XIX

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O barulho da porta foi aberta e em seguida fechada delicadamente. Franzi a testa, sem abrir a porta do box e dei de ombros quando o silêncio voltou a tomar conta do banheiro. Fechei os olhos e voltei a encostar minha cabeça na beirada da banheira, relaxando com aquela água incrivelmente gostosa, fazendo milagre com os músculos de meu corpo. Eu estava em outro mundo, literalmente. A única coisa em que ouvia era o barulho da televisão ligada na sala, mas um barulho distante, que não incomodava nenhum pouco sequer.

Senti algo em minhas coxas e quando abri os olhos, um peitoral tomou conta de minha visão. Por alguns minutos fiquei encarando aquele corpo em minha frente, confuso de tudo o que estava acontecendo. Era um transe fora do normal, talvez por conta do cansaço ou por pensar demais. Quando abri a boca para me pronunciar, qualquer palavra que fosse, um dedo indicador, pequeno e delicado veio parar em meus lábios.

—Shhi...—Um sussurro foi ecoado e então voltei ao normal, conseguindo finalmente me dar conta da situação, do ambiente e da pessoa. Para minha alegria e satisfação, era ninguém menos que meu namorado.

Louis distribuiu leves e molhados beijos por meu ombro e clavícula, enquanto segurei sua cintura, fechando os olhos com o contato de sua boca em minha pele. Uma de suas mãos vieram parar em meu cabelo, enquanto a outra desceu de meu ombro até meu mamilo e começou a acaricia-lo com seus dedos. Louis desceu sua outra mão, passeando-a por minha espinha e fazia o movimento de subir e descer sua palma por minhas costas como se quisesse gravar a textura de minha pele.

Tomlinson se moveu levemente e eu fiz o mesmo quando senti suas pernas se moverem, para dar livre acesso para que ele as rodeasse em meu tronco. Minhas mãos, que antes apertavam levemente sua cintura, agora desceram até seu pênis e fazia movimentos devagar. Louis soltou um gemido rouco e mordeu meu ombro onde há poucos minutos atrás beijava ali.

Suas mãos agora arranhavam sem dó minhas costas e foi o momento que decidi aumentar o ritmo e levá-lo à loucura. Louis gemia baixo em meu ouvido, talvez tímido e nunca deixava seus olhos encontrarem os meus, sempre os mantendo fechados. A testa franzida e a boca entreaberta ou às vezes o lábio inferior sendo prensado entre os dentes, me fazia ter trilhões de orgasmos naquela banheira. Tirei uma de minhas mãos de seu pênis e a levei até sua bunda, apertando-a e ouvindo Louis dar uma espécie de grunhido, com a boca totalmente encostada em meu ouvido.

Rodeei sua entrada com o dedo indicador, em uma espécie de pedido de passagem silencioso. Penetrei-o lentamente com apenas um dedo, sentindo os dentes de Louis cravados em meu ombro. Fiquei com meu dedo imóvel e o tirei devagar, ganhando um gemido de reprovação de Louis. Penetrei novamente, mas dessa vez adicionando o dedo do meio junto com o indicador, fazendo movimentos de vai e vem sem tirá-los de Louis. Enquanto meus dedos trabalhavam em sua entrada, a outra mão trabalhava em seu pênis. Comecei a tesoura-lo e Louis começou a ficar ofegante.

—Respira, não precisamos de pressa, só estamos nós dois aqui, no nosso mundinho...—Sussurrei em seu ouvido para que ele se acalmasse e não exigisse tanto de si. Ele não deve em hipótese alguma exigir muito de si.

Louis encostou sua testa em meu ombro, que antes tinha seus dentes preso ali, e começou a subir e descer em meus dedos que permaneciam dentro de si. Tirei minha mão de seu pênis e a outra de sua bunda, colocando-as de volta em sua cintura, levantei-o levemente e rapidamente, indicando que ele pudesse se sentar em meu membro totalmente ereto.

Louis apoiou em meus ombros e lentamente se agachou, deixando meu pênis adentrar cada vez mais em sua entrada. Gememos ao mesmo tempo e um arrepio percorreu toda minha espinha quando Louis murmurou um "amor". Tomlinson mal esperou minha mente voltar ao lugar e já começou a cavalgar no ritmo dele, sem pressa como eu havia pedido. Minhas mãos tomavam conta de suas nádegas o impulsionando para cima e para baixo. Eu não tenho explicação para esse momento.

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