Com amor, da eternamente sua, Oceana.

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Porque ele sabe...Exatamente o que eu gosto

Oceana.

Sinto minhas pernas dormentes e geladas, corro o quanto posso dando risadas ao escutar Asher uivar atrás de mim, enquanto corre para me alcançar. Estou me sentindo a própria chapeuzinho vermelho prestes a ser devorada, mas, com um lobo mal como Ash, eu adoraria ser comida. De todos os jeitos possíveis.

— Dobra a direita gatinha. — Ash grita, viro a esquina do lado direito e posso ver um grande prédio de dez andares, e me dou conta de que é o prédio de Asher.

Corro até estar em frente a ele, olho para trás e vejo Ash correndo em minha direção, é uma imagem de tirar o fôlego, literalmente. Sua camisa social branca está dobrada com as mangas até os cotovelos, dois botões em sua gola abertos me dá a visão de sua tatuagem de touro satânico desenhada no peito, sua camisa molhada colada ao seu corpo me faz salivar, posso ver daqui seus gominhos e minhas mãos coçam para querer toca-lo. Tão lindo.

— Você é rápida em. — Diz ao se aproximar, se agachando e levando as mãos ao joelho. Sua respiração está alta e rápida.

— E você, não tem mais um pulmão descente, de tanto fumar. — Ele me olha e sorri, levanta e coloca as mãos dentro do bolso da calça e tira um molho de chaves todo ensopado.

— Vamos subir logo e tomar um banho quente. —  Passa seu braço pelo meu pescoço, e me guia para dentro da portaria.

Passamos pelo porteiro que quando nos olha faz uma expressão de choque, e depois de indignação, porque por onde passamos deixamos um rastro de água. Entro no elevador com Ash ao meu lado, ele aperta o número seis e nos encostamos para esperar. O elevador para no caminho e entra uma outra pessoa, uma mulher um pouco mais baixa do que eu e loira, com um shorts que está mais para calcinha jeans e um top rosa que quase faz seus peitos siliconados saltarem.

— Asher, amorzinho. — Que voz estridente.

— Oi. Charlotte. — Ash fala a contra gosto. Apenas observo ela me ignorar e se jogar para cima dele.

— Você está todo molhado, quer ir lá em casa tomar um banho quente? Como nos velhos tempos. — Faz uma cara maliciosa e meu estômago embrulha, arg, que raiva.

— Não, valeu. Estou muito bem acompanhado. — Olha para mim e me aperta mais em seus braços.

— Ah. — Como se tivesse me notado só agora, faz uma cara de desdém, retribuo da mesma forma, a olhando de cima a baixo. — Quem é a rodada da vez? — Da um sorrisinho debochado.

Sinto meu rosto queimar, mas desta vez de raiva. O que ela disse não era para me afetar, mas afetou. Por que afinal, o que eu e Ash temos?

— A única rodada que eu estou vendo aqui, é você. — Dou um sorriso falso, a vejo fechar a cara.

Quando menos espero, a maluca tenta vir para cima de mim, Asher mais ágil me coloca atrás dele e pega em seus braços.

— Porra Charlotte, qual é a sua? Você sabe muito bem que o que tivemos não passou de sexo, puro sexo carnal e sem sentimentos.

— Mas amor, a gente era perfeito juntos.

— Não me chama de amor caralho. Vai arrumar outro para encher o saco e deixa eu e minha namorada em paz. — Namorada?

Nesse meio tempo com essas discussões, o elevador para na entrada do apartamento de Asher e saímos dele, olho para trás e vejo a loira de farmácia me olhando com ódio nos olhos, tudo que eu faço é sorrir o mais debochadamente possível. Me sinto uma criancinha briguenta. Eu não era assim. Asher talvez seja uma pequena má influência.

— Tá puta comigo? — Escuto sua voz atrás de mim, sigo para seu sofá e me sento, olho para ele que está com uma cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Quase sorrio.

— Queria não estar, mas me senti incomodada sim, pelo jeito que ela falou de vocês dois juntos, e de como ela me chamou de "rodada da vez".

— Não liga para ela, é uma louca, fica atrás de mim desde meus quinze anos pois adora luxo. E na mente escrota dela, eu poderia proporcionar isso para ela. — Suspira.

— Mas... vocês já dormiram juntos? — Por que estou fazendo essa pergunta? Não quero admitir, mas estou me corroendo de ciúmes.

— Algumas vezes, mas isso não vem ao caso, não? — Franze a testa.

— Não, a vida é sua, você faz o que quiser. — Por que estou tão emburrada?

— Ei, não fica assim, "namorada". — Sorrio. Eu sei porque me sinto assim, estou perdidamente apaixonado por Asher.

— Namorada? Não me lembro desse pedido. — Entro em sua brincadeira para amenizar o clima.

— Pois é, eu também não. Vem, vamos tomar banho. — Sorri fechando a porta que até então, estava aberta, e me puxa pela mão, me levando para seu quarto.

Quando entro, vejo que quase nada mudou desde a última vez em que estive aqui, ainda tem uma bagunçinha de papéis e tintas aqui, outra ali, mas não me importo. Vejo Ash entrar em sua suíte e ligar algo que faz som de torneira, logo ele vem em minha direção tirando a camisa.

— Tira a roupa, vamos tomar um banho de banheira. — Da um sorriso perverso.

Com uma pontinha de vergonha, tiro meu vestido, mas pensei o porque ter vergonha de Ash sendo que ele já me viu nua, e já esteve enterrado dentro de mim. Meu Deus, estou virando uma tarada. Espanto esses pensamentos e retiro minha calcinha, a única peça que faltava para ficar totalmente nua a sua frente. Asher me olha como se fosse me devorar, ele desabotoa sua calça jeans depois de tirar sua camisa, e a desce, ficando somente de cueca preta, uma visão de tirar o fôlego.

Caminho até ele que está parado em frente a porta do banheiro.

— Tem que tirar a boxer também. — Apoio minhas mãos em sua barriga.

— Tira para mim. — Me olha safado.

Abaixo minhas mãos para a barra de sua cueca e sinto que ele já está duro. Olho para ele novamente e me ajoelho em sua frente, vendo Ash me olhar anestesiado.