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E eu estou viciada...Sim, viciada na emoção

Oceana.

De olhos fechados, aprecio meu corpo sensível com as sensações que Asher acabará de me proporcionar.
Beijos são distribuídos por minha barriga, junto a pequenos chupões e lambidas. Sinto suas mãos deslizarem por minha cintura até minha bunda, onde ele aperta com força e lança um forte tapa.

— Gostosa pra cacete. — Sorrio e abro mais ainda as pernas, fazendo Ash se acomodar entre elas. Encho seu pescoço de beijos onde tem sua tatuagem.
— Você tem uma tara por essas tatuagens. — Fala em meu ouvido.

— Elas me excitam.

— Somente elas?

— Você também me excita. Muito.

Seu olhar escurece e transborda desejo, vejo ele levantar e pegar uma camisinha dentro do bolso de sua calça, me apoio nos cotovelos para ver melhor a visão espetacular em minha frente, Asher parece um deus grego, ver ele colocar a camisinha em seu membro grande e grosso, depois de tirar suas roupas, soa tão profano.

Ele vem até mim e sobe na cama, engatinha em minha direção e se acomoda novamente entre minhas pernas.

— Pronta?

— Para você, sempre.

Sinto Ash esfregar sua glande em toda extensão da minha intimidade, me fazendo molhar mais e pulsar. Quando ele posiciona seu membro em minha entrada, prendo a respiração. Asher me olha e se empurra para dentro de mim, me fazendo sentir uma dor fina, fecho os olhos e dou um grito ao sentir Asher ir até o fundo com força.

— Desculpe, tive que ir rápido para não prolongar sua dor. — Beija meu rosto e limpa minhas lágrimas que escaparam com os polegares.

Ficamos parados para eu me acostumar com seu impulso repentino, até que relaxo e me mexo devagar o instigando a fazer o mesmo. Asher começa a se mover, ainda sinto um pequeno desconforto, beijo seus lábios e me perco em seus beijos deliciosos. Começo a sentir uma sensação gostosa em seu entra e sai, rebolando meus quadris em baixo dele, o escuto gemer em meu ouvido, fazendo um arrepio de tesão passar por minha espinha.

Oceana, assim eu não vou conseguir me segurar. — Morde meu pescoço.

— Não se segure, me de tudo. — Sussurro em seu ouvido.

Fico extasiada quando Asher acelera seus movimentos, fazendo um entra e sai de revirar os olhos e encolher os dedos dos pés. Cruzo minhas pernas em volta de sua cintura, o dando mais espaço, fazendo seu membro entrar com mais facilidade.

— Oh, isso. Que delícia Ash.

Nossos corpos deslizam ágeis com o suor escorregando entre nós, seu corpo quente e pesado cobre o meu fazendo eu sentir toda sua magnitude e força. A eletricidade que está sempre presente entre nós, parece estar mais forte ao nosso redor nesse momento, fazendo nos encaixarmos um ao outro perfeitamente.

— Porra...que buceta gostosa.

Seus movimentos aceleram mais ainda, desço as mãos arranhando suas costas e cravo minhas unhas em sua bunda firme. Sinto o familiar formigamento começar a subir, passar por minhas pernas e as deixar trêmulas, me agarro mais em seu corpo quente e deixo essa sensação me levar.

— Porra, vou gozar caralho. Vem comigo, goza para mim.

Meus gemidos ficam mais altos conforme vamos nos aproximando do ápice, sinto uma sensação forte se formar em meu ventre, fazendo as borboletas do meu estômago aparecerem ao mesmo tempo em que meu coração acelera. Até que gozo com força, fecho meus olhos sentindo meu corpo sair da órbita, e o mundo parar ao nosso redor, somente me permito ouvir o gemido másculo de Asher próximo a mim.

Abro os olhos e encontro olhos verdes me olhando atentamente, dou um sorriso que logo é retribuído com o sorriso mais lindo que já vi, em toda minha vida. Ash se retira de dentro de mim e cai deitado ao meu lado, me puxa para seu peito e acaricia meus cabelos. Ficamos escutando a respiração ofegante um do outro, até ele quebrar o silêncio.

— Como se sente?

— Bem, muito bem.

— Só isso? —Finge uma voz de ofendido.

— Me sinto realizada, e feliz também. — Falo rindo.

— Obrigado, sei que sou incrível.

— E convencido também. — Ele gargalha.

Asher me tira de seu peito e levanta, observo ele ir até a porta e a abrir, ele volta até mim me pegando no colo, dou um gritinho. Estamos nós dois pelados no corredor indo para o banheiro. Se minha mãe estivesse aqui, ficaria abismada. Vejo ele me colocar no chão e ir ligar o chuveiro, entramos juntos e tomamos um banho rápido e cheios de mãos bobas, da parte de Asher.

Após isso, caminhamos para cozinha já secos, me dirijo a cozinha com a barriga roncando e vejo que ainda tem a macarronada que fiz.

— Quer? — Me viro para Asher que está perto da janela, fumando um cigarro.

— Quero. — Pisca em minha direção.

Coloco o pote da massa dentro do micro-ondas e o ligo. Viro para Ash e vou até ele, o abraçando por trás, encosto minha cabeça em suas costas largas e aprecio seu cheiro, um cheiro só dele, junto a nicotina do cigarro.

— Como consegue fumar logo cedo?

— Costume, cigarro pós foda é o melhor que tem. — Rio de sua teoria, e volto para o micro-ondas que acaba de apitar.

Coloco dois pratos sobre a mesa com talheres, nos sentamos e comemos, enquanto falávamos de coisas banais.

— Meu Deus. Perdi a hora do trabalho. — Por um estalo, só agora me lembro que trabalho, e já passa das nove da manhã.

— Que garota irresponsável. — Asher me olha com cinismo.

— Ei, foi você que me fez perder a hora. — Bato em seu braço.

— Mas foi você que me chamou para transar, em plena manhã de uma quinta feira. — Fico rubra, ele tem razão.
— Arrume-se, eu te levo até seu trabalho donzela.

Diz e levanta da mesa, levando nossos pratos até a pia e ligando a torneira para os lavar. Que prestativo. Vou rápido para meu quarto e coloco uma calça jeans preta, junto a uma blusa lilás de mangas curtas e uma bota de salto alto grosso preta, de cano curto.
Eu poderia não ir, já que seu Francisco está de férias, mas como me comprometi com ele que iria ficar responsável pela loja, e a abrir de segunda a sexta para lucrar, tenho que cumprir com a minha palavra.

Vou para o corredor e sigo até a cozinha, não encontro Asher ali, deve ter ido ao banheiro, pego meus remédios diários que tomo sempre quando acordo e os tomo com água.

— Pílula? Eu gozei na camisinha. — Me assusto com a voz grossa de Asher atrás de mim.

— Ah, não são não. São uns remédios diários que tenho que tomar. — Falo apreensiva.

— É? Para que? —Porque tão curioso querido?

— Outra hora te conto, mas agora não dá porque estamos atrasados... — Falo mudando de assunto, o puxando para fora da cozinha.

Eu tenho que contar. Falo comigo mesma, sim, eu tenho que contar. Mas não tenho coragem, eu sei que ele tem direito de saber que está se envolvendo com uma pessoa doente, mas... Eu não quero que quando ele saiba ele me olhe de maneira diferente, que se afaste de mim. Ele me faz tão bem.

— Ei, gatinha, vamos? — Me olha com a sobrancelha arqueada, com dois capacetes em mãos.

Sorrio e vou até ele, lhe dou um selinho nos lábios e monto em sua moto, me agarrando em seu corpo, deixando seu calor me aconchegar.

Com amor, da eternamente sua, Oceana.Onde histórias criam vida. Descubra agora