me importo com ele. Não vê o que ele está fazendo para as crianças da comunidade?!
— Para de ficar colocando esse garoto no altar, Jonas! — Ralho, irritado. — Minha irmã deu o sangue dela para ajudar nessa merda e só quem leva crédito é aquele riquinho mimado!
— Por que você está assim?! Você não estava se entendendo com ele? O que aconteceu, Matthew?! — Suspiro, atordoado.
— Eduard é meu inimigo declarado. Ele ameaça minha família diariamente, então eu não vou ter pena de acabar com Eduard por onde mais dói!
— É crueldade demais brincar com o garoto assim, Matt. Ele não tem experiência...
— Melhor ainda! Eu quero que Eduard enlouqueça ao ver o filhinho querido dele apaixonado por mim. E você nem ouse interferir nisso, porque já te dei uma chance, Jonas. Não darei outra. — Aviso e ele suspira, saindo da minha casa.
Sinto muito, Amare... Mas eu não tenho culpa se você nasceu entre linhas de fogo...
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TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY)
RomanceEle é um dos homens mais temidos do país, conhecido por sua impiedade com inimigos e por comandar o morro na qual cuida com unhas e dentes. Mas o dono do Morro pode ter seu escudo de aço quebrado ao se deparar com um coração puro e doce de um simple...