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Acordei com o barulho das gostas de água batendo na janela, e um frio forte tomar conta do quarto. Mas aquele frio não me atingia pois o meu corpo estava muito bem protegido pelo o corpo da minha namorada, que me abraçava de uma forma protetora, e confortável.

Bem vindo, inverno de Seul.

Mesmo tendo que levantar, pois havia prometido a mim mesma que iria a casa dos meus pais independentemente do que aconteceria, resolvi aproveitar aquele momento tão aconchegante, que eu tinha apenas quando estava naqueles braços compridos. Me virei apenas para enterrar na curva do seu pescoço, o cheiro da sua pele invadindo o meu nariz, junto ao aroma do seu shampoo, me fez sorrir. Ela se remexeu, murmurando e se esticando na cama daquele modo fofo e infantil que ela tinha. Seus olhos se abriram e sem demora nos encaramos.

Era assim todas as vezes, sempre que aqueles olhos me fitavam, meu rosto queimava e eu acabava rindo sem motivo algum. Só ela tinha aquele poder. O poder de me deixar sem graça e sem reação alguma.

- Bom dia, Nini...- seu nariz raspou no meu e logo senti um beijo fofo na ponta dele.- Como está?

- Com preguiça...- murmurei. Ela logo se sentou e deitou a cabeça em minha barriga, como todas as manhãs.

- Bom dia, meus filhotinhos, como estão aí dentro? Estão ansiosos para conhecerem o mundo? Eu estou muito ansiosa em conhecer cada um de vocês. Irei montar os berços de vocês hoje, e logo o quartinho estará pronto. Ah, e eu não quero briga sobre disputa do quarto ou do banheiro, se não os três iram ficar de castigos... princesa, digamos que você terá uma vantagem entre os seus irmãos, mas não conte para eles. Hoje iremos falar com os avós de vocês... e espero que de tudo certo...- então ela me encarou, ela sabia que eu estava nervosa.- Você se sente bem com isso, Nini...?

- Vai dar tudo certo, querida... agora precisamos levantar, ou chegarei tarde no hospital.

Como um tigre, Lisa pulou em cima de mim, seus olhos fitavam o meu de um modo fundo e excitante. Ela sorriu de uma forma estranhamente sexy e começou a deixar beijos em meu pescoço.

- Lili... não faz assim comigo...

- O que quer que eu faça então, Nini...?

- Eu tenho que ir para o hospital...- parece que a minha frase não surtiu nenhum efeito nela, pois a única coisa que fez foi morder de um modo conquistador e que provavelmente deixaria a marca, o meu pescoço. Eu queria, ah como eu queria.- Não, não, não eu tenho reunião com os estagiários hoje! Sai, sai, sai!

Eu a empurrei rindo quando ela fez um som de desaprovação. Logo estava no chuveiro comigo, nada aconteceu, ela se entrertia mais em conversar com os bebês e perguntar como eu me sentia.

- Eu monto tudo, e quando chegarmos da casa dos seus pais, você organiza no melhor ângulo, está bom para você?

- Perfeito, querida. Te ligo quando sair do hospital.

- Até, Nini.

Naquele dia, Lisa não iria para o curso, outros alunos teriam aula técnica e Lisa não participava em questão de tal. Eu não queria que a hora passasse tão rápido, acho que eu não estava tão preparada assim para me "reencontrar" com os meus pais. Mesmo assim, eu já havia me acostumado com as ligações mensais da minha mãe, mesmo que as conversar não me agradavam, era bom escutá-la.

- Jennie Kim, pode vir a minha sala por favor?

Aquilo me pareceu um grande deja vu, Tzuyu me chamando para a sala dela, me lembrava da vez que eu havia sido demitida. Eu me levantei, digamos, um pouco desesperada e fui. Tzuyu havia mudado muito depois do que aconteceu, não exatamente uma mulher incrível, mas sim uma mulher mas pacífica.

Wake up, my dear ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora