– Aqui, bebê, aqui – Himawari chama a atenção de Kakeru, balançando as mãozinhas para ele olhá-la enquanto cantavam parabéns.
O coro é alto e engraçado, Kakashi balançava o menino enquanto ao seu lado, Kalmia ria e batia palmas, todos os três atrás da mesa do bolo cheia, toda decorada e colorida.
As crianças menores enlouquecidas tentando a todo o custo chamar a atenção do menino era o mais engraçado, e a paciência de Hinata que chamava atenção de Boruto que brigava com Shikadai durante o parabéns era hilária.
Hinata e Tenten haviam ajudado na decoração da festinha relativamente grande, - cara demais, segundo Kakashi. Ele e o segundo padrinho de Kakeru, Yamato, procuraram os brinquedos para aluguel, e os trouxeram para as crianças, a grande maioria compareceu.
As pestinhas corriam e gritavam divertidas, sujas de doces, se esparramavam e derravam bebidas coloridinhas umas nas outras. Outro deles esqueceu que segurava um copo e foi brincar no pula-pula, o resultado foi um banho coletivo de refrigerante.
Naruto não pôde ir, mas liberou Shikamaru com Temari e seu menino. O centro das atenções foi quando, estranhamente, Shinki chegou cumprimentando seu primo, assustando um pouco as crianças menores com a presença da sua areia metálica.
– Rokudaime-sama – Gaara cumprimenta formal, mas Kakashi lhe dá um tapinha nas costas.
– Kakashi, Kazekage, apenas Kakashi.
Kakashi bebia na entrada da casa junto com seus alunos que cuidavam os pré-adolescentes cochicharem nos ouvidos uns dos outros. Distraída com Sarada perto de Boruto e Mitsuki, Sakura não vê Sasuke se aproximar.
– Demorei uma vida pra achar esse endereço – o do rinnegan diz emburrado, empurrando um pacote de presente para o pai do menino.
– Sasuke – Kakashi agradece, pouco surpreso por tê-lo ali, às três da tarde de um domingo.
– S-sasuke-kun... – Kakashi sorri sob a máscara quando Sakura percebe o marido, às vezes se pergunta se conseguiria levar a vida de Sasuke. E quando ele olha para trás, fixando-se na delícia de seus olhos, tem certeza que não conseguiria.
Se eles não dormem juntos por uma noite, ele acorda irritado e não quer falar com ninguém, nem viver normalmente, não consegue imaginar ficar tantos meses longe de casa.
O devaneio de Kakashi só não durou mais alguns minutos porque ele viu, de relance, um garotinho passar correndo com um pequeno emaranhado de balões e vê-los fazer fila para furá-los lhe doeu um pouco o coração. Havia ficado até quase seis da manhã enchendo as porcariais.
Na sala, depois de cuidarem Tsunade erguer Kakeru risonho para cima, brincando de torturá-lo com cócegas infindáveis, Sakura aproveita para chamar Kalmia no banheiro, pedindo para olhar o seu estoque de remédios.
– Não podia esperar a festa acabar? – Kalmia dá uma piscadinha pra Sakura, acusando sua pressa em ir embora depois do parabéns.
– Você é uma vadia privilegiada, Kalmia – ela empurra, rindo da malícia explícita, se curva minimamente para olhar com calma quais remédios tinham ali.
– Eu sei, eu sei – ela dá de ombros, feliz. – Ninguém se compara ao meu marido...
– Não é disso que estou falando – rola os olhos, ambas risonhas. – Baka!
– O que tem de errado aí?
– Esses quatro aqui – Sakura mostra as caixinhas, separando-as no fundo do armário. – Reduza a medicação de três vezes ao dia para uma, ok? Os antidepressivos pode manter, falei com sua psicóloga ontem, estamos testando algumas coisas...
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GRITE - Hatake Kakashi
Fanfiction#1 lugar em Kakashi - 09/08/2020; #1 lugar em Naruto - 28/11/2020; Kalmia, com um nome tão peculiar, mas uma história muito comum e monótona. Tentando recomeçar sua vida que havia acabado antes mesmo de estourar a Quarta Guerra Ninja, se muda para K...