28 ➳ Teatro

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Como prometido, vou tentar atualizar toda terça e quinta-feira, entre a tarde e a noite.



Este capítulo é dedicado à garmetys, minha mana de coração que ontem teve um dia definitivamente ruim.
Você vai dar a volta por cima, meu amor. As coisas vão melhor ❤











Os primeiros raios de Sol aquecem o rosto de Kalmia que dormia de frente para Kakashi. Ambos os corpos dormiram grudados, acordaram afastados, a posição insinua que o último a dormir ficou muitas horas cuidando o outro. Apenas uma das pernas de cada um deles se tocavam, o subconsciente não os deixa perto um do outro sem absolutamente nenhum tipo de toque.

A luz fraca que invade a cortina e atinge exatamente os olhos de Kalmia, não a irrita como de costume. Ela se sente bem menos triste, menos depressiva que os últimos três meses morando com ele.

Não que morar com ele tenha lhe deixado depressiva, não é isso, bem pelo contrário, mas infelizmente foi assim que ela se sentiu, foi que assim que tudo o que estava acontecendo a fez se sentir.

Às vezes ela ainda acorda assustada de madrugada, sente fervorosamente as mãos de Ákira sufocando seu pescoço e quando isso acontece, todas as agressões de Satoru retornam para violentá-la outra vez. Mas, mesmo com isso, Kalmia não consegue acordá-lo de madrugada para chorar-lhe, nem consegue incomodá-lo ainda mais com suas perturbações.

Silenciosamente tranqüila com a própria cabeça e de aparente bom humor, Kalmia se levanta sem um ruído sequer, vai até o banheiro para lavar o rosto e escovar seus dentes.

Depois, pelo ventinho que vinha da fresta da janela lateral, Kalmia torce o lábio e com a porta entreaberta, baixa seu short de pijama, sentando-se no vaso. Ela mantém a careta, lembrando que finalmente, há alguns dias, sua menstruação se dissipou, restando apenas algumas dores solitárias nas costelas e nos pés meio inchados por causa do tratamento contra sua atrofia.

Secando-se, aperta o botão da descarga e volta a lavar as mãos antes de ir para cozinha, pensando no que podia preparar para o café.

- Deixe-me ver... - com uma cara reflexiva, Kalmia pousa um pé sobre o joelho, ignorando a dor latente de ter todo o peso numa perna só. A geladeira aberta em sua frente fora encarada por alguns minutos até ela se decidir, animada.

Com uma caixinha de ovos, leite, geléias e uma espécie de massa para bolinhos fritos ou cozidos, ela fecha a geladeira e meio atrapalhada com o trabalho, ela tenta prender o cabelo que se solta do coque, quer apagar o fogo, cuidar o leite no bule e atender a porta tudo ao mesmo tempo.

- Droga - ela ri de si mesma, optando pelo leite. Apaga uma das bocas do fogão e antes que quem bate na porta acordasse Kakashi com algum barulho mais estrondoso, Kalmia larga as coisas do jeito que está e vai prendendo o cabelo atender a porta.

­- Bom dia, Watanabe-sama - Kalmia sorri generosamente ao ver Vyme, um adolescente que trabalha na cidade natal para a companhia de sua família, cumprimentá-la com uma caixa de girassóis em mãos.

- Ah! - ela exclama, pegando dele a importação. - Arigato, Vyme-chan!

- Aqui está o pagamento da senhorita Yamanka - Kalmia pega o envelope amarelo com o recebido de sua parceria com Ino. - E esses parecem ser do senhor Yoky, e da senhora Shimatê.

- Arigato, você é um anjo - ela diz, pegando os outros com um pouco de pressa.

Assim que o menino parte, Kalmia volta como voando para a cozinha, desliga todas as bocas do fogão. Em mais alguns minutos a mesa está posta, repleta e um pouco mais aconchegante já que ela improvisou um vasinho com um copo da casa para pôr um girassol solitário no centro da mesa.

GRITE - Hatake KakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora