Tudo ia perfeitamente bem em questão a tudo. Eu e a Lisa, a gravidez, o trabalho. Eu estava no céu era a única explicação.
Os dois meses seguintes foram cheios de surpresas. Lisa começou a ter "aulas" com a Jisoo, e estava aprendendo a dirigir. Eu estava apavorada. Não que eu não quisesse que a minha melhor amiga a ensinasse. Mas aquelas duas juntas um dia acabariam com o mundo inteiro. Nesses dias que as duas saíam juntas, Chae me ajudava com o quarto dos bebês, estávamos no fim, e agora uma grande vontade de arrumar tudo lindamente tomava conta de mim, e isso deixou Lisa muito feliz e animada.
A minha barriga de três para quase quatro meses, já parecia uma barriga de seis meses. E mesmo horrorizada, a minha namorada me falava que ter dois ou três filhos logo de uma vez seria até mais fácil, e seria difícil ocorrer outra gravidez já que tomariamos mais cuidados.
Já pensou acabo engravidado de novo de mais dois ou três? Até quatro? Eu ia enlouquecer com tanta criança.
No quarto mês decidimos descobrir quantos bebês eram e o sexo deles. Eu estava tão ansiosa que não havia conseguido dormir na noite passada, tão pouco ter alguma atenção no trabalho. Uma coisa muito curiosa que aconteceu, eu me aproximei muito de uma das estagiárias, Jihyo. Acabamos ficando bem próximas depois de uma explicação a todos de como seria o uso adequado de roupas e objetos no laboratório.
Ela era uma garota bem inteligente, e estranhamente fascinada pela a minha barriga, sempre me pedia para tocá-la, e mesmo eu achando esquisito - pois as únicas que tocavam era as minhas melhores amigas e obviamente a minha namorada - acabava deixando.
- Jennie! Olha, eu comprei isso para os bebês.- peguei curiosa o embrulho delicado, me apaixonando por ver duas pelúcias tão delicadas, sabia que Lisa acharia lindo aquele elefante roxo e aquele leãozinho amarelo.- Se for trigêmeos pode deixar que eu trago mais um!
- Muito obrigada, Jihyo, eles são uma graça. Preciso ir agora, e te aviso se for mais de um.
- Até!
Ao sair e andar para o estacionamento, Lisa se encontrava me esperando encostada em meu carro, acharia incrível se uma das estagiárias não tivesse muito, mas muito perto dela, agarrando o braço dela. O melhor era a cara da Lisa, que claramente não sabia o que fazer e tentava se afastar.
- Nini!- pude sentir a voz de alívio quando me viu. Na hora, eu já vi quem era a menina que se atirava para cima da minha namorada.
Dahyun.
- Oi, querida. Oi, Dahyun.
- O-oi, Jennie.
- Vamos? Não quero me atrasar!
Quando entramos no carro, ganhei um olhar de fúria vindo de Dahyun, mas prometi a mim mesma que naquele dia nada me abalaria. Eu iria descobrir o sexo e quantos filhos esperávamos. Eu estava desesperada por dentro.
- Podemos colocar em cima da cômoda o que acha?
- Ainda nem compramos uma cômoda, Lili.
- Mas vamos. Não vamos?
- Provavelmente.
- Não gosto do seu provavelmente. É como se dissesse não.
- Eu também não gosto de te ver agarrada com uma estagiária. É como se dissesse que eu estou gorda e encontrou alguém mais bonita do que eu.
- Hey! Não fale isso, Jennie! Eu não estava agarrada com ela.
- Era o que me parecia.
E mais uma vez, lá estava eu, chorando feito uma criança. Porém sem escândalos, o suficiente para ter a atenção de Lisa para mim, o que nem era tão difícil pois os seus olhos não saíam de cima de mim o tempo todo.
- Nini, não precisa chorar, por favor! Acredita em mim, nunca agarraria alguém que não fosse você. Ninguém é mais esteticamente bonita que você. Porque você não é bonita, Nini! Você é esteticamente linda e maravilhosa! E ninguém nunca será igual você, ou terá o meu coração, porque só você tem ele. E você não está gorda! Está esperando os nossos filhotinhos.- quando o sinal fechou, ela se adiantou em secar os rastros molhados do meu rosto e enche-lo de beijos, ela ficou naquela até que eu desse um sorriso pra ela, o que não demorou muito.
- Boa tarde, senhoritas. Estão animadas?
Dr. Hunn nos fez algumas perguntas, como havia feito no mês passado e logo estava eu ali, deitada com a barriga exposta. Lisa se colocou ao meu lado segurando a minha mão, enquanto acariciava o meu couro cabeludo. Foram minutos de silêncio apenas ouvidno os sons que os nossos bebês emita, e olha que eram vários. Até que Hunn deu um largo sorriso para aquela mini TV e se virou para nós.
Era agora.
- Parabéns, são dois meninos, e uma linda menina. Três fortes e lindos bebês estão a caminho.
Dois meninos... uma menina... três bebês... céus eram trigêmeos... eu estava vendo naquele momento?
Lisa se virou pra mim, e a coisa mais nítida naquele momento, embora a minha visão estivesse completamente embasada, era o seu sorriso largo e o seu rosto cheio de lágrimas. Acho que a minha única reação no momento foi chorar. Felicidade, medo e ansiedade. Eram três vidas de uma vez. Três bebês de uma vez. Eu não sabia se daria conta de um, quem diria três bebês!
- Nini...
- Lili...
- Trigêmeos, Nini... três filhotinhos...
Eu estava em um estado imóvel e surpreso. Ainda processando a informação que eu seria mãe de trigêmeos.
Depois deles, nunca mais deixaria de tomar anticoncepcional. Nunca mais mesmo.
Ao chegarmos em casa, um pouco recuperada da notícia, seguimos até o quarto em "reforma", paramos na porta, e o encaramos com apenas duas caixas que deveriam ser jogadas foras. Lisa me abraçou do seu jeito favorito, descansando as suas mãos em minha barriga, enquanto analisava o ambiente como eu.
- Podemos pintar de cinza claro e branco. Colocar alguns adesivos de estrelas e nuvens, pode ter alguns toques amarelos como os lençóis e travesseiros. Podemos também colocar um prateleira ali e deixar todos os ursinhos que eles ganharem.
- Acha que três berços caberá aqui?
- Claro, dois ali, e um ali debaixo da janela. Ou os três lado a lado e a cômoda nessa parede. Podemos dar um jeito. Temos que ver aonde vai ficar a poltrona de amamentação.
- Não precisamos de uma poltrona, Lisa...
- Hey, olha aqui pra mim.- eu me virei para ela, com a visão turva por conta das lágrimas. Dessa vez ela não falou nada, apenas me abraçou, me fazendo chorar por algo que eu ainda nem sabia o porque.- Está com medo?- eu apenas balancei a cabeça em afirmativo.- Eu sei... eu também estou... mas estamos juntas nessa, e tudo o que você enfrentar, estarei enfrentando junto com você. Essa casa aqui vai ser cheia de amor e honestidade, confia em mim, Nini, tudo vai dar certo.
...
Quando ela pegou no sono, eu fui até o quarto dos bebês, apenas para conferir se tudo que estava nas caixas poderia ser descartado. Em meio a tanta coisa, eu encontrei algo.
A chave da casa dos meus pais.
Eu ainda tinha aquilo. E pelo o que eu sabia a fechadura nunca havia sido trocada. Então eu poderia vê-los quando bem entendesse, e aquilo me daria a resposta o porque minha mãe não ligar durante aqueles meses, mesmo recebendo o que eu depositava na conta do meu pai.
- Nini... o que foi?
- Olha o que eu achei.
- O que é isso?
- A chave a casa dos meus pais, Lisa. Podemos ir lá, eu posso saber o porque deles não me ligarem mais.
- Você tem certeza disso? Não quero que se decepcione caso eles falem algo, não sei, desagradável...
- Eu preciso ir, querida. Vai que o coração deles amolecem ao descobrir que iram ser avós... e a ideia de eu ser a culpada pela morte da Doha suma da cabeça deles...
- Tudo bem, eu vou com você, mas agora vamos dormir, por favor...
Aquela... foi a pior decisão que eu havia tomado...
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Wake up, my dear ( Jenlisa G!P)
Fiksi PenggemarJennie Kim foi surpreendida quando uma menina deu entrada em seu hospital em estado de coma. Sem identidade, sem parentesco, completamente desconhecida. Jennie luta contra todos para cuidar e ficar ao lado da garota, percebendo que o seu coração aos...