Com amor, da eternamente sua, Oceana.

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É porque eu gosto de controle

Oceana.

Olho para meus pés mergulhados em baixo da água cristalina. Escuto gritos, e logo mais a frente, vejo Max e Duzz, empurrando Taylor para dentro d'água, sorrio. Taylor não queria entrar, mas foi arrastada por Max, assim como eu. Asher ficou sentado na tenda, em uma cadeira de praia, enquanto bebe sua famigerada cerveja, e sempre com seu cigarro entre os dedos.

Dou mais um mergulho antes de sair da água morna, passo pelas crianças que brincam na beira da praia e sigo em direção a tenda, que está alguns passos de distância.

— Ei, oi.

Escuto uma voz falar ao meu lado, levanto a cabeça e olho para o garoto de cabelo castanho, seu rosto me é familiar, puxo na memória e lembro dele pegar alguns filme onde eu trabalho.

— Ah, oi. — Sorrio em comprimento.

— Oceana né? — Aceno em positivo. — Eu fui hoje pela manhã na loja para a devolução dos filmes, mas encontrei o estabelecimento fechado.

Passa as mãos pelos cabelos, penso no motivo de eu não ter aberto a loja pela manhã, e logo as cenas quentes de ontem a noite me vem a cabeça, Asher e suas experiências me deixa louca.

— Hoje eu não abri a loja, resolvi tirar um dia de folga para aproveitar esse sol.

— Ah, entendo. Bom, semana que vem eu passo lá.

Aceno com a cabeça, e se instala um silêncio, onde ninguém fala nada, e eu também não ouso abrir a boca, pois não lembro de seu nome, e não lembro se ele tinha me falado qual era.
Chego perto da tenda e encontro os olhos de Asher queimando meu corpo, alternando entre mim e ao garoto que está em meu encalço.

— Bom, até semana que vem.

Me viro para ele e digo com simpatia, ele abre um largo sorriso e se aproxima de mim, me dando um beijo na bochecha. Vira as costas e vai embora.

— Quem era o panaca?

Diferente da sua voz carinhosa, essa que falava era grossa e rouca, em um tom baixo. Olho para Asher, que tem seu rosto sério e sem expressão, seus óculos escuros que estavam escondendo seus lindos olhos, agora estão acima de sua cabeça.

— Ei, não fala assim dele, era um garoto que foi pegar alguns filmes na loja.

— Hum...

— Que cara é essa? — Solto uma gargalhada com seu rosto franzido.

— Que cara? Essa é a única que eu tenho.

Mostra a língua e vem em minha direção, passando seus braços em volta da minha cintura, sinto seus dentes em meu pescoço.

— Diria que melhor que essa você não poderia ter.

Passo meus braços ao redor de seu pescoço. Meu corpo molhado e frio, escorrega em seu corpo quente e seco, fazendo sensações boas se acumularem em meu ventre.

— Você está tão gostosa nesse pedaço de pano branco. — Beija meu pescoço. — Diria que mais linda que isso você não poderia ser.

Sorrio ao ouvir ele repetir palavras no mesmo sentido das minhas, a poucos segundos atrás, e colo nossos lábios em um beijo ardente, Ash recebe minha língua dentro de sua boca de bom grado, nos beijamos até perder o fôlego.

— É melhor pararmos, ou vamos fazer um pornô ao vivo para esses pobres idosos a nossa volta.

Falo e Asher me olha com os olhos arregalados.

— Mas que pensamentos impuros são esses, querida?

— Talvez os pensamentos que você me faça ter, querido.

Ele sorri e sentamos novamente, Asher pega no cooler uma cerveja e uma lata de refrigerante, achei fofo da parte dos meninos trazerem água com gás e refrigerantes para eu beber, acho que eles perceberam que não tomo muita bebida alcoólica.

Olho para frente e vejo Duzz e Taylor vir correndo para a tenda, os dois pingando mais que pinto na chuva.

— Cadê o Max? Não me digam que perderam ele no mar.

Questiono aos dois que logo dão risada.

— Não o perdemos, ainda. Ele foi pegar alguns petiscos em um restaurante aqui perto.

Diz Duzz abrindo uma cadeira e sentado, Taylor faz o mesmo, e alguns minutos depois, Max chega com três caixas brancas, as coloca em cima de uns banquinhos de plástico e abre a tampa, sinto meu estômago roncar e minha boca encher de água. Vejo que ele trouxe camarão empanado, queijo e presunto com azeitonas em palitinhos, e, para completar, cubos de carne bovina assadas.

— Ataca dragãozinho.

Asher fala ao me ver pegar um pouco de cada.

— Cala boca.

Lhe dou um encontrão, o fazendo rir. E assim seguimos até o final da tarde, uma das melhores tardes que já tive em toda minha vida.