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- Fiz, e vou fazer com essa daqui também. Que família linda estão criando. Saiba, Lisa, que esse bebê que está na barriga da Jennie é meu, sempre foi meu e sempre será meu. Nós dois iremos criar essa criança, Jennie, enquanto essa menina estará debaixo da terra.

- O que a Lisa tem haver com isso...? Por favor solte essa arma!

- Eu solto, se você voltar pra mim, e juntos vamos cuidar do nosso filho.

Eu olhei para a minha namorada que mantinha os olhos fechados, a respiração parcialmente controlada, e a pele pálida de medo. Olhei para o Kai, que já me encarava, como se esperasse que eu realmente respondesse aquilo.

- ANDA, JENNIE! Escolhe!

- Tudo... tudo bem... eu fico com você Kai... agora por favor abaixa essa arma.

- Nini...

- Vamos cuidar dessa criança juntos, como uma família, Kai. Mais por favor, não machuque ela...

- Como posso ter certeza?

- Eu fico! Eu fico aqui com você, podemos morar aqui... te dou a minha palavra, Kai... eu não vou a lugar nenhum, mas não toca na Lisa...

- Jennie, não faz isso, por favor...

- Ficaremos juntos, Kai...

Então ele abaixou a arma. Em passos lentos eu puxei Lisa para perto de mim, a fazendo me encarar com dúvida e medo. Ela colocou as mãos em meus braços começando a chorar desesperadamente.

- Nini, você não pode ficar com ele! Por favor!

- Querida, me escuta...

- Não, não, não... eu prefiro morrer do que ver você ao lado de alguém assim, Jennie, ver os nossos filhos o chamando de pai. Me deixe aqui, Jennie, e vá embora. Eu já fui feliz com você, não me importo em perder a vida se for pra te ver bem, saí daqui, Jennie, por favor vai embora.

Aquelas palavras doeram quando chegaram até mim. Ela era pura. Estava dando a sua vida para salvar a minha. Nunca duvidei do meu amor por ela, e não seria agora que perderia. Não perderia a pessoa que eu mais amava. Não perderia mais ninguém. Já senti a dor da perda uma vez, não sentiria de novo.

- Olha pra mim, Lisa.- ela relutava, Kai estava de costas, eu não tinha tempo.- Você confia em mim?

- Eu... eu...

- Confia, querida?

- Confio, Nini... eu confio a minha vida a você...

- Então se abaixa agora.- eu sussurrei, e quando eu vi que ela não faria, a empurrei para o lado e da cintura retirei a arma que Tzuyu havia me dado. Eu não mirei, não olhei, não pensei. Apenas atirei, atirei até que as balas acabassem.

Ao abrir os olhos vi o corpo daquele homem no chão, com várias perfurações. Ele estava morto. A poça de sangue ao seu redor indicava isso.

Olhei para Lisa, ela olhava para aquilo aterrorizada, com as mãos trêmulas eu peguei o celular. Olhando os contatos, não podia deixá-lo ali, eu poderia ser presa.

- Alô?

- Tzuyu...

- Jennie? Tudo bem?

- Tzuyu... eu matei um cara...

- Você o que?

- Matei um homem...

- Você está brincando comigo, qual é Jennie, você está grávida. Não faria isso.

- Eu matei o meu ex namorado, Tzuyu... eu matei ele...

- Puta que pariu, Jennie, me manda o seu endereço e não saía daí até eu chegar! E eu espero que não seja brincadeira!

Quando ela desligou, me direcionei a Lisa, que me abraçou fortemente, quase me sufocando. Nós duas tremiamos. Eu havia acabado de matar uma pessoa. Logo eu que nunca matei uma formiga sequer.

Eu não tive escolha. Ele iria acabar com o meu futuro, com a minha mulher, com a minha família.

Tive que empurrar Lisa apenas para jogar tudo que tinha em meu estômago para fora. Sabia que em algum momento isso aconteceria. As lágrimas começaram a rolar quando ouvi passos se aproximando e Tzuyu com as minhas melhores amigas entrando no local.

- Puta merda, ela não estava brincando. Jennie, o que você fez...?- era muita ironia dela me perguntar aquilo, bem na hora que chorar era a única coisa que eu fazia.

- Jen... vocês estão bem? Porque de tudo isso?

- Ele... ele iria matar a Lisa... eu não podia deixar, Chaeyoung... eu não podia...

- Precisamos sumir com esse corpo antes de qualquer coisa. A sua sorte é que não tem vizinhos por perto! Jisoo leva elas para casa e Chaeyoung me ajuda com isso por favor!

Jisoo dirigiu até o nosso prédio, quietas, o único som emitido era a chuva que caía nos vidros.

- Eu vou voltar para ajudá-las, depois trago o seu carro.

Nós subimos, e sem pensar corri mais uma vez até o vaso sanitário, vomitando o que eu já não tinha no estômago. Lisa segurava os meus fios e a minha cintura, sentia as suas mãos trêmulas. Ao finalizar tudo, nós nos encaramos, sem dar uma só palavra fui acolhida por ela em seu abraço. Sentadas ali, no chão do banheiro abraçadas, e sem saber o qud fazer a partir daquele momento, senti algo se remexer em minha barriga. No início eu não me importei, achei que era indício da minha falta de comida, já que tudo havia saído. Mas quando Lisa pousou a mão ali, sentimos algo, como um chute.

Eu a encarei, duvidosa e medrosa, e mais uma vez dois chutes seguidos, os nossos filhos estavam se pronunciando. Não sabia se era errado fazer aquilo naquele momento, mas eu acabei sorrindo, ao sentir a agitação dos três dentro de mim.

- Você... você sentiu isso?- ela assentiu, tão surpresa quanto eu.- Lisa...

- Não... não vamos falar sobre o que aconteceu por favor... isso nunca aconteceu, Jennie.

Concordei voltando a sentir todas as sensações que os trigêmeos forneciam ao se mexerem.

Poderia respirar aliviada pelo menos uma vez.

Wake up, my dear ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora