CAPÍTULO 19

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AMARE BETTENCOURT

Termino de tomar o café da manhã, na casa de Matthew. E acho que já devo ter detalhado desde o começo quando conheci Matthew para o pai dele, que sorria a cada resposta minha.

— Chega de perguntas! Melhor eu ir te deixar, né Amare? — Matthew falou, se levantando. Sorri, concordando.

— Ah, fica para o almoço. Não vai ter problema. Você mora com quem? — Granada questionou, o que me fez engolir em seco.

— Eu...

— Pai, outro dia, ok? Vamos, Amare. — Matthew falou, o que eu agradeci internamente, o seguindo para fora da casa, caminhando com ele até a entrada.

Logo avisto aquele mesmo homem que deu um tapa na minha bunda, o que me fez segurar o braço de Matthew, olhando para aquele homem, que passou por mim abaixando a cabeça. O sigo com o olhar, percebendo que seus braços estavam enfaixados. ELE PERDEU AS MÃOS!!!

— Olha para frente, Amare. — Matthew falou, notando meu espanto. O encaro, tentando adivinhar se foi ele que fez aquilo ou foi um acidente. Eu prefiro acreditar que foi um acidente...

— Fernando! — Exclamo, vendo ele e Bruno na entrada do morro. Corro até eles, os abraçando.

— Hey, baby! Você estava aqui? — Fernando questionou e eu sorri, assentindo. Matthew limpou a garganta, pegando minha mão e me afastando deles.

— Não sabia que estavam tão íntimos. — Matthew resmungou, me puxando até uma moto, que parecia novinha.

— Eles são legais. — Falo, sorridente.

— Hm... Vem, sobe aí. — Ditou, subindo na moto e me entregando um capacete. O encaro, um pouco envergonhado.

— É alta... — Falo, sabendo que não conseguiria subir sozinho naquele monstro que chamam de moto. Meus 1,46m de altura não me permitiam isso. Matthew riu, me estendendo a mão.

— Vem, eu te ajudo. — Seguro em sua mão, apoiando o pé na parte mais baixa da moto e logo Matthew me puxou, me fazendo subir com tudo. Gritei de susto, me segurando nele para ir parar direto no outro lado.

— Era para me ajudar, não para cometer uma tentativa de assassinato! — Dramatizo, me ajeitando na moto e colocando o capacete, que era bem maior que minha cabeça. Mas enfim, detalhes. Matthew apenas riu, ligando o motor e puxando minhas mãos para sua cintura.

— Segura firme. — Falou, e logo deu partida, o que me fez me agarrar nele, tendo a impressão de que o vento me levaria facilmente.

Passei o endereço da casa de Paula, afinal ela iria surtar se eu não voltasse direto para lá. E também não seria nem louco de passar o endereço da minha casa para Matthew, apesar de ter extrema vontade de fazer isso.

— Está entregue. — Matthew falou, me ajudando a descer. Sorri, tirando o capacete e vendo ele retirar o dele, o apoiando no tanque da moto.

— Obrigado. Apesar do filme assustador... a noite foi ótima. — Falo, sincero. Matthew sorriu, suspirando.

— Ao menos você não teve pesadelos. Próxima vez que for à noite para o morro, me avise antes e eu venho te buscar, pode ser? — Matthew falou e eu assenti, sorrindo.

— Tudo bem. Até... — Falo, acenando. Ele me puxou pela cintura, me beijando, o que me fez sorri entre o beijo e logo retribuí. Parece até mentira que isso está acontecendo.

— Agora sim. Até, baixinho. — Matthew falou, me dando um selinho e me soltando.

— Até. — Falo, indo até a porta da casa de Paula e olhando para Matthew, que já ligava a moto e colocava o capacete, acenando para mim e indo embora. Suspiro, entrando e fechando a porta atrás de mim.

Eu não acredito que dormi com outro homem!!!

Subo para o quarto de Paula, vendo ela em sua escrivaninha, estudando como sempre.

— Que gentil! Ele veio te deixar em casa e tudo. — Paula comentou, sem nem olhar para mim. Sorri, caindo deitado na cama dela e abraçando o travesseiro, com um sorriso de ponta a ponta. — Ai, pronto. Pior que um amigo virgem, é um amigo apaixonado. — Paula brincou, largando os livros e vindo até mim. — Como foi? Ele te comeu?

— O quê?! Claro que não, sua pervertida! — Exclamo, jogando um travesseiro nela, que apenas riu.

— E o que fizeram?

— Ah... nós assistimos a um filme e... por medo eu acabei dormindo. — Falo, dando de ombros.

— Ou seja, quebrou as esperanças do brutamontes de ter uma noite prazerosa. — Brincou, rindo. Reviro os olhos.

— Agora que já sabe de tudo, vou voltar para casa antes que meu pai mande o departamento de polícia inteiro atrás de mim. Vai almoçar lá em casa e chama a Victoria. — Falo e ela assente.

— Pode deixar. — Me despeço dela, voltando para casa, sabendo que meus pais já estariam no trabalho.

— Aonde pensa que vai, mocinho? — Congelo ao ouvir aquela voz tão bem conhecida por todos daqui de casa. Me viro lentamente, vendo aquela mulher exuberante caminhar elegantemente em minha direção.

Vovó Vivian!

TENTACION - O dono do Morro (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora