[CONCLUÍDA/LIVRO FÍSICO NA EDITORA EUPHORIA]
Os pais não costumam conversar com os filhos a respeito de situações extremas como: "Se eu morrer e seu pai for o culpado, o que você vai fazer?" ou "Se eu morrer e sua mãe surtar e te culpar, o que você...
If we lay, let the day just pass us by I might get to too much talking I might have to tell you something
ilikemebetter.mp3
#MelNaPica
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Jimin não gostava de se sentir perturbado; com aquela sensação de que estava olhando para tudo, mas não estava enxergando nada.
Era como se todo seu interior estivesse focado somente na tal coisa que pudesse ter lhe causado tanta angústia, e nada mais importava, porque o seu cérebro não era forte o suficiente para desfocar do ruim e buscar enxergar somente o bom. Era horrível sentir-se daquela maneira e, infelizmente, Jimin não conseguia contar nos dedos as vezes que já se sentiu a ponto de ter um infarto por causa daquela sensação.
Foram incontáveis vezes e, naquele dia em específico, o sentimento de perturbação estava tornando-se sufocante, insuportável.
Jimin chegou enraivecido na academia, caminhava em passos pesados até o banheiro depois de oferecer o sorriso mais falso possível para a recepcionista que sempre o tratou com tanto carinho. Nada disso importava, somente a raiva que ele estava sentindo por não ter agarrado aquele maldito pen drive na noite anterior, ao invés de obedecer sua irmã. Ele não culpava Lisa, por mais que soubesse que se tivessem feito o que ele havia dito, eles teriam o pen drive em mãos. Park só estava tão irritado consigo mesmo e com a situação toda em si, que acabava descontando em tudo que visse pela frente.
Inclusive em Jungkook.
— A boa educação mandou lembranças — comentou Jungkook, risonho, sem aquele tom debochado que sempre carregava qualquer fala que eles trocassem.
Jimin revirou os olhos, passou por ele e entrou no banheiro sem lhe responder, surpreendendo o tatuador que achava que eles estavam em um bom lugar da "relação" que tinham — inconscientemente — criado. Quer dizer, Jimin dançou para ele, e eles conversaram direito mesmo depois da troca de olhares estranha que tiveram no racha. Eles estavam bem, certo? Melhores do que jamais estiveram, já que conseguiram estar no mesmo ambiente sem se alfinetar ou julgar um ao outro como se dependessem daquilo para viver.
Era o que Jungkook achava, mas tudo pareceu se quebrar quando Park simplesmente o ignorou e revirou os olhos para si.
— Quer dizer que voltamos à estaca zero? — questionou, não conseguindo conter a si mesmo e ignorando os protestos de seu corpo ao seguir Jimin para dentro do banheiro.
— Você não tem que trabalhar, Jeon? — perguntou, jogando sua mochila no chão e encarando a si mesmo no espelho, insatisfeito até mesmo com o próprio reflexo.
— Eu já acabei — respondeu, rindo ironicamente. — Jura, Jimin?
— Jura o que, Jungkook? — bufou. — Não é porque eu te mostrei uma dança minha e que, por acaso, eu vi você fodendo teu amiguinho que agora a gente se comprimenta no teu trabalho.
