CAPÍTULO 15

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AMARE BETTENCOURT

— COMO ASSIM ELE TE BEIJOU?!! — Paula gritou, e rapidamente peço para ela falar mais baixo, caso alguém da minha casa ouça.

Sshhhh!!! Quer colocar isso na rádia?!! — Exclamo, e ela suspira.

— Como assim ele te beijou?! — Ela sussurrou, ainda em choque, o que me fez ri.

— Me beijando, ué.

— Na boca? — Assenti, envergonhado. — Com língua e tudo? — Cubro meus olhos, assentindo. Ela gritou, me abraçando. — Não acredito que minha criança está crescendo! — dramatizou, o que me fez ri, revirando os olhos.

— Boba! Não pense que eu não vi você e o tal do Sandro. — Falo e ela faz careta, revirando os olhos e ajeitando os óculos de grau.

— Ele é um idiota, Amare. Eu fui comprar um simples refrigerante e ele veio com papinho de princesa. Para cima de mim?! Ah, me poupe! Posso ser feia, mas burra não! — Exclamou, o que me fez ri, revirando os olhos.

— Você é linda, Paulinha. E está solteira por ser revoltada e encontrar defeito em tudo! — Falo e ela ri, revirando os olhos.

— Não encontro defeito, mas tenho consciência quando um idiota só quer brincar comigo. Aliás... Amare, você sabe que Matthew é o dono do Morro, não sabe? — Assenti, agora preocupado. — Como pretende seguir com isso?

— Eu não sei... eu nem esperava por esse beijo... — Comento, e logo Paula sorri, o que me fez sorri também, deitando na cama e totalmente envergonhado, abraçando o Sr. Panda.

— Eu vou logo ser substituída nessa cama por um boy gostoso. — Paula falou, me fazendo abrir a boca em choque.

— Sua pervertida! Não apresse as coisas. — Falo, jogando uma almofada nela, que apenas riu, dando de ombros.

— Amor, ele é um homem que é acostumado a fazer sexo. Acredito eu que ele queira te levar para a cama também. — Arregalo os olhos, espantado.

— Não, não, não! Não estou pronto. E se eu pagar mico? Se eu fizer alguma coisa errada?! — Questiono, desesperado. Paula riu, me abraçando.

— Calma, Amare. Não precisa ficar neurótico. Primeiro ele tem que te pedir em namoro, passar um tempinho saindo juntos, e aí depois vocês pensam nisso. Eu só vou ter pena de você... — Murmurou, me deixando confuso.

— Por quê?

— Amor, o que ele carrega entre as pernas não é tamanho de gente normal. Parece que vai viajar com aquela mala. — Comentou, rindo, me deixando ainda mais envergonhado, pois eu mesmo já vi duas vezes. E não pensei nesse detalhe... Eu quero continuar andando, por favor Deus.

— Melhor mudarmos de assunto. Isso já está ficando muito baixo. — Falo, balançando minha cabeça.

— Mais baixo que você, impossível. — Zombou, o que me fez jogar outro travesseiro nela, que riu horrores, se deitando comigo e procurando um filme na televisão para assistirmos.

. . . .

— Amare... eu não estou de acordo. — Papai comentou, em um tom sério. Eu conversei com ele por 2 horas seguidas e procurando argumentos do inferno para convencê-lo a me deixar voltar para a escolinha. E mamãe estava me ajudando, para a minha alegria.

— Papai, eu vou me cuidar. Ninguém sabe que sou seu filho. Apesar de que eu teria o maior orgulho de falar. — Brinco, e ele sorri fracamente.

— Melhor não contar...

— Eduard, eu não vejo problemas. Nosso filho está educando crianças que também merecem um futuro promissor. Um exemplo disso é a minha nova estagiária. Ela me mostrou alguns desenhos que ela cria de roupas e eu estou apaixonada. Além de carregar uma beleza única! Estou querendo convidar ela para desfilar na minha próxima coleção. — Mamãe falou, o que me deixou curioso.

— Quem é?

— Michelle. Uma menina educada, elegante e muito inteligente. Eu estou apaixonada pelo talento dessa menina. — Mamãe comentou, o que me fez sorri.

— Eu conheço ela! Me encontrei uma vez com ela no ba... — Me interrompo antes que eu me entregasse. — No... barzinho em frente à escolinha. Realmente, ela é maravilhosa. — Falo, suspirando.

— Papo lindo, mas ainda não quero você naquele lugar. — Papai falou, o que me fez choramingar.

— Papai...! — Começo a chorar, o olhando da forma mais fofa e apelativa que consigo.

— Amare... nem... nem tente me olhar assim! Clarisse, olha ele! — Papai apelou, nervoso. Vou até ele, o abraçando e depositando um beijinho em seu rosto. — Amare...

— Se eu fosse você, eu deixava logo. —Mamãe falou, sorrindo. Papai bufou, revirando os olhos.

— Tudo bem! Ok, eu deixo! — Grito em comemoração, o abraçando fortemente e o enchendo de beijos no rosto.

— Obrigado! Obrigado! Obrigado! — Exclamo, super feliz.

— Certo, mas é da escola para casa, entendeu, Amare?! Nada de conversinha com ninguém! — Assenti, sorridente.

— Te amo, papai. — Falo, o beijando no rosto. — Te amo, mamãe. — a beijo também, afinal, se não fosse ela eu passaria mais 5 horas aqui tentando convencê-lo.

— Ah, eu também te amo, amor da minha vida! Mas escuta o seu pai. Toma cuidado. — Mamãe falou, e eu assenti, sorrindo.

— Pode deixar! — Exclamo, correndo para meu quarto, trocando de roupa e saindo de casa. Precisava avisar à coordenadora que iria voltar para as aulas na sexta.

E aproveitava para procurar Matthew...

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora