Planos

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Briana andava por uma superfície gramada. Conseguia sentir a relva macia sob os pés descalços. A paz que aquela sensação causava fazia com que ela esquecesse todos os problemas que aquele mundo ainda lhe proporcionava.

Fechou os olhos e refletiu sobre tudo o que passara. Sentiu um leve toque em seu ombro e abriu os olhos sorrindo ao ver quem chegara.

— Meu amor! Que bom que veio.

— Eu conto as horas para te encontrar. — confessou Letícia, enquanto segurava o rosto da amada entre as mãos e a beijava com ternura.

— Preciso te mostrar uma coisa. — Puxou-a pela mão e saíram correndo pela vasta plantação de trigo.

O sol mostrava seus primeiros raios. Albano, pai de Briana, observava a filha com a namorada, pela janela de sua casa. Ele tinha um sorriso perdido no rosto, vendo-as correndo pelo mar dourado em direção ao mirante da fazenda.

— Você precisa conversar com elas. — alertou Maria, sua esposa.

Albano suspirou profundamente e segurou a mão da mulher, pousando um suave beijo nela.

— Eu sei. É tão bom vê-las assim que acabo esquecendo que isso as fará sofrer demais, se eu não contar a verdade.

— Eu sei que nossa filha já sofreu muito, merece essa felicidade, mas Letícia não é exatamente a pessoa certa para isso. Então não espere mais.

Albano assentiu e se virou para observar as duas, conseguia ver exatamente onde estavam.

Briana apontou uma árvore no outro lado da plantação de trigo.

— Está vendo? Meu pai disse que quem conseguir comer o fruto daquela árvore consegue voar.

tá brincando, ? — Sorriu olhando para a namorada que tinha dezenove anos, mas às vezes agia como se fosse uma criança.

— Estou falando sério. Você não acredita?

Letícia meneou a cabeça negativamente e começou a descer os pequenos degraus.

— Então vamos lá, eu quero voar. — Desafiou.

Briana olhou na direção de sua casa e avistou o pai na janela. Sabia que ele não a queria ultrapassando os limites da fazenda.

— Eu não posso. — disse ao descer a escada e encarar a cética Letícia.

— Você não pode nada. — falou sorrindo e começou a correr.

Magoada, Briana a seguiu. Olhou para o pai e passou a correr também.

A jovem se mantinha atrás da namorada que ora ou outra corria de costas sorrindo para ela em desafio para ir com ela à tal árvore mágica.

Lembrou-se que o dia mais feliz de sua vida foi quando a encontrou ali naquele mesmo lugar.

Lembrou-se que o dia mais feliz de sua vida foi quando a encontrou ali naquele mesmo lugar

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