E você...você me pegou com tanta firmeza
Asher.
— Achei que iria vir só mais tarde.— Minha mãe fala assim que abre a porta principal da casa grande.
— Decidi vir mais cedo. Trouxe os cachorros.
Ela olha para trás de mim e encontra Potter e Hermione sentados, nos olhando com atenção. É, pois é, minha mãe é fã dos filmes e livros do Harry Potter. Após deixar Oceana em casa, fui pegar os cachorros e os levar para casa de dona Anna.
— Entre querido, estou fazendo o almoço.
— O babaca está aí?— Levanto as sobrancelhas, logo recebendo um olhar de repreensão da mais velha.
— Não fale assim do seu pai Asher, mas não, ele não está.— Bufo, ela é cega de amores por ele, cacete, ele que vá para o inferno.
Entro na casa grande e sigo minha mãe até a cozinha, onde estão duas cozinheiras, ela logo pega o avental e o coloca, dispensando a ajuda das duas funcionárias. Ela sempre gostou de cozinhar, o sonho dela era ser uma Master chefe de um restaurante cinco estrelas, mas o filho da puta do meu avô não a queria cozinhado, dizendo que o lugar dela era sentar na mesa e pagar pela melhor comida, e não ao contrário, que seria preparar comida para os outros. Desgraçado do caralho.
Com isso, ela teve que se casar com o meu pai, foi um casamento arranjado, para juntar os poderes das empresas da família dela e da família do meu pai. Mas no fim, ela se apaixonou pelo babaca do Caleb Dalton, vulgo meu pai. Agora estou sendo obrigado a estudar administração para tomar posse da empresa da minha mãe, eu não vou deixa ela para o filho da puta do Caleb, ele não merece, só gasta dinheiro com prostitutas e festas. Ele que fique com a dele, que está indo de mal a pior ultimamente. E que não se meta no meu caminho.
— Advinha o que estou fazendo.— Sua voz doce me tira dos meus devaneios e olho para seus olhos carinhosos.
— Massa a bolonhesa?— Era meu prato preferido quando criança.
— Exatamente.— Sorri e começa e se mover pela cozinha, cortando temperos com agilidade, ela sempre cozinhava quando Caleb não estava em casa, pois ela sabia que ele iria a xingar de tudo quanto era nome se a visse aqui.
E foi por isso que eu sai de casa, com a grana das lutas consegui comprar um apartamento para morar, não aguentava ver ele a xingar de tudo quanto era nome, acabava indo para cima dele, brigávamos como dois animais, o que sempre deixava minha mãe passando mal. Em uma dessas brigas, sua pressão subiu e ela ficou internada por uma semana no hospital, me senti culpado por dias, e para ajudar, Caleb falava que a culpa era realmente minha. E eu acreditei.
Hoje em dia evitamos nos esbarrar, não quero nada dele, por isso me sustento com as lutas ilegais no clube do Bredd. E quando me formar, o que falta apenas um ano, eu vou acabar com a raça do Sr. Dalton.
***
— Ficou bom?—— Maravilhoso, como sempre.— Beijo suas mãos de fada.
Após almoçar, vamos até a sala e ficamos conversando amenidades, gosto de vir aqui conversar com minha mãe, eu sei que ela se sente sozinha, por isso tento no máximo vir duas vezes por semana almoçar ou jantar com ela.
Nossa conversa é interrompida com Caleb entrando com tudo dentro da sala de estar, ele está com a roupa amassada, marcas de batom pelo pescoço e fede a bebida alcoólica. Olho para Anna e vejo seus olhos magoados, o vendo subir a escadaria caracol para o andar de cima. Fudido de merda.— Porque não vem morar comigo?— Tento pela milionésima vez, a convencer que seu lugar não é aqui.
— Eu não posso deixá-lo, você sabe. Se eu me separar eu perco a minha parte da empresa, eu não quero perder pois estou guardando ela para você Asher, você é meu único herdeiro e não quero que fique sem nada e desamparado quando eu partir.— Seus olhos se enchem de lágrimas.— E você sabe, eu o amo.
Fico em silêncio, me levanto e vou até seu lado, lhe dou um abraço forte, ela é a única mulher que eu abraço, a única que eu deixo gritar comigo e falar quando estou errado, a única que me faz bem.
— Preciso ir, a senhora sabe que eu e ele no mesmo lugar não dá certo.
— Tudo bem. Mas volta logo, ok?— Beija minha testa e me leva até a porta principal.
— Ok, vou tentar.— Lhe dou mais um abraço e sigo até o carro de Duzz, que peguei emprestado para trazer os cachorros. Olho para ela e a vejo ali, parada com seus cabelos tão escuros quanto aos meus, e seus olhos verdes me olhando com carinho da porta, com Potter e Hermione um de cada lado do seu corpo magro.
Enquanto dirijo, as lembranças dessa madrugada me vêm em mente. Oceana. Seu olhar tão doce e gentil, ela é tão delicada, tanto quanto nos movimentos e com as palavras. Linda. Tão linda. Lembro de a fazer gozar na boate, de beija-la, sentir seu corpo estremecer grudado ao meu enquanto lhe proporcionava um orgasmo. Logo sua bunda redonda me vem a mente, enquanto ela se trocava de costas para mim. Gostosa pra caralho.
Merda. Uma ereção nesse trânsito caótico não seria nada bom. Não acredito que tive uma mulher na minha cama e não fiz nada, pela primeira vez. O problema, era que ela não era qualquer mulher, ela era diferente, diferente das outras que eu estou acostumado a transar, isso que nós não transamos, ainda, mas quando chego perto dela me dá uma atração da porra, vê-la por trás daquele balcão da loja em que trabalha, me dá vontade de a jogar ali mesmo de bruços e fode-la, enquanto dou tapas naquela bunda arrebitada.
Droga, tarde demais, meu pau já deu sinal de vida. Caralho.
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Com amor, da eternamente sua, Oceana.
ChickLitEu te amei, desde a primeira vez em que te vi. PLÁGIO É CRIME.