Capítulo 25

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    Kenneth continuou correndo e me levando com ele até a enfermaria. Como estava atrás dele e consegui ver suas costas, nela tinha mais dois cortes causados pelo chicote. Agora que havia extravasado toda a minha raiva as lágrimas voltaram para meus olhos.

    Chegamos na enfermaria totalmente vazia e com as luzes apagadas. Ao entrarmos Kenneth fecha rapidamente as portas e as tranca.

    Começo a pegar rapidamente as coisas para limpar os machucados dele e Kenny se vira para um armário e pega uma maleta de metal.

    — Deixe que eu te ajudo. — falo colocando todas as coisas que eu achei em uma cama onde ele se senta depois.

    Começo a limpar seus cortes nas costas. Lágrimas rolavam como cachoeiras pelo meu rosto.

    — Tudo isso é culpa minha... — solto entre fungadas.

    — Você não sabe o que está falando. — Kenneth reprime um gemido de dor.

    — Kenny! Ele estava certo! Nada disso teria acontecido se você não tivesse me conhecido! — mais lágrimas caem pelo meu rosto enquanto eu limpo os machucados.

    — Bella! — ele se vira para mim e segura meu rosto. — Você foi a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida, sem você eu me casaria com uma amiga e nunca chegaria a sentir o que sinto por você. Eu sei que estamos destinados a ficar juntos, íamos nos encontrar de um jeito ou de outro. — mais uma lágrima rola e ele a enxuga. — Sei disso porque sou o príncipe mais feliz do universo por ter te encontrado Bella Everdine.

    — E eu sou o ser mais feliz da galáxia por ter chutado um príncipe em uma floresta vazia. — falo com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

    — Não mais do que eu por ter levado um chute de uma completa estranha em uma floresta escura e abandonada. — então ele abre um sorriso e enche meu rosto de beijos enquanto eu ria.

    — Para... Agora tenho que cuidar desses machucados. — falo sorrindo.

    Então ele dá um demorado selinho e se vira de costas para mim.

    Acabo de limpar seus machucados das costas e passo uma pomada azulada de rápida cicatrização que ele me deu.

    Minha mão estava tremendo quando eu fui limpar a cicatriz em seu peito. Sentia seus olhos ardentes observando cada movimento meu.

    — Você pode parar de me encarar? — falo com as bochechas vermelhas.

    — Só quando você parar de ser assim tão... perfeita. — ele abre um sorriso e me deixa completamente sem graça e vermelha.

    — Você que é perfeito... Até de mais... — passo a pomada e pego uma faixa larga e comprida da caixa de metal. — Você sabe muito bem que eu não sou perfeita. — começo a enrolar a faixa por todo o seu tronco.

    — Você é perfeita para mim. — ele fala enrolando uma mecha rosa do meu cabelo que havia escapado do coque durante a correria.

    Colo uma fita no fim da faixa e coloco minha mão sobre seu peito, fazendo um feitiço de cura rápida.

    — Não precisava fazer isso. — ele acaricia meu rosto.

    — Precisava sim. — me aproximo mais e ele pressiona levemente meu quadril com seus joelhos. 

    Ele abre um sorriso e faz o contorno da minha boca com o dedo.

  Coloco uma mão em sua nuca e beijo rapidamente seus lábios macios. Debaixo da minha mão que está em seu peito sinto seu coração acelerado.

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