.18/11. .Jantar em família?.

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Ontem foi um dia divertido, com a visita da Yuri, minha mãe começou a ter diferentes conversas sobre mulheres, parecia que ela estava mais feliz do que Eu.
Eu a Yuri tomamos café da manhã juntos, pela primeira vez, nos despedimos da minha mãe e seguimos nosso caminho para a escola.
Conversando pelo caminho, meu celular começou a tocar, era a Haru-nee.
-"Hey maninho, tudo bem?"
-Tudo, é você?
-"Bem, o pai vai estar em casa hoje a noite?"
-Acho que sim, você vai vim visitar a gente?
-"Vou, meu namorado quer conhecer vocês. Então pensei em marcar um jantar, você poderia levar sua namorada."
-Ah, Yuri, ela está aqui do meu lado.
-"Hã, sério? Me deixe falar com ela."
-Está bem. Yuri, Haru quer falar com você.
-Ah, tudo bem então.
-"Alô, Yuri?
-Sim, prazer.
-"Gostaria de participar do jantar hoje a noita na casa do Kotaro?"
-Claro, eu adoraria.
-"Ahhh, que maravilha, te vejo hoje a noite minha linda. Passe para o Kotaro.
-Aqui Kotaro.
-"Maninho, tenho que falar com a mamãe, até mais tarde."
-Tudo bem, tchau.
Vamos ter um jantar hoje a noite, vou pensar nisso o dia todo, imagina ver a Yuri com uma rouba bonita para um jantar em família.
-Você vai gostar da Haru, eu não falava muito dela, porque a gente vivia separado, mas a família fez as pazes, agora eu vou ser tio.
-Sério, eu sempre pensei em como deve ser ter um filho, ou uma filha.
-Você sonha é...
-Hm... Para de me olhar assim.
-Hahaha... Desculpa.
-Desculpado.
Ela sempre faz uma cara fofa quando está brava.
Quando chegamos na escola, a primeira aula foi educação física, como sempre, foi uma disputa acirrada com o Tatsuki na partida de basquete, era cesta atrás de outra. Hoje teve aula de história, seguida da aula de inglês. Ainda estava um pouco frio, mas estava um frio relaxante, todos se reuniram no terraço para conversar. Sempre que estamos juntos, o tempo vai passando sem perceber.
Na hora da saída, Yuri foi embora sem mim, acho que ela estava apressada para se arrumar. Eu fui andando calmamente, ouvindo música pelo caminho, algo que fazia tempo que não acontecia.
Minha irmã já estava em casa quando eu cheguei, ela estava na cozinha com a mãe fazendo a comida para o jantar.
"Cheiro gostoso que estava vindo de lá."
-Estou de volta.
-Ah, maninho, bem vindo.
-Oi mana.
-Só, "oi mana"? Me dá um abraço seu molenga.
-Estou indo, mana.
-Você está meio sorridente, onde está sua namorada?
-Foi se arrumar, vou buscá-la daqui a pouco. Onde está meu cunhado?
-Trabalhando, vai chegar mais tarde.
-Vou tomar um banho e buscar a Yuri na cada dela.
-Okay vai lá maninho.
Enquanto eu tomava banho, fiquei pensando em como séria o namorado da Haru.
"Poderia ser um cara inteligente, intelectual, alto e arrumado."
"Ou um cara um pouco despojado, com cabelo bagunçado, roupas escuras."
"Ou um cara mais culto, com óculos, cabelos tão grandes que ele amarra com um elástico, curte roupas mais elegantes e seu passatempo seja escrever histórias."
-Qual será o tipo de homem que a nee-san gosta... Hm...
"Bem, ele trabalha em uma empresa, o que será que ele faz lá, área administrativa, talvez finanças, ou até mesmo seja desenvolvedor de produtos."
-Bem tenho que sair e me vestir para buscar a Yuri.
Quando saí do banheiro, mandei uma mensagem para a Yuri perguntando se ela estava pronta.
"Estou quase, você vem me buscar? Me avisa quando chegar aqui. Beijinhos.
~Yuri"
-Hehe, "beijinhos"?
-Hã? Lendo minhas mensagens Haru-nee?
-Desculpe, você já vai buscá-la?
-Vou. Ela mora aqui perto.
-Aqui prove isso.
-Um biscoito? Você que fez?
-Sim, estou aprendendo a cozinhar, mamãe disse pra começar por sobremesas.
-hm, gostoso. Meus parabéns haha...
-Obrigada.
Ela me abraçou e deu um beijo na testa.
Eu saí para buscar a Yuri, estava com um pouco de fome, não tinha comido nada além do biscoito da Haru. Então parei numa lojinha de conveniência para comprar um doce. Por ironia do destino...
-Mizuni? Olá.
-Ah, Kotaro... Como vai?
-Bem e você?
-Bem, na medida do possível.
-Aconteceu algo?
-Não, nada de mais.
-Tube bem, vou indo, até mais.
-Espere Kotaro, você tem um tempo, preciso conversar com você.
-Ah claro, deixa eu pagar o doce.
Quando eu paguei o doce, nós sentamos na frente da lojinha.
-O que queria conversar?
-Ah, bem...
Ela ficou muda e enrolou uma mexa de cabelo no dedo.
-Você, gosta muito da Yuri, né.
-Sim, ela é maravilhosa.
-Entendo, eu sinto inveja dela.
-Como assi-
Ela se jogou em cima de mim, me deitando no banco, aproximou o rosto lentamente.
"O que essa garota está fazendo?"
-Eu te amo Kotaro...
-Saí de cima de mim.
Eu segurei nos ombros dela, mas ela estava se aproximando mais.
"Me ama? Como assim? Ela está tentando me beijar?"
-Me deixe beija-lo Kotaro, ande...
-Saía de cima de mim agora.
Eu derrubei ela no chão, eu estava assustado, eu ajudei ela a se levantar, peguei meu doce e saí dali o mais rápido possível.
-Não posso falar com a Yuri sobre isso... Não vou falar nada, hoje não...
Quando cheguei na casa da Yuri, toquei a campainha, Chihiro me atendeu, sempre que me via, ela demonstrava um grande sorriso e me abraçava. Misuki estava sentado na mesa da cozinha com seu notebook.
-Boa noite. Vim buscar a Yuri para um jantar lá em casa.
-Sério? Ela não me falou nada.
Misuki me olhou, com uma expressão triste.
-Sinto muito, foi muito repentino para nós dois também, minha irmã marcou hoje de manhã.
-Por favor Kotaro, cuide da minha menina. Conto com você.
-Sim senhora.
-Menino fofo... Hm...
Ela apertou minha bochecha como se eu fosse uma criança.
-Ah, Kotaro, não me mandou mensagem.
-Desculpe, estava meio distraído.
-Sem problemas, vamos chegar em tempo?
-Não se preocupe, meu cunhado não tinha chegado quando eu saí de casa. Vamos chegar a tempo sem problemas .
-Muito bem, vamos.
-Até mais, boa noite.
Os dois sorriram e acenaram.
-Até Kotaro, tchau filhinha.
-Tchau mamãe, tchau pai.
Nós começamos a caminhada de volta, mas eu estava um pouco distraído.
-Kotaro, está tudo bem?
-...
-Kotaro?
-...
-Kotaro, meu amor, estou falando com você.
-Ah, me desculpe, estava... Distraído olhando o céu.
-Ah, menos mal, está bonito hoje.
-Obrigado.
-Bem, haha, eu estava falando do céu hahaha...
-Haha, nem percebi.
-Sim.
Pela primeira vez, ela deu a iniciativa e segurou minha mão, ela estava muito bonita, não era de costume dela usar maquiagem, mas ela estava com um batom rosa bem leve. Um charme dela, ela estava com uma blusa branca de botões, e uma blusa de frio preta. Uma saia média e meia calça.
-Você está muito bonita Yuri.
-Obrigado, Kotaro.
-Você vai gostar de conhecer a Haru-nee, ela mudou muito, ela parece estar bem feliz.
-Eu gosto de ver esse sorriso no seu rosto.
-Eu estava sorrindo? Nem percebi. Acho que esses dias estou rodeado das pessoas que gosto.
-Você sempre está comigo, eu sempre estarei contigo.
-Obrigado, acho que ouvir isso de você faz meu coração acelerar...
Com um sopro no ar, eu puxei ela para perto e beijei, foi uma cena maravilhosamente romântica.
-Por que esse beijo? Hehe...
-Pra mostrar meu amor por você.
-Ui, fiquei vermelha.
-Desculpe haha...
-Sem problemas, seu pevertido.
-Eu... Espera... O que eu fiz? Só por causa do beijo?
-Sim... Hunf...
-Tudo bem, não faço mais isso.
Foi inesperado, ela ficou um pouco brava, e desconfortável.
-Se você quiser, pode dormir no meu quarto hoje.
-Mas por que?
-É que minha irmã mora em Kyoto, então não seria muito seguro voltar de carro muito tarde para casa, então ela deve dormir lá em casa mesmo. Eu posso dormir na sala.
-Entendo. Você não precisa ceder sua cama pra mim, eu posso dormir na sala.
-Não eu não ligo, você pode usar meu futon.
-Okay, então. Senhor mandão.
-Boba...
Chegamos em casa um pouco antes das Sete e meia da noite, meu pai estava na entrada quando chegamos.
-Boa noite pai.
-Boa noite filho, você deve ser a Yuri, muito prazer, Yoguchi-san.
-Prazer. Nakashima Yuri.
-Ontem eu não consegui sair cedo do trabalho, quando cheguei vocês estavam dormindo.
-Ah, sem problemas, hoje mesmo surgiu uma boa oportunidade de se conhecerem pai.
-Verdade. Bem vamos entrar, se ficarmos conversando aqui fora vamos congelar.
-Sim.
Entrámos e nos acomodamos na sala, onde minha mãe estava conversando com a Haru-nee, dando boas risadas em uma conversa de mãe e filha.
-Estamos de volta.
-Oi papai.
-Olá Haru, como está minha filha?
-Muito bem, e o senhor?
Conversa vai, conversa vem, a hora foi passando até que o namorado da Haru chegou.
-Família, aqui, esse é meu namorado.
-Tsumata Hirugaya, muito prazer.
"Como eu pensava, era um cara alto e despojado, mas tinha cabelos grandes e óculos."
Todos se aoresentaram, ele foi bem recebido, até mesmo Yuri, que não falava muito perto de outras pessoas, falou bastante no jantar. Foi várias conversas sobre tudo que se imagina. Tsumata trabalha em uma empresa de eletrônicos e programações, que foi crescendo com o alto consumo de aparelhos eletrônicos nos últimos anos. Naquela mesma noite a família toda se reuniu, Yuri fazia oarte dela agora, foi recebida de braços abertos, e abraços apertados.
-Bem que você falou Kotaro, seu pai é igual a você só que mais velho.
-Eu disse, haha.
-Então, como vai a escola?
Minha irmã sentou ao meu lado.
-Bem, no mês passado, quase nos matamos de estudar para tirar ótimas notas.
-Você Yuri, parece ser bem inteligente. Meu irmão está te dando problemas?
-Não tenho o que reclamar do Kotaro, tivemos poucos desentendimentos desde o início, e sempre resolvemos tudo na conversa.
-Isso sim.
-Vocês já...
A todos ficaram em silêncio, Yuri ficou sem graça.
-Não, ainda não.
-Hm, afiado. Ainda bem, maninho.
-Por que essa cara malvada?
-Nada... Hahah...
-Amor, não assuta eles, Hey Kotaro, curte vídeo games né.
-Sim muito.
-Vamos deixar as duas aqui, vou te contar uma novidade dos desenvolvedores.
-Ah, tudo bem. Yuri, já volto.
-Vai lá.
Eu me levantei, fui para a entrada com o Tsumata.
-Então, o que tem de novo na sua empresa.
-Ah, bem foi uma desculpa pra deixar as duas sozinhas, acho que Haru queria ter um papo de mulher com sua namorada. Mas posso te contar da nossa parceria com uma desenvolvedora de jogos.
-Entendo, ela se preocupa muito comigo.
-Isso é verdade, quando a gente ainda estava nos Estados Unidos, ela vivia falando de você. Ela contava histórias de quando era criança. Sempre parava meu trabalho para ouvi-la.
-Você é um cara legal, espero ser como você quando terminar a faculdade.
A conversa continuou por mais umas meia hora, quando voltamos para dentro, Haru e Yuri estava sorrindo. Nunca saberei o que elas conversaram.
Mais a noite, quando todos foram dormir, eu arrumei meu futon no meu quarto, enquanto Yuri estava na minha cama.
-Você tem certeza que não vai se incomodar comigo aqui?
-Tenho Kotaro, eu confio em você, e também, Haru disse que se você me tocar sem permissão, ela te mata.
-Eu sabia que ela falaria algo assim.
-Sim haha, não foi nada de anormal nossa conversa, ela me ensinou algumas coisa e me deu algumas dicas, só isso.
-Entendo, aproveita, ela vai te proteger contra qualquer coisa.
-Eu gostei dela, ela é divertida haha. Seu pai também é bem legal.
-Isso por que você não viu ele bravo.
-Minha mãe assusta até meu pai quando está brava. Eu tenho medo.
-Sim, vamos dormir, amanhã tem aula.
-Okay, você apaga a luz?
-Claro, boa noite.
-Boa noite.
Eu me aproximei e beijei ela, me deitei e tentei dormir, mas o que aconteceu com a Mizuni e comigo na lojinha de conveniência não saía da minha cabeça. Eu levantei umas quatro e meia da manhã, fui beber água.
-Ahh, não tô enxergando nada, deveria ter pego meu celular.
Eu fui até a cozinha, minha irmã estava lá também.
-Maninho, está acordado por que? Estava fazendo coisas com a Yuri enquanto ela dorme?
-Não, você sabe que eu não faria isso.
-Sim eu sei, estava brincando. Eu vejo nos seus olhos o quanto você ama ela, e o quanto ela te ama.
-Você não sabe da melhor.
-O que? Hmmm... Conte me.
-Lembra quando nós passávamos o verão na casa do vovô?
-Sim, vagamente.
-Yuri era a menina que eu brincava o dia inteiro na floresta.
-Mentira... Ela é aquela linda garotinha que você corria atrás. Vocês são sortudos.
-Por que?
-Meu primeiro namorado desapareceu no mundo.
-Entendo.
-Na hora que você chegou, parecia meio distraído, aconteceu alguma coisa na rua?
-Bem... Errr...
-O que aconteceu?
-Promete guardar segredo? Principalmente da Yuri?
-O que você fez?
-Bem, não fui "eu", exatamente. Eu parei em uma lojinha pra comprar um doce e reencontrei uma colega. Ela me chamou para conversar, então sentamos no banco na frente da lojinha.
-Bem, o que tem de ruim nisso?
-Ela tentou me beijar...
-O QUE?
-Shhhh, está todo mundo dormindo.
-Desculpa.
-Ela me deitou no banco, disse que me amava, e tentou me beijar, eu derrubei ela. Me levantei, ajudei ela a se levantar, peguei meu doce e fui embora.
-Fez bem. Olha, vamos terminar essa conversa amanhã, você tem aula, eu tenho que voltar cama antes que o Tsumata sinta minha falta. Boa noite maninho, tenta dormir.
-Boa noite.
Meu dia começou alí, e terminou alí...

Memorias do Colegial: Nakamura KotaroOnde histórias criam vida. Descubra agora