Procura-se um Amor [ FINALIZADA]

Capítulo 28

Magnata Narrando 

4 meses atrás

— Cala essa sua boca vagabunda — Dei um tapa na cara de Antonelli.
— Eu não tenho porque mentir para você, tá aqui as provas — tacou o envelope no meu colo, abri o mesmo com certo receio encontrando fotos de Lisa aos beijos com meu inimigo, meu sangue ferveu. Levantei dali nocauteado pela traição, ela me pagaria. Eu faria ela sofrer tudo oque eu estava sentindo, subi na moto e fui direto pra casa. E lá estava ela, toda linda dentada no sofá.

— Amor — Ela levantou e veio correndo me abraçar, sentir seu cheiro. O cheiro que me acalmava, minha raiva por instantes tinha ido embora e eu só queria que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. Abri os olhos lembrando de tudo oque havia ouvido e visto, a empurrei pra longe.
— Você é uma vagabunda, uma piranha, não acredito que me traiu. Você é pior que ela, você é pior que todas elas — Desferi o primeiro tapa na sua cara, ela virou e logo levantou o rosto chocada com minha atitude. Acertei o primeiro soco, o segundo, o terceiro. Ela já estava caída no chão sem consciência e eu não conseguia parar, eu queria mais não conseguia. Senti alguém me puxar.

— Calma caralho, vai matar ela assim — Ele a pegou no colo e eu fui pra cima dele.
— Deixa essa vagabunda aí, não toca na minha mulher — senti um soco no meu rosto que me fez cambalear e lá está Filipa.
— Você é um traste, não merece o amor dela. Não merece o amor de ninguém, não encoste mais nela.

4 meses depois

Minha vida desde aquele dia tinha se tornado um inferno, usava todo tipo de droga, bebia de tudo. Já fui parar diversas vezes no postinho por causa de overdose e ela sempre lá, porque ele não me odiava? Porque ela simplesmente não pegava as coisas dela e saia de casa? Porque ela tinha que continua ali, me amar mesmo eu não merecendo.

Mês passado eu descobri toda a verdade, ela estava com HPV, ela poderia morrer e eu tinha medo de que isso acontecesse, mas porque eu tinha esse medo? Porque eu não conseguia odiá-la? Oque essa garota tem que eu insisto em querer ela por perto, mesmo que eu a machuque eu só quero o bem dela.

As ameaças não pararam, pedi pro LH cuidar do morro pra mim esses último mês, andei caçando quem estava mandando essas ameaças de morte para minha menina e isso me deixava atordoado. Mas ainda em saber que eu machucava ela por merda nenhuma.

Cheguei em casa e abri a porta, a mesma estava deitada no sofá com uns leves roxos no rosto. Respirei fundo e deixei as lágrimas caírem, era a primeira vez em tempos que eu chorava na frente dela.

— Oque aconteceu? — Fechei a porta e senti seus braços em volta de minha cintura, senti seu cheiro e deixei que toda aquela tristeza me consumisse, estava cansado de fingir para mim mesmo. Eu estava acabado, eu simplesmente estava destruindo, eu havia acabado com o amor dá minha vida por falsas pistas.

— Me escuta tá bom? — Ela sentou no sofá e eu sentei no chão na frente da mesma, abaixei a cabeça — Me desculpa por tudo oque lhe fiz passar nesses últimos meses, você não merece. Se quiser sair pela aquela porta eu entenderei, saiba que eu amo você acima de tudo e que irei esperar por você seja quanto tempo que for. Me desculpa por tudo oque lhe fiz passar, pelos tapas, pelas idas aos hospitais por ter lhe espancado, você não merecia. Eu fiquei louco de raiva, eu fiquei possesso e não conseguia mais me controlar. Me desculpa — Deixei as lágrimas caírem.

— André eu não sei oque lhe dizer é nem o que falaram para você, mas eu nunca iria lhe trair. Eu nunca iria lhe machucar, mas realmente não dá mais. Eu amo você, só que hoje eu vejo que não dá mais, vou arrumar minhas coisas. Não me espere, pois eu não irei voltar. Eu te amo André, mas me amo ainda mais, preciso cuidar de mim. E se eu não fui embora antes talvez seja porque você não me deixaria viver, saiba que eu torço muito por sua felicidade — Ela beijou o alto de minha testa e subiu as escadas, eu chorei feito criança. Eu nunca havia passado por isso, era uma dor insuportável. Parecia que estava acabando comigo, com minha alma.