[CONCLUÍDA/LIVRO FÍSICO NA EDITORA EUPHORIA]
Os pais não costumam conversar com os filhos a respeito de situações extremas como: "Se eu morrer e seu pai for o culpado, o que você vai fazer?" ou "Se eu morrer e sua mãe surtar e te culpar, o que você...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Senhor Jeon?
Distraído como estava, o susto que Jungkook levou com a voz séria chamando por si fez com que ele derrubasse o seu cigarro. Enquanto fitava, rapidamente, a bituca caída no chão, pensou que talvez fosse melhor que ele não continuasse a fumar, já que aquele fim de cigarro serviria apenas para queimar sua garganta.
Então, virou-se para o médico, que lhe encarava com uma prancheta na mão.
— Veio me falar de novo sobre o pagamento? Eu vou pagar, eu só preciso de... — foi interrompido.
— Do que está falando?
Jungkook franziu o cenho: — Como assim do que eu tô falando? O pagamento da clínica da minha mãe, doutor.
— É sobre isso que vim falar, mas... — Estendeu a prancheta para Jungkook. — Quatro anos de reabilitação foram pagos, senhor Jeon.
— O quê?
Assustado, Jungkook pegou a prancheta rudemente das mãos do médico, achando que aquilo só poderia ser algum erro estúpido para mexer com seu emocional, para lhe tirar do sério quando existia uma penca de outras situações nas quais ele já estava no limite. Não fazia sentido, a única pessoa que sabia onde sua mãe estava internada era... Jimin.
— Filho da pu... — interrompeu-se.
Jungkook quis xingá-lo, largar tudo e correr até o loiro para dar-lhe uma boa surra por, mais uma vez, achar que ele era incapaz de resolver seus problemas ou, simplesmente, achar que poderia resolver todos para ele. Contudo, não adiantaria nada daquilo se, na frente do tatuador, estava a prova de que não foi Jimin quem pagou a clínica.
"Pagamento efetuado no nome de Park Seojun."
Era um Park, certamente. Mas não um Park que Jungkook conhecia.
— Algum problema, senhor? Porque eu preciso da sua assinatura. Já tenho a do senhor Park, mas a sua é necessária, pois o senhor é o responsável da paciente — explicou.
— Eu não... Eu não tô... — hesitou.
Alguns dias antes, minutos depois do almoço na casa de Jungkook...
Lalisa guardou o telefone no bolso frontal, conferindo-o mais uma vez antes de ajeitá-lo meticulosamente em seu bolso, finalizando a montagem de sua postura totalmente profissional. Fitou-se no espelho do elevador, passando o dedo no canto do lábio inferior, o batom enfeitando sua boca da maneira mais elegante possível.
Foi extremamente satisfatório ouvir a recepcionista dizer ao seu pai que uma funcionária da Jung&Co esperava para encontrá-lo. Quando lhe foi permitido a entrada, Lisa só conseguia pensar que aquela era a última vez que precisaria de uma permissão para subir até aquela cobertura. Era a última vez que ela pisaria naquele lugar.
