VII

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—Achei que não viria mais.—Louis disse caminhando ao meu lado e eu me segurei para não passar um de meus braços sob seus ombros. Tão pequeno...

—Eu sou um homem de palavra.—Falei me gabando e ele deu uma risadinha. Quando chegamos no carro, abri a porta para ele entrar e o mesmo me olhou surpreso mas entrou no automóvel sem falar nada.

Dei a volta e sentei ao seu lado, colocando meu cinto. Louis entrelaçou seus dedos em cima de suas coxas e observava cada movimento que eu fazia. Depois de longos minutos me ajeitando no banco, ligando o ar, ligando o rádio, eu finalmente dei partida, pedindo mil desculpas pelo quão lerdo eu sou para fazer as coisas.

—Então quer dizer que você quer conhecer Paris?—Perguntei olhando-o rapidamente e vi um lindo sorriso tomar conta de seus finos lábios.

—Alguns colegas meu, que estudavam música comigo já foram...Uh, eles me contaram como tudo lá é maravilhoso...—Louis deu uma pausa olhando pela janela e logo depois voltando a olhar a estrada a nossa frente.—Eu particularmente acho que se eu viajasse para lá eu não iria querer vir embora.

—Tem outros lugares lindo também Lou, Amsterdã por exemplo é encantador.—Falei dirigindo com uma mão enquanto mudava de música com a outra.

—Para quais lugares você já viajou?—Louis perguntou mexendo em seu jeans e só agora pude reparar que ele tem muito bom gosto para roupa.

—Uh...Caribe, Canadá, Amsterdã como eu disse, hm...Não lembro de mais outros...—Falei pensando, ou fingindo que estava pensando. Não quero que ele pense que estou contando vantagem de ter ido para muitos lugares no auge dos meus vinte e seis anos.

—O Caribe é maravilhoso você não acha? Já vi muitas fotos...—Ele comentou sorrindo.

—Sim, muito. Eu nem queria vir embora também...Aliás a maioria dos lugares que eu fui eu não queria vir embora.—Soltei uma risadinha e ele fez o mesmo.

—Disney.—Louis soltou batendo em sua perna, eu olhei para o lado com os olhos arregalados e tirando risadas de nós dois.

—Sempre soube que você tem dezoito anos.

—Ei! Eu fui quando tinha quatorze anos e mesmo assim foi lindo.—Ele retrucou dando uma risada maravilhosa.

Parei o carro no Drive-thru do Mc' Donald's e Louis Franziu a testa me olhando confuso.

—Calma, isso faz parte.—Falei rindo e ele se ajeitou no banco.—Você gosta?

—Amo, mas sem picles.—Tomlinson fez uma careta e eu peguei minha carteira, balançando a cabeça e rindo. Fiz nossos pedidos e pedi que ele segurasse até chegarmos no local desejado.

Bati na mão de Louis várias vezes por ele roubar as batatas. Não sei quando ficamos tão próximos assim, mas eu sei que estou adorando.

—Você está me levando para o céu? Porque a gente só sobe, só sobe e não chega nunca.—Louis brincou e eu dei outro tapa em sua mão novamente por pegar batatas.

—Chegamos apressado, e só por ter roubando batatas antes da hora vai ficar sem.—Falei rindo e ele revirou os olhos entregando meu lanche. Louis ainda não tinha olhado em volta e nem percebeu onde estávamos.

Desci do carro e então ele fez o mesmo. Louis parou assim que saiu do automóvel e ficou estático. Sorri com a sua reação e olhei para a direção que ele olhava. Seu rosto numa expressão apaixonante misturada com surpresa faziam eu ficar viciado em não tirar os olhos de si.

—É-é tão lindo...—Tomlinson levou uma de suas mãos até sua boca e a tampou. Caminhou em passos lentos e cautelosos até uma mureta que havia ali, exatamente para sentarmos.

You left longingOnde histórias criam vida. Descubra agora