Eu estou viciada, só um pouquinho...Pelo jeito que ele faz eu me sentir
Oceana.
— Chegamos. — Ash fala estacionando a moto em frente a porta de vidro, onde se encontra um cartão escrito Fechado.
Desço de sua moto e retiro o capacete, olho para Asher e entrego o capacete em suas mãos, ele logo o coloca preso em seu antebraço.
— Bom, eu sei que devíamos ter feito isso desde o início mas...me passa seu número? — Faz uma cara engraçada.— Claro, senhor atrasado. — Pego seu celular estendido e anoto meu número de celular. — Prontinho. —
O mostro com o contato salvo.Asher me puxa pela cintura e mergulha sua mão grande entre os fios de meus cabelos, levando minha boca até a sua e me beijando, como se não houvesse amanhã, no meio da calçada onde as pessoas que passam tem que desviar de nossos corpos em combustão.
Passo meus braços pelo seu pescoço e arranho sua nuca, fazendo Ash grunir em minha boca.— Acho melhor pararmos, ou vou acabar te fodendo aqui na rua e vamos ser presos por nudez ao pudor. — Diz quebrando o contato delicioso de nossos lábios.
Ao me dar conta de onde estamos, me solto de seu corpo e olho ao redor, para ver se ninguém está parado olhando para nós, como dois animais prestes a acasalar.
— Tem razão, ainda tenho que abrir a loja. — Sigo até a porta que está a três passos de distância de onde estamos e abro a porta. — Quer entrar?
— Não será necessário, a noite vou te buscar na sua casa. Até lá te mando uma mensagem. — Diz e logo sai, depois de soltar um beijo no ar, não me deixando protestar sobre sua afirmação.
Balanço a cabeça com um leve sorriso nos lábios e entro, deixo meus pertences sobre o balcão e viro a placa da porta para Aberto. Ajeito alguns livros nas prateleiras e organizo os discos. Ao me sentar na cadeira atrás do balcão, a espera de um cliente para atender, sinto uma dorzinha entre as pernas, o que me faz soltar um riso nervoso ao lembrar o porquê estar sentindo isso. Essa foi a melhor manhã da minha vida.
Asher é tão gostoso.Ouço o sino da porta tocar, saio de meus pensamentos impuros e olho para frente, logo me erguendo para entender o homem que se encontra parado, olhando ao redor.
— Bom dia, em que posso ajudar?
***
Exausta, é assim que me encontro. Depois de um dia longo e estressante, a única coisa que eu quero é um banho quente e minha cama. Sigo até a parada e pego o ônibus que acaba de encostar, como sempre, sento ao fundo, com a música heaven saindo de meus fones de ouvido e, imediatamente, lembro novamente de Asher.Após uma viagem curta e tranquila, deitada em minha aconchegante cama, lembro que Asher disse que iria passar aqui mais tarde. Rapidamente abro os olhos e salto do meio dos lençóis, pego o celular e vejo que tem uma mensagem sua, abro e vejo que ali ele diz que irá passar aqui as oito e meia, para me levar em um lugar. Fico ansiosa, pergunto se ele poderia me dizer onde era mas ele somente responde com um emoji com um dedinho sobre os lábios, fazendo sinal de silêncio. Droga. Saio do quarto e vou até o banheiro, ligo o chuveiro e tomo um banho demorado, aproveitando que ainda são sete e quinze.
Lavo meus cabelos, faço uma massagem para deixá-los macios e cheirosos, após isso, depilo todos pelinhos de meu corpo, passo meu sabonete de erva doce e enxaguo-me. Saio do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra na cabeça, sigo para meu quarto e paro em frente ao guarda roupas. E agora? O que devo vestir? Fico com esse pensamento na cabeça, até porque não faço a menor ideia de onde Ash irá me levar.
Acabo por decidir usar um vestido tubinho simples de cetim acima dos joelhos, da cor azul turquesa com alças finas e um pequeno decote na frente, a cor destaca minha pele. Nos pés escolho por uma sandália de salto fino nude, simples porém arrumada. Sento-me em frente a minha penteadeira e faço um coque alto, estilo elegante. Em meu rosto opto por passar somente uma sombra marrom dando uma profundidade e máscara de cílios, passo um brilho labial incolor com cheiro de morango, e para não deixar meu rosto tão sem brilho, destaco minhas maçãs com um pouco de iluminar. Escolho um par de brincos dourados pequenos de conchas, junto a um colar delicado do mesmo feitio.
Levanto e vou até o espelho que tenho ao canto do quarto de corpo todo, me observo e gosto do resultado, faz tanto tempo que não me arrumo, que não me sinto bem e bonita. Sinto meus olhos arderem, ah... eu não posso chorar, não posso estragar a maquiagem. Espanto esses pensamentos e dou uma última olhada no espelho, depois vou até minha mesinha de cabeceira e pego um perfume, borrifo um pouco atrás das orelhas e nos pulsos, como minha avó dizia sempre para eu fazer. Pego uma pequena bolsa quadrada branca de lado, e nela, coloco meus documentos, meu brilho labial, meu celular e o mais importante, meus remédios.
Saio do quarto e vou para sala, passo pela cozinha vendo se está tudo fechado, vou até a sala novamente e fecho as janelas, escuto meu celular apitar, o pego e vejo que tem duas mensagens, abro a primeira que é uma foto de mamãe e Gina, bebendo água de cocô na praia. Sorrio, as elogio e logo abro a segunda mensagem, é de Asher, sinto meu coração acelerar, clico para ver o que ele diz e meu coração dispara mais ainda, nela ele diz que já está me esperando aqui em frente de casa.
Olho para o relógio do celular e vejo que vai dar oito e meia. Ual, que pontual. Guardo meu celular na bolsa e pego as chaves na estante, vou até a porta e a abro, saio na rua e me viro novamente para trancar a porta, após isso coloco as chaves em minha bolsa e caminho até a moto de Asher, ele desce dela e retira o capacete da cabeça, me lançando um olhar de admiração e safado ao mesmo tempo, o canto de seus lábios da um leve sorrir e, todas aquelas sensações desconhecidas por mim, começam a atuar em meu corpo, me fazendo ficar ofegando e sentir minhas pernas bambas.
Asher desde o primeiro momento em que nos vimos, me afetou, e assim foi seguindo toda vez em que nos encontrávamos. A minha melhor escolha foi aceitar sair com ele pela primeira vez.
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Com amor, da eternamente sua, Oceana.
Romanzi rosa / ChickLitEu te amei, desde a primeira vez em que te vi. PLÁGIO É CRIME.