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Quando Jisoo descascou aquele bando de informações para cima de mim, algo dentro da minha cabeça deu pane. Como se tivesse quebrado, e eu tivesse morrido.

O meu melhor amigo. O menino que estudou ao meu lado durante cinco anos da minha vida, e depois entramos juntos para o mesmo hospital estava acobertando duas meninas que pegaram a minha Lisa. Era inacreditável aquilo. Eu não acreditava naquilo.

Meio que eu fiquei sem vida naquele momento, não querendo aceitar aquilo. Seung e eu éramos inseparáveis na faculdade, nos afastamos algumas vezes por problemas meus óbvio, mas nunca magoamos um ao outro, eu confiava a minha vida a ele, Seung era como se fosse o meu irmão mais novo.

- Já temos a localização, porque não vamos?

- Não. Seung voltou, ele vai avisar as meninas e bem provável que levem a Lisa para outro lugar. Esperem um minuto o meu celular está tocando... oi, meu amor...

- Cara, não acretido nisso. Logo ele? Nosso melhor amigo...

- Bic nunca fez nada de errado...

- Jennie, não chama ele assim, esse apelido é muito antigo.

- Ele pode ter sido chatageado por elas... ele não faria isso comigo...

- Nunca de fato acreditei nele. Pra falar a verdade nunca acreditei em homem nenhum.- Jisoo argumentou.

- Eu preciso voltar pra casa, Jisoo, Chaeyoung, fiquem aqui com a Jennie, amanhã não precisam comparecer no hospital pois eu também não irei, venho assim que deixar minha esposa na faculdade. E pelo amor de Deus, não saíam daquei até eu voltar.

Eu permaneci imóvel durante horas. Sentada no chão, querendo apenas a Lisa de volta, as meninas fizeram o jantar, mas apenas o cheiro me dava enjoos.

- Vamos, Jen, você precisa comer algo.

- Eu não quero.

A minha cabeça doía, e cada minuto que se passava eu sentia a minha raiva sempre aumentando, e a vontade de matar aqueles que a tiraram de mim daquele modo tão covarde. Se aproveitar de uma menina inocente, cujo a única vontade era ter um amigo. Aquilo me enojava, meu estômago embrulhava, como consequência corri até o banheiro, não sabendo de fato o que havia jogado para fora, apenas meu café e o almoço, apenas aquilo.

Senti a água gelada na minha nuca, e a mão de uma delas segurando a minha testa. Quando voltei a mim, pedi para ficar sozinha, me sentia impotente por deixá-la lá e não poder fazer nada.

Quando a água morna da ducha molhou a minha cabeça, ativou o pequeno sistema do meu emocional que eu havia guardado horas antes. As lágrimas.

Eu não conseguia segurar mesmo querendo, elas saíam e grande quantidades. Por causa da Lisa e por causa de Seung, pela traição que o meu próprio melhor amigo havia me proporcionado.

Na cama eu não fechei os olhos nem por dois segundos, olhava o lado vazio, sem o calor daquele corpo tão aconchegante, sem a menina que achava tudo mágico, sem a garota que vinha pulando em minha direção para ser recebida em meus braços, sem a mulher que me amava e me fazia sentir coisas quentes mesmo sendo carinhosa com os seus movimentos, seus toques que em meu corpo era como brasas, seus beijos que me levava para outro mundo, o nosso corpo feito como um, feito apenas uma para a outra.

Não tinha ideia se ela estava bem, se havia comido algo, se estava com frio, se estava com sede, se sabia o que estava acontecendo, se estava com medo, se sentia a minha falta. Não sabia se estava machucada, simplesmente não sabia.

Eu capturei quando meu quarto começou a ficar iluminado pelo os raios de sol que nasciam ao longe, me sentei na cama, olhando ao redor, sentindo o vazio em mim, como aquele quarto ficava sem ela, que acordava primeiro que eu para assistir o seu Tom e Jerry. Acabei sorrindo ao lembrar que ela deixava sem som a TV para não me acordar, mas eu acordava, com as suas risadas sinceras como se realmente fosse engraçado.

Ela precisava voltar logo.

- Jen, a Tzuyu chegou.

- Estou indo...

Me arrastei até o banheiro sem vontade alguma de ver ninguém, a não ser Lisa. Ela já digitava no laptop junto a Jisoo, enquanto Chaeyoung insistia para mim comer pelo menos uma torrada, e sem falar uma palavra eu recuava.

- Peguem.- foi quando ela entregou a nós armas calibre trinta e oito, meus olhos se arregalaram.- Vou ensinar apenas uma vez então prestem atenção.

Peguei cada movimento que a mão dela fazia, e as palavras chaves, eu havia entendido, até me surpreendi por ter de fato entendido.

- Não sei se eles tem algum tipo de arma, pelo o que tudo indicam, permanecem no apartamento, então só precisamos subir e se for o caso, matar cada um deles.

Matar? Como assim matar? Matar não estava nos meus planos.

Mas sim, a raiva falava tão alto que eu mandei o anjinho que tinha em meu ombro direto pra puta que pariu.

- Vamos.

Wake up, my dear ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora