[CONCLUÍDA/LIVRO FÍSICO NA EDITORA EUPHORIA]
Os pais não costumam conversar com os filhos a respeito de situações extremas como: "Se eu morrer e seu pai for o culpado, o que você vai fazer?" ou "Se eu morrer e sua mãe surtar e te culpar, o que você...
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Visitar a mãe de Jungkook permitiu que ele enxergasse com mais clareza as pendências que ainda tinha que resolver em sua vida. Porque não bastava ter voltado a conversar com sua mãe, aprender a lhe olhar nos olhos sem sentir como o pior ser humano do mundo, Jungkook também precisava encarar o seu pai.
Porém, não se sentia cem por cento pronto, então resolveu que faria aquilo após conseguir as outras coisas que havia colocado em sua lista. Lista que resultara de um exercício feito com o resto do grupo de apoio na semana após a visita a sua mãe com Jimin e Jaehyun:
Conhecer a avó e mãe de Jimin (não quero)
Aumentar a visibilidade do estúdio de tatuagem
Conseguir clientes o suficiente para não precisar trabalhar mais na academia
Comprar um Ipad e caneta para os novos designs de tattoo
Ir visitar o túmulo de Dawon
Talvez Jungkook estivesse mentindo para si mesmo e só quisesse empurrar para o mais tarde possível a visita a seu pai, mas ele não conseguia imaginar visitá-lo no estado em que se encontrava, com toda aquela ansiedade e desespero ainda lhe consumindo quando pensava na possibilidade de falar com ele.
— Tá pronto?
Jimin e Jungkook encontravam-se em frente à porta da casa da avó de Jimin e o tatuador sentia que poderia infartar a qualquer momento. Sabia que tanto a mãe de Park quanto a avó deste o conheciam como um playboy hétero, então imaginava que surpresa não seria a única emoção que elas demonstrariam ao vê-lo com um homem.
E, aparentemente, apenas Jungkook estava nervoso, pois Jimin tocou a campainha e permaneceu com aquela pose inabalável, esperando que alguém abrisse a porta. E quem abriu foi a avó dele.
— Vozinha — sorriu e abraçou a mais velha, que soltou um palavrão antes de corresponder.
— Puta merda, Jimin, quer me matar do coração pulando assim em cima de mim sem eu nem ter tempo de processar quem tá na minha porta? — xingou, dando um tapa no ombro do homem após se afastar.
— A senhora ainda vai demorar a morrer, infelizmente, durona como é — rebateu.
— Me respeita, moleque — riu. Virou-se para Jungkook e franziu o cenho ao vê-lo encolhido, sem jeito, esperando que os dois terminassem de se cumprimentar. — E quem é esse?
— Jeon Jungkook, meu namorado, vó.
A senhora analisou Jungkook de cima a baixo, passando por todos os desenhos que ele tinha no pescoço e braços, por seus piercings e cabelo longo. E quando Jungkook achou que ela fosse fazer algum comentário a respeito disso, ela sorriu e puxou-o para um abraço também.
