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E eu estou segurando ele tão forte

Oceana.

— Dessa vez trouxe dois capacetes? Bom garoto.— Brinco após ele me entregar um capacete e posicionar outro em sua cabeça.

— Claro, não quero falhar de novo e você acabar desistindo de sair comigo.— Sorri e monta na moto.

Subo logo atrás dele e passo meus braços pela sua cintura o apertando contra mim, hoje quero senti-lo até onde puder.
Asher liga a moto e seguimos em velocidade normal, até que chegamos a rua principal onde está muito movimentada, ele acelera mais e desvia de carros e motos, ultrapassando caminhões e ônibus. Me agarro mais a seu corpo e aperto minha pernas nas suas para evitar que meu vestido levante. A moto vibra a baixo de nós, e juntando isso ao corpo quente de Asher em meus braços, começo a me sentir excitada. Meu Deus. Isso não pode estar acontecendo. Fico incrédula comigo mesma. Meus hormônios desde que conheci Asher estão todos a flor da pele.

— Você está com medo?- Pergunta Asher, por cima dos barulhos de buzinas e freadas.

— Não.— Minha voz sai dengosa, mais parecida com um gemido. Oh merda.

Asher desce sua mão até minha canela, começa a fazer carícias por lá enquanto dirige com a outra, sua mão sobe mais um pouco e pousa em meu joelho, me remexo ao sentir sua palma fazer cócegas ali e gemo perto de seu ouvido. Não acredito. Enterro minha cabeça em suas costas e fecho os olhos, talvez ele não tenha escutado, pois estamos de capacete e tem muito movimento a nossa volta.

Sinto sua mão subir mais um pouco e parar na barra do meu vestido, ela fica brincando ali alguns segundos, enquanto eu vou a loucura sem saber se ele vai ou não me tocar. Quando sua mão faz um movimento para entrar em meu vestido, a moto para em frente a uma festa com uma fila enorme, Asher recolhe sua mão o que me faz quase chorar de desapontamento e desliga a moto.
Ele desce e retira o capacete, deixando seus cabelos bagunçados contra a brisa fresca da noite.

Desço da moto e tenho um pouco de dificuldade em me afirmar ao chão, espero que ele não tenha percebido. Retiro o capacete e arrumo meus cachos um pouco avoados. Sinto meu rosto ferver ao olhar para ele e encontrar seus olhos em meu decote, logo subindo para meu rosto e dando um sorriso cafajeste.
Ele pega minha mão e vamos até um segurança, que está em frente a porta, chega perto do ouvido do homem carrancudo e fala alguma coisa, o segurança afirma com a cabeça e nos deixa passar. Algumas pessoas da fila fazem caretas de desagrado.

Asher entra e coloca os capacetes em um lugar onde serve para guardar pertences, logo me puxa mais para dentro, e vejo a multidão de corpos dançarem suados se esfregando uns nos outros  de forma eletrizante em meu campo de visão.

— Vamos no bar.— Grita por cima da música. — O que quer beber?

Pergunta me olhando, olho para frente e vejo a infinidade de bebidas que ali residem. Não posso tomar muito álcool por causa dos remédios.

— Algo sem álcool.— Falo para ele, que me olha como se eu fosse de outro planeta.

—Você vem em uma boate e não bebe álcool?

— Eu não posso.— Falo baixinho e um pouco triste.

— Tudo bem, depois conversamos sobre isso.— Ele sorri de lado e chama o barman. — Um whisky com gelo e um drink sem álcool de frutas vermelhas.— Diz e o cara se retira para preparar nossas bebidas.

Enquanto isso, olho ao redor e vejo as pessoas animadas pulando e cantando uma música que desconheço. Sinto a mão de Asher pousar em cima da minha e olho para ele que me entrega o drink. É um líquido vermelho clarinho, com pedaços de frutas de morando, cereja, amora e melancia. Tomo o primeiro gole e gemo de satisfação. Que coisa deliciosa.

— Vejo que gostou.— Comenta Asher tomando um gole de seu whisky.
Balanço a cabeça afirmativamente e tomo mais alguns goles.— Tens quantos anos?

— Vinte, e você?— Olho-o com atenção.

— Vinte e três.— Fico surpresa.

— Pensei que fosses mais velho.

— Porque?—  Sorri franzindo a testa, o que o deixa mais charmoso.

— Você parece rabugento.— Brinco com tom zombeteiro e ele se finge de ofendido.

— Você que parece uma velha, nem toma álcool.—  Olho para ele e lhe dou um tapinha no braço.— Mas se fosse, seria uma velha muito gostosa.— Sussurra baixinho em meu ouvido.

Suspiro alto e sinto os lábios de Asher em minha orelha, ele mordisca ela devagarinho me deixando fora de órbita. Seus beijos descem para meu pescoço onde deixa mordidas fortes e lambidas para aplacar a dor, isso é tão bom. Passo meus braços pelo seu pescoço e deixo ele fazer o que quiser comigo. Seus beijos chegam em meu queixo e ele aperta minha cintura com suas mãos grandes me arrancando suspiros fortes.

Quando ele encosta seus lábios nos meus, escutamos a voz de Max ao nosso lado.

— Você não chamou a gente para nos deixar de vela, chamou?— Pergunta indignado para Asher com Taylor e Duzz ao seu lado.

Olho para Asher e me afasto ajeitando meu vestido.

— Ok, ok, vamos encher a cara.— Asher fala e os meninos gritam indo fazer seus pedidos.— Mais tarde você não escapa, pequeno Oceano.— Diz e toma mais um gole de sua bebida, com seus olhos faiscando de desejo em minha direção.

Com amor, da eternamente sua, Oceana.Onde histórias criam vida. Descubra agora