38 ➳ Estressado

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A vadia voltooooou!

Gente, notinha explicativa bem rápida:
O querido wattpad tentou excluir minha conta porque eu não lembrava a senha do e-mail cadastrado há mais de quatro anos atrás (rindo agora, mas chorei muito kk).

Incomodei muito os adms, mandando um e-mail há cada uma hora e aqui estou.

Sei que não é dia de atualização, mas tô feliz (eu já estava arrasada pensando que ia perder toda a estória), então vou publicar pra vocês!










Depois que a sentiu levantar no meio da noite, deixando-o dormir sozinho na cama, Kakashi não conseguiu descansar.

Era perto da meia-noite quando Kalmia levantou, ficou ao lado do berço por horas. Sua cabeça doía tamanha era sua confusão. Morria de amores, mas tinha alguma coisa parecida com profunda angústia que a não deixava sentir-se bem. Então ela ficou ali, olhando para o bebê, e só chorou.

Não o via olhando-a, discretamente. Kakashi passou a madrugada em claro, tinha receio em deixá-la perto de Kakeru.

Mas o receio não venceu seu cansaço. Assim que ele dormiu, como uma obra maligna do destino, Kalmia se ergue, indo vagarosamente para o guarda-roupas.

Estava cansada de estar perturbada. Cansada de estar confusa, e de não conseguir arrancar respostas que explicasse o olhar triste de Kakashi para ela.

Sua mente nublada e seu coração profundamente aflito, faz a porta da frente ranger, e isso é barulho o suficiente para acordá-lo.

Kakashi nem bem abre os olhos, não olha para o papel dobrado sobre o bidê, atravessa o quarto como um furacão depois de se certificar que Kakeru dormia tranquilamente. Porém, na porta da sala, seu coração se parte.

Kalmia havia deixado uma carta e estava decidida a ir embora.

– O que está fazendo? – quando a vê com uma mala na mão, paralisada por ter sido flagrada, Kakashi sente seu coração se contrair e se afundar como num infarto, torce o rosto em uma careta dolorosa para aplacar aquela agonia.

Vagarosamente, Kalmia se vira para ele.

O rosto delicado dela ensopado por lágrimas, ele a percebe sem as talas, as marcas e cicatrizes profundas da sua tentativa de suicídio expostas entre eles.

– Eu não posso mais... – ele não alcança seu pensamento, parte para cima como estivesse zangado em uma batida brusca, fecha a porta, forçando o corpo de Kalmia para o lado, trancando a maçaneta e pegando para si a chave.

Merda, merda, merda! Maldição! Tudo está indo longe demais! Isso está indo longe demais! O que estou fazendo? Prendendo-a em casa? – Kakashi ri. – Que diabo estou fazendo? Por quê? Se ela quer ir, então a deixe ir, porra! - logo quando conclui o pensamento, Kakashi vê que também está confuso, pra não dizer logo perturbado. Como poderia abrir mão dela? E deixá-la ir, depressiva e cega, sem ele e sem o filho?

Mesmo assim, sua cabeça gritava para ele abrir a porta, deixando-a ir.

Kalmia tira a cópia da chave do bolso, metendo-a no buraco da fechadura. Kakashi engole em seco, sente as mãos trêmulas e quer dar ouvidos à sua razão - ou emoção -, ele não sabia quem o estava comandando.

Mas seu corpo reage sem que ele mande, e lhe agarra pela cintura, puxando-a para si. Se quisesse mesmo ir, Kalmia teria resistido, teria o empurrado e ela não o fez – é o que ele pensa, é como quer se convencer.

GRITE - Hatake KakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora