Capítulo 2

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Alberto

Lys me deixava louco, e toda essa frieza que ele vem tendo está acabando comigo, e o desejo só aumenta cada dia mais. Desde que eu a conheci eu senti como se fosse para acontecer, mas sempre tem as provações.

_ Fala viado. _ André fala assim que atende.

_ Sabe como está a  a Lys? _ pergunto rodando na cadeira do consultório.

_ Não sei, tem dias que não converso com ela, por que?

_ Não tá me respondendo tem dois dias, e como tô fazendo hora extra nem tô com tempo pra ir ver ela, tô preocupado.

_ Ela deve tá bem, se não a gente tinha notícias, fica tranquilo cara, você sabe como ela é, mas vou tentar falar com ela é te aviso, qualquer coisa coloco alguém no rastro dela.

_ Meu Deus do céu, depois que você virou delegado e chefe ninguém aguenta mais, coitada da Suzy.

_ Eu nem rastreio o celular dela. _ André já sofreu na vida de um modo que não dá nem para descrever, e com isso ele foi se tornando esse safado incontrolável que finge não ter sentimento, mas Lys amoleceu ele, digo com amizade, ela só abriu as portas para a Suzy chegar e tomar ele de vez.

Depois que comecei a andar com eles descobri muita coisa interessante sobre eles, nos tornamos amigos e quem diria, hoje somos inseparáveis. Encontrei enfim pessoas com os mesmos pensamentos que os meus.

_ Eu espero que não mesmo, porque isso é muito errado e você sabe. _ ele ri.

_ Fala igual meu pai. Eu nem ousaria, isso é invasão de privacidade, estamos tratando um caso assim, o cara vai ter que pagar uma multa desgraçada de alta pra ex porque tinha câmera e ainda ficava mandando outras pessoas dar em cima dela pra ver, no fim ele mandou sequestrar ela e fingir que só queria fazer sexo e depois ver a reação dela.

_ Jesus amado, é cada doido que aparece.

_ Nem me fale, tenho que ir, acabou de chegar mais um caso aqui, qualquer coisa eu te aviso.

Eu estava ansioso e nem sabia o porque, mas cada parte de mim tentava me dizer alguma coisa, mas eu não sabia o que era. Fui para o meu escritório e comecei meus atendimentos porque era melhor do que ficar parado. Quando terminei decidi ir na casa do Liam, e descobri que a Lys tá ficando lá para ajudar com as crianças depois de uma crise de ansiedade, parece que isso é a única coisa que tem deixado ela tranquila, ficar com as crianças. Aproveito para fazer o jantar, já que eles amam.

Eu acabei me tornando tão amigo dos meninos que chegamos ao ponto de nem se quer precisar tocar a campainha da casa, e quando entro Hope vem até mim, ela está cada vez mais parecida com a Lucy, logo a porta e aberta e Fernando entra com a Grace no colo e de mão dada com a Ava, e Kate com a Lívia, Grace começa a resmungar assim que me vê. Tive que pega-la com a Hope ainda no colo.

_ As mocinhas do dindinho. _ Hope como é de se esperar desce, porque ela só quer colo por pouco tempo depois que aprendeu a andar, já Grace ri e deita a cabecinha no meu ombro, ela sempre faz isso, acho que é a forma dela dizer que gosta de mim.

_ Por que você tem esse domínio assim sobre minha filha? Vai fazer uma pra você. _ Fernando fala brincando.

_ Ela ama esse padrinho, ainda mais que ela me viu antes de você, é amor demais. Pelo visto tiveram a mesma ideia de vir jantar aqui. _ falo enquanto Grace brincava com o botão da minha camisa.

_ Sei, pode parar com essa boiolagem com minhas filhas _ eu só ri _ Kate quase me enlouquece, disse que já passou muito tempo longe da amiga.

_ Até parece que nem moram quase uma dentro da casa da outra. _ brinco.

_ Que isso aqui na minha casa? _ Liam aparece no topo da escada só de bermuda _ eu não posso nem transar em paz na minha casa _ Lucy da um murro de leve nele com as bochechas rosadas de vergonha _ não me cutuca, ainda temos mais duas rodadas, nem te dei aquela chupada, você ainda precisa goz... _ ela põe a mão na boca dele. Todo mundo tava rindo, porque Liam fica possesso quando ele não termina o sexo dele.

_ Que isso Liam, pelo amor de Deus, não me mata de vergonha. _ ninguém nem se assusta mais.

_ Acho melhor você ir terminar esse sexo antes que seu pau pule da bermuda _ quando percebemos André já estava lá também.

_ Nem vou falar pra se sentirem em casa porque já estão, se me dão licença vou alimentar minha fera. _sai arrastando a Lucy.

_ Eu faço o jantar, Kate, me ajuda? _ peço. Lys e Marina estava com as crianças, André e Fernando vão para o bar, Kate monta o cercadinho das meninas na frente da cozinha e vamos cozinhar. Lys nem se quer falou comigo.

_ Como você está? _ Kate pergunta colocando as batatas no balcão, eu tinha trazido algumas coisas para fazer o jantar.

_ Ela nem falou comigo. Tá se esquivando o tempo todo. _ falo indignado.

_ Dá um tempo pra ela, sabe o quanto tem sido difícil para ela, é muita coisa para fazer e ela ainda não conta o que está acontecendo, mas sabemos que provavelmente é uma coisa muito séria. E daqui uns dias ela vai para o Brasil, talvez ela volte melhor.

_ É, ela não quis deixar que eu fosse com ela, e eu vou respeitar isso, porque eu sei como é você querer estar sozinho e as pessoas estarem tentando te mudar, é no tempo dela, por mais que me doa muito fazer isso. _ Kate e eu temos uma paixão em comum pela culinária, e provavelmente se eu não amasse a medicina mais do que qualquer outra profissão, eu teria com toda certeza ido para o ramo da culinária.

_ Eu acho que alguém quer o peito. _ Fernando notifica.

_ Senta e cuida da sua filha, eu assumo. _ Kate  tem sido minha confidente a muito tempo, acho que ficamos amigos desde que eu as conheci, depois que Lucy esteve no hospital.

Terminamos de fazer o jantar e estavam todos ali presentes e cada um havia mudado tanto mas ao mesmo tempo estamos iguais.

A casa tá lotada sempre, e todas as vezes que nos reunimos é muito bebê, choro, correria, papinha. Uma doidera, mas é bom.

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Obrigada por acompanharem e eu vejo vocês na quinta feira com mais um capítulo. (Talvez saia antes 🙊) nunca se sabe quando eu acordo de coração mole. Amo vocês. Ah, e não esqueçam de comentar e curtir pra me ajudar. ♥️

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