[CONCLUÍDA/LIVRO FÍSICO NA EDITORA EUPHORIA]
Os pais não costumam conversar com os filhos a respeito de situações extremas como: "Se eu morrer e seu pai for o culpado, o que você vai fazer?" ou "Se eu morrer e sua mãe surtar e te culpar, o que você...
I got bad, bad, bad kind of butterflies Like when you got something to hide
badkindofbutterflies.mp3
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Às vezes, Jungkook desejava ter o poder de escolher o que lembrar e o que esquecer.
Ele gostaria de ser uma daquelas pessoas que, após beber demasiado, esquecia o que havia acontecido durante a noite em que se importou mais em enfiar álcool goela abaixo do que com qualquer outra coisa que fosse. Não gostava de se lembrar dos momentos em que a substância tomava conta de seu emocional e ele acabava falando demais, emocionando-se ou se mostrando fraco; já que para Jungkook, mostrar-se sensível era demonstrar fraqueza.
As pessoas eram más, elas poderiam, muito bem, utilizar sua sensibilidade contra você. O ser humano é sujo e não poupa esforços quando quer causar dor.
Todavia, parecia que Jimin não era assim.
Jungkook se lembrava de cada segundo da noite da festa, de cada mísera palavra que trocara com Park; dele se mostrando quase admirado pela forma como Jeon cuidava de Jaehyun, dele contando algo íntimo como ter deixado uma mulher o dedar... Por Deus, eles até riram juntos!
E, ao mesmo tempo que sentia-se estranho por, pela primeira vez, não desejar esquecer tudo que havia acontecido em uma festa, o receio ainda gritava em algum canto da mente de Jeon. Afinal, Jimin sabia sobre sua dívida com traficantes e eles poderiam estar bem naquele momento, mas e se tornassem a discutir e Park usasse aquilo contra ele?
Sim, Jimin não havia se mostrado alguém ruim que utilizava informações pessoais de pessoas contra elas, mas Jungkook não conseguia ignorar o fato de que não o conhecia por completo. Não sabia do que ele era capaz.
E tinha medo.
Jungkook chegou a vê-lo através as vidraças das portas da sala de dança na academia, mas eles não se esbarraram e não trocaram palavra alguma. O tatuador não sabia se o mais velho estava evitando-o propositalmente, talvez envergonhado pelo que viera a revelar para uma pessoa que, a princípio, ele não gostava; mas também não foi atrás. Não era como se tivesse passado a desejar a companhia constante de Jimin após a primeira conversa — forçada — civilizada que tiveram.
Além de Park, Yoongi vinha rondando bastante na mente de Jungkook. Ele notou o quão estranho o melhor amigo andava, falando pouco, evitando-o tanto fisicamente quanto verbalmente e, por mais que Jungkook não demonstrasse, aquilo machucava-o. Min era a única pessoa que ele sentia que podia confiar cem por cento, e não tê-lo como costumava ter o destruía.
Ele até mesmo tentou perguntar o que havia acontecido, mas Yoongi, prontamente, fugiu da pergunta e alegou que precisava arrumar as planilhas financeiras e os cronogramas dos próximos dias do estúdio.
Era um sábado de céu limpo e isso significava que, com certeza, haveria muitas pessoas no racha. Ou seja, muito dinheiro para Jungkook se elas resolvessem apostar errado. O que, muitas vezes, acontecia.
