Capítulo 32

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Alberto

_ Vai Alberto, vai com ela, eu estou logo atrás, vou dar umas ordens e já tô indo. E vocês, não parem para nada, corram como nunca. VÃO. _ a ambulância da partida e saímos a toda.

Chegando no hospital, para a minha surpresa era Crystal quem estava lá para nos receber.

_ Deixa comigo Alberto, vou cuidar dela _ ela sorri.

_ Eu vou me lavar e entrar. _ aviso correndo também, mas ela me para.

_ Não mesmo, você agora está aqui como familiar, não vai entrar, fica aqui, confia em mim, eu vou cuidar dela.

E saiu me deixando ali, desorientado. Eu entendo que eu não posso entrar, nós barramos até os médicos experientes, quando é alguém que a gente conhece ou membro da família eles não permitem. No caso de Mia ela teve que assinar um termo que ela se responsabilizava por qualquer coisa que acontecesse e ela assinou, porque queria que eu participasse, já que todo mundo da família dela é médico ela não tinha outra saída, isso dentro do nosso próprio hospital, é uma conduta de todos os hospitais.

As meninas chegaram logo em seguida, já tínhamos entrado em contato com a mãe dela que já estava a caminho, o pai dela chega aos gritos.

_ ONDE ESTÁ MINHA FILHA? CADÊ ELA, CADÊ MINHA FILHA _ André e Liam seguram ele.

As meninas choravam em um canto com medo pela amiga, eu nem pensava direito mais, acho que eu nunca amei ninguém como eu amo a Lys, parece clichê mas é a verdade eu já tive uma pessoa que eu achava que era minha alma gêmea, mas ela era perfeita demais que passou do ponto, ela serviu para me ensinar, não vou mentir e dizer que eu anulei ela da minha vida porque não é assim, eu aprendi muito com ela, inclusive que ela não era para mim, Lys chegou e balançou todas as minhas estruturas, me fazendo entender que eu nunca tinha amado ninguém daquele jeito, parecia coisa de outra vida.

Algumas enfermeiras vieram me avisar durante o tempo em que a Lys esteve em cirurgia e doze horas depois Crystal veio me avisar que tinha dado tudo certo, a mãe da Lys acabou de chegar, estamos indo os três vê-la pelo vidro do CTI por dois minutos. Ela estava com um monitor fetal na barriga, aproveitei para mesmo de longe observar os equipamentos e como estava o estado real dela nesse exato momento. Observei o oxímetro¹, monitor multiparamétrico², ventilador pulmonar³, eletrocardiógrafo⁴.

_ Não adianta, médico nunca perde uma chance de avaliar o estado de qualquer pessoa que seja em uma cama dessas _ Crystal para do meu lado _ ela está bem, o bebê também está, pode ficar tranquilo, confia em mim.

_ Eu confio, mas não posso deixar de avaliar. _ confesso cansado.

_ Vai pra casa tomar seu banho, amanhã quando ela acordar você vai estar descansando, e mais apresentável. _ eu ainda estava sujo de sangue.

_ Não vou deixar ela aqui sozinha, ela pode precisar de cuidados ou de atendimento de emergência. _ tento contestar.

_ Mesmo que ela precise, você não vai poder fazer nada mesmo, então vai embora descansar. _ os pais da Lys estavam abraçados. E pensar que Erick a ama mas sabe que ela é amada e cuidada por outro, e então ele a deixou ser feliz, eu não conseguiria ver a Lys com outro do meu lado, mas se fosse para o bem dela eu não pensaria duas vezes.

_ Alberto vamos, eu quero ficar na casa da minha filha, arrumar as coisinhas dela, ela disse que vocês vão ficar juntos na sua casa, quero começar a guardar as coisas dela, era isso que ela iria fazer. _ Eleonor fala com um sorriso fraco. A filha já passou por tanta coisa, quase morreu algumas vezes, imagino o desespero dela.

_ Vai com eles Alberto, eu fico aqui com ela _ Crystal se dispõe _ é eu sei o que você está pensando, vai ser bom para mim também, acredite eu vou cuidar muito bem deles.

Me deixe cuidar de você Onde histórias criam vida. Descubra agora