Com amor, da eternamente sua, Oceana.

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E eu estou segurando ele tão forte

Asher.

— Mãe, tenho que ir. — Vou até ela e lhe dou um beijo na testa.

— Tudo bem, a traga aqui um dia para eu a conhecer. — Paro no lugar.

— Que? Trazer quem? — Eu não me lembro de ter citado o nome de Oceana em nossa tarde agradável.

— Ah querido, eu não nasci ontem. Você passou o dia avoado hoje, muito pensativo, olhava para o celular dando uns sorrisinhos, eu não vou te pressionar para saber quem é, se um dia você quiser me apresentar essa pessoa que está te fazendo tão bem, de um jeito que eu nunca vi, saiba que estarei de braços abertos para vocês. —
Ela sorri do seu jeito doce e me abraça.

Fico calado, não sei o que dizer, não sei como deixei tão na cara assim. Porra. Mas até que apresentá-las não seria uma má ideia.

— Obrigado, mas agora eu realmente tenho que ir. Tchau mãe. — Lhe dou mais um beijo e me afasto.

— Tchau querido.

Saio de sua casa e vou até minha moto, acelero e corro até meu apartamento. Quando chego, pego o elevador e vou até meu andar rapidamente. Entro e vejo que os meninos não estão aqui, eles devem ter ido até o clube do Bredd, hoje tem luta lá. Vou para meu quarto e jogo o capacete sobre a cama, corro para o banheiro e retiro toda minha roupa, ligo o chuveiro e entro em baixo, passo um shampoo qualquer em meu cabelo e aproveito da espuma para esfregar o corpo junto com o sabonete. Enxaguo-me e saio do banheiro, me seco e saio totalmente pelado para o quarto.

Paro em frente ao meu guarda roupas e procuro por uma cueca, acho uma boxer preta e visto, logo procuro por uma calça, pego uma jeans preta que está semi nova e escolho uma camisa branca de botões. Porra, botões? Eu usando camisa social?
Balanço a cabeça e solto um riso de lado. Me visto e pego minha bota preta, me olho no espelho e vejo que estou decente. Tento pentear meus cabelos para trás, mas o resultado me faz quase socar o espelho.

— Caralho, o que não faço por você Oceana. — Falo em voz alta.

O lugar que vamos, os homens tem que usar necessariamente terno ou calça jeans e camisa social. E nem fodendo que eu coloco um terno. Pego um frasco de perfume e espirro em tudo que é lugar de meu corpo. Pronto, tô cheiroso e arrumado. Pego o capacete e saio do quarto, vou para sala e pego as chaves, saio do meu apartamento e fecho a porta, logo depois entrando no elevador e apertando o botão do térreo, olho para o lado do elevador e me vejo no espelho, olho para meus cabelos e com eles penteados fico parecendo um banana. Passo as mãos em meus fios escuros e os espalho. Bem melhor. Ao chegar no térreo, monto em minha moto e saio do estacionamento, olho no relógio em meu pulso e vejo que são oito e quinze, da tempo de chegar lá em ponto.

***
Minutos depois de trânsito, estaciono em frente a casa de Oceana, pego meu celular do bolso e vejo que vai dar o horário marcado, mando uma mensagem para ela que já estou a esperando, que logo é visualizada. Guardo novamente o aparelho em meu bolso e espero por ela. Escuto barulho de chaves, levanto meus olhos que estavam observando a calçada e olho para a bela mulher que vem em minha direção, fazendo meu coração acelerar e dar saltos. Cacete. Saio da moto e tiro meu capacete, olho para seu delicioso corpo e já sinto meu pau se animar. Se segura filho da puta. Penso comigo mesmo.

— Estas a mais linda das mulheres hoje. — Ela sorri e vejo suas bochechas corarem.

Me aproximo dela para lhe dar um beijo, e porra, como ela é cheirosa. Prendo a vontade de lamber seu pescoço e fecho os olhos respirando fundo seu cheiro gostoso, uma mistura de erva doce com um perfume suave. Que a partir de hoje, virou meu cheiro favorito.

— Você também está lindo. E ual, nunca pensei que te veria de camisa social. — Fala rindo.

— Eu também não, mas são coisas da vida. Vem, vou te levar em um lugar.

Estendo minha mão para ela pegar e a guio para subir em minha moto, ela não tem dificuldade pois está de salto, e por falar nisso, que pernas maravilhosas ela tem. Monto na moto e estendo um capacete para ela, que o coloca com cuidado para não desarrumar a bolinha perfeita que ela mantém em cima de sua cabeça. Tão linda.

Ligo a moto e giro a chave na ignição, acelero um pouco e sinto Oceana se agarrar a mim, logo pegamos a rua principal indo em direção ao nosso destino. Enquanto dirijo, sinto as mãos de Oceana alisarem meu tronco, logo depois sinto suas unhas me arranharem com força. Porra. Aperto meus dedos firmemente no guidão da moto para não perder a direção.
Paramos em um sinal vermelho e olho para trás, encontrando Oceana com a viseira do capacete levantada, me olhando com olhos em chamas e um sorrisinho safado. Cacete, mil vezes cacete. Viro para frente de novo ou a comeria em cima dessa moto, onde todos podem nos ver.

Respiro fundo quando chegamos em frente a faxada do restaurante, Oceana para de me bulinar com as mãos e faz um som de surpresa. Ela desce da moto e eu logo em seguida, retiramos nossos capacetes ao mesmo tempo e eu os entrego junto a chave para o flanelinha, vestido com um Smokey que vem em nossa direção.

Depois que ele leva minha moto para o estacionamento, ponho minha mão na cintura de Oceana e nos encaminhamos para a entrada.

— Isso aqui é muito lindo Asher. — Diz olhando para a recepção. Ela tem razão, nem eu sabia que era tão bonito assim.

— Boa noite senhores, qual é o nome da reserva de vocês? — Pergunta uma ruiva peituda.

— Duas reservas para Lewis Dalton. — Respondo para ela que me olha e morde os lábios. Viro o rosto e olho para Oceana, que no momento está com cara de poucos amigos, encarando a ruiva tingida a nossa frente.

— Por favor, sigam-me. — Fala e sai em uma direção, rebolando mais do que o necessário.

Ela para em uma mesa bonita e decorada, nada muito extravagante. A ruiva logo se retira e eu vou até Oceana, puxando a cadeira para que ela sente.

— Cavalheiro.

— Só com você.