Que está me enlouquecendo...
Oceana.
— Cara, vocês vão na festa do Matt?— Pergunta Max.
Asher olha para mim em busca de uma resposta.
— Tenho que ir para casa, não precisa me acompanhar. Pode ir tranquilo a festa com seus amigos.— Sorrio de lado.
— Vou te levar em casa, nada mais justo, eu trouxe, eu levo. Caras, depois eu dou um toque para vocês e vejo se apareço por lá.
Os meninos afirmam e não perdem a oportunidade de zoar o amigo. Asher pega minha mão e me leva até sua moto, subimos em um silêncio confortável e seguimos caminho a minha casa.
— Acho que temos companhia.— Fala depois de um tempo de estrada, não entendo de primeira até escutar o som das sirenes. Droga, polícia agora não.— Se segura gatinha.
Asher acelera a moto de forma descomunal, seguro firme. Atravessamos o primeiro sinal vermelho, a sirene atrás de nós fica cada vez mais alta e próxima. Atravessamos o segundo sinal vermelho. Isso vai dar merda.
— Asher, acho melhor pararmos. Não quero ser presa— Choramingo em seu ombro.
— Ainda da tempo de despistar eles.
Penso se argumento algo sobre isso, mas antes de minha mente lesa formular uma resposta, escuto o urro de frustração de Asher. Olho para frente para saber o que aconteceu e vejo que fomos cercados por duas viaturas a nossa frente e uma atrás. Que decepção!
— Asher, desça da moto e encosta na parede.— Um dos policiais diz irritado.
Asher, desce a contra gosto, e encosta na parede, me deixando pasma com a situação.
— Sempre em confusões garoto.— Outro policial, um pouco rechonchudo, fala.
— A culpa não é minha se vocês vivem na minha cola.— Esbraveja irritado.
Os policiais algemaram ele e o colocaram sentado, em um banco de trás de uma das viaturas, logo outro vem em minha direção e me manda descer da moto.
— Ei, deixem ela ir embora, ela não tem nada a ver com isso.
— Se ela estava na garupa, ela tem sim algo haver com a situação.
Sou algemada pela primeira vez na minha vida, estou quase surtando. Onde eu fui me meter. Sento ao lado de Asher que ao ver minha expressão de indignação, segura o riso.
— O que vai acontecer agora? Vamos ir presos e ficar três anos encarcerados?— Pergunto exaltada.
— Calma, no mínimo iremos passar uma noite só.— Diz como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Fecho a cara para ele que sorri e olha pela janela. Depois de um tempo, chegamos em frente a delegacia e somos levados para uma sala.
— Vocês vão ficar aqui por enquanto. Depois o delegado Marques virá aqui para poderem fazer uma ligação para algum familiar, e ver se pagam as multas.— Retira nossas algemas e vai embora.
— Então...você tem pais?— Asher pergunta.
— É claro que eu tenho, mas eu não posso chamar minha mãe aqui.
— Por que não?
— Asher, ela é cadeirante, e além disso não quero que ela tenha a decepção de ver sua única filha na cadeia.— A expressão dele fica contorcida em culpa.
— Desculpa, acho que não pensei direito antes de te colocar em cima da minha moto. Esqueci que você parece ser certinha.— Olho para ele chocada.
— Você está falando que o fato de eu parecer "certinha" pode ser algum tipo de adjetivo negativo? Seu cara de pau.
— Que? Não, claro que não.— Fala ofendido.
— Hum. Estou muito nervosa.— Sinto meus olhos lacrimejar.
Ele se aproxima e me puxa para um abraço.
Enterro meu rosto em seu peito e fungo, sentindo o cheiro de amaciante em suas roupas. Ele me aperta mais em seus braços.
Escutamos o barulho da porta sendo aberta e nos viramos.— Vocês tem direito a uma ligação de cinco minutos.— Fala apontando para um telefone fixo na parede ao lado da sala que estamos.
— Quer ligar para alguém importante?— Pergunta Asher.
— Acho melhor não, pode usar você.
— Tenho um amigo que sempre me ajuda quando preciso. Vou te tirar daqui, isso não é lugar para você.— Me beija na testa e segue com o guarda até o telefone.
Gosto do jeito que ele demostra se importar comigo. Tudo aconteceu de forma tão rápida, que sinto que irei explodir. Sinto meu coração aquecer quando ele volta e me oferece um sorriso doce.
— Ele está a caminho.— Me puxa para sentar ao seu lado em uma cama de concreto com um simples colchão fino a cobrindo.
Uma hora e meia depois um guarda entra na sala e diz que nossa fiança foi paga e podemos sair. Asher pega minha mão e acompanhamos o guarda até uma sala de espera, onde o delegado e um homem alto estão conversando.
— ... Vou conversar com ele sim Marques, espero que ele não cause mais transtornos.
— Tudo bem Doutor.— Os dois homens apertam as mãos.
Quando o homem que acho eu, que pagou a nossa multa vira para nós, sinto meu rosto gelar ao ver de quem se trata, e a vergonha borbulhar em meu rosto.
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Com amor, da eternamente sua, Oceana.
ChickLitEu te amei, desde a primeira vez em que te vi. PLÁGIO É CRIME.