.25/10. Um tempo só para nós todos.

13 1 0
                                    

As provas acabaram, finalmente podemos descansar, e relaxar, nós todos estamos indo ao parque depois da escola.
-Ahhh, finamente podemos descansar, pessoal.
-Verdade... Isso foi muito cansativo.
-Ah, quase me esqueci...
-O que foi Tatsuki?
-Semana que vem tem o festival de jogos esportivos...
-"HAAAAAAAAN?"
Todos ficaram espantados.
-Eu tinha me esquecido disso... Hey Takeru, vamos começar a fingir que estamos doentes igual ao ano passado?
-Boa ideia.
A expressão dele foi muito séria, arrumando o óculos no nariz, ele sempre faz isso quando tá sério.
-Eu vou começar a treinar, não quero participar dos jogos.
-Nós também não.
-Exato.
A Yuri e a Hiragi estavam deitadas em um banco atrás da gente.
Depois de um tempo reclamando do festival esportivo, todos se despediram e seguiram seus caminhos. Eu voltei com a Yuri até a esquina que sempre nós separa, sempre lembro do beijo na bochecha naquele dia... Segui meu caminho, passei em uma lojinha de conveniência e comprei dois onigiris, estava faminto, então pude relaxar um pouco depois que cheguei em casa.
-Amanhã é sabado e não tenho nada pra fazer... será que devo passar o dia jogando, faz tempo que não jogo o dia todo, sempre estou pensando na escola, no pessoal e na hiragi...
"Bzzzzz...Bzzzz..."
-Estranho, quem poderá ser a essa hora... Han, uma mensagem da Haru...
Na mesagem dizia que ela estava voltando para passar o final de semana, isso me deixou um pouco preocupado, acho que os nossos pais não gostarão de vê-la por aqui, mas, faz bastante tempo que não vejo minha irmã...
A noite passou voando... já são quatro da manhã... e eu ainda estou jogando, vou na cozinha. Geralmente meu pai saí mais cedo aos sábados para poder voltar antes di horário dele. Como eu disse, ele estava acordado assistindo o jornal da manhã antes de sair, sentado no sofá com uma caneca de chá na mão.
-Oh... bom dia pai.
-Huhu, Kotaro, acordado a essa hora?
-Na verdade, nem dormi...
Meu pai sábia que eu virava noites em claro jogando, então não perdia tempo brigando comigo pir causa disso.
-Estava jogando, né?
-Sim... Não vai ter nada de diferente pra hoje, decidi passar jogando.
-Entendo, não se esforce muito, okay.
-Tudo bem...
Eu quase esqueci de falar que a Haru-nee-san viria nos visitar.
-Ahh, pai, Tenho que te contar antes de contar pra mamãe, a Haru vai vim nos visitar hoje, não sei que horas.
-Sério...
Meu pai ficou sério, e fechou a cara...
-Gostaria de pedir uma coisa pra você.
-O que seria?
-Gostaria que não brigasse com ela hoje, peço por favor.
-Você sabe o que ela fez, não sabe?
-Sim, eu sei...
-Então como você pode pedir isso pra mim?
-Apesar de tudo o que ela fez, ela ainda é minha irmã, e sua fipha também, eu sei que depois daquilo, todos da família começaram a evitar ela, mas eu gosto dela.
Meu pai se virou pra mim, colocou a mão no meu ombro e disse:
-Por você... eu vou me esforçar, tudo bem?
-Sim!
Meus pais se decepcionaram muito com a Haru. Uma história longa, sem muito alegria...
Eu tinha cinco anos, como uma criança, não entendia tudo que acontecia a minha volta, meus pais estavam passando por problemas financeiros, e quase todos os dias eles brigavam por causa disso, Haru é cinco anos mais velha que eu, ela sempre estava comigo quando eles estavam brigando, isso se estendeu por três anos, até que meu pai conseguiu um bom emprego, o salário que ele ganharia acabaria com todos os problemas. Eu tinha acabado de completar oito anos, minha irmã já estava no fundamental, ela era popular com os garotos, ela sempre aparecia com um garoto diferente lá em casa, meu pai sempre reclamava por causa disso, e muitas vezes brigava com ela, mas eu sempre ia abraçar ela depois disso. Até que um dia ela disse:
-Um dia eles me pagam, isso não vai ficar assim...
Eu me assustei muito... pela primeira vez eu senti medo dela...
Depois de uma semana, minha mãe chegou em casa, chorando, ela parecia abalada, eu fui abraça-la, ela pediu que eu fosse pro quarto quando o papai chegou, então eles começaram a discutir de novo. Ela disse para o papai parar de mentir e contar a verdade sobre a amante dele, na época eu não fazia ideia do que se tratava. Depois de uns 20 minutos o papai foi no meu quarto e falou que ia viajar, eu achei normal por causa do seu novo emprego, então apenas me despedi dele.
Minha mãe não saía do quarto dela, então achei que ela estava doente, minha irmã chegou e estava com aquele olhar assustador de novo.
Depois de umas semana, meu pai voltou pra casa pra conversar com minha mãe sobre a amante, mas o que me surpreendeu, foi quando ele acusou a Haru de inventar essa mentira, ele achou a mulher que a haru pagou para mentir, depois que a haru chegou, todos se juntaram, ela se ajoelhou e pediu desculpa, mas... Nossos pai nunca mais confiaram nela.
Hoje é o dia que ela vem visitar, meus pais estavam de folga, parecia até coisa do destino, quando ela chegou, ela estava bem alegre, nem parecia ela, fiquei muito surpreso que meu pai abraçou ela, e foi totalmente cordial com ela, minha mãe tentou e foi bem respeitosa com ela. A gente almoçou juntos, passamos a tarde no parque, nem parecia a nossa família, infelizmente o dia passou rápido de mais, Eu pude sentir que esse foi um dos melhores dias que já passei com minha família. Ela se despediu de todos e perguntou se poderia voltar, a resposta do meu pai não me surpreendeu.
-Eu acho que chegou a hora de parar de brigarmos e sermos uma família unida, eu não só deixo você voltar como eu quero que você volte.
-Sério pai? Estou surpresa com isso. Mamãe...
-Sim, Haru.
Minha mãe estava um pouco desconfortável ainda, mas ela não foi rude nem uma vez.
-Posso falar com você um pouco antes de ir?
-Pode sim...
Depois disso, as duas subiram para o quarto da minha mãe, elas demoraram um pouco, quando elas desceram, minha mãe estava sorrindo e segurando a mão da Haru. Chamou meu pai, e todos sentamos na sala.
-Papai, Mamãe, maninho, eu sei que desde que aquilo aconteceu, eu fiquei fora da união da família, mas hoje eu sei que posso voltar pra ela, pedi perdão a todos por minha ação infantil e egoísta, eu sei que não é fácil me ver aqui falando isso, mas eu sei que todos vão me aceitar de volta.
Ela se emocionou enquanto falava, eu levantei e abracei ela, de repente ela respira fundo e...
-Mamãe, Papai e Kotaro, eu vou ter um bebê...
Meu pai se espantou e começou a chorar.
"Agora eu sei da onde eu tirei meu sentimentalismo, é hereditário..."
Minha mãe sorriu, Eu abracei a Haru mais forte. Ela me olhou e disse:
-Você vai ser tio, Kotaro.
-Vou ser o melhor tio que eu puder.
Depois de todo esse afeto, eu fui acompanhar a Haru até a Estação, ela disse que o Namorado dela estava em Kyoto a Negócios e ela pediu para vir junto.
-Hey Kotaro, se tudo estiver indo bem nas negociações, meu namorado e eu vamos morar em Tokyo, e poderemos nos ver mais vezes.
-Isso vai ser bom, Eu vou gostar de passar mais tempo com você.
-Eu também seu chorão.
-Ha? Eu chorão? Quando.
-Aquela hora, hahaha. Vocês e o papai são iguais quando se trata de sentimentalismo.
-Sim, nisso não posso negar.
-Vejo que você mudou bastante desde o nosso último encontro, maninho.
-Ah, eu não contei ainda, né?
-Contou o que? Kotaro...
-Eu temho uma namorada... Ela se cham-
-O que? Espera... Você ta namorando? Sério mesmo?
-Calma Nee-san, deixa eu respirar haha.
-Okay, é que isso me surpreendeu de mais.
-Ela se chama Yuri, Somos da mesma sala, e estamos juntos a Seis mêses.
-Nossa, que estável, gostaria de saber como vocês se conhecerem, mas meu trem está prestes a chegar.
-Sim, eu gostaria de contar tudo, que tal na próxima vez, mana...
-Sim, até mais maninho.
Ela me abraçou e meu deu um beijinho na testa, entrou no trem e foi embora sorrindo e me acenando.
Voltei para casa olhando as estrelas, meu coração batia alegremente, eu me senti cheio de sentimentos, não pensei que rever e a mana e passar o dia junto com a família séria tão prazeroso assim. Quando cheguei em casa, liguei o computador e vi algumas mensagens da Yuri, mas nada que fosse de extrema importância. Comecei a jogar de novo, todos estavam loucos me procurando por causa do novo evento do jogo, acabei não dormindo de novo naquela noite.

Memorias do Colegial: Nakamura KotaroOnde histórias criam vida. Descubra agora