Capítulo 8

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Coisas quebradas tem uma certa beleza triste. Depois de anos de histórias e triunfos e tragédias infundidas nelas, elas podem ser muito mais românticas do que coisas novas que não tiveram aventuras.
- Anne with an E

Liam

Meses Antes....

Estava andando pela rua tranquilamente procura de um dos meus amigos, íamos para um evento Geek que iria começar daqui a algumas horas, no caminho avistou uma garota usando cosplay da Hinata Hyuga, que era uma peruca roxo escuro, casaco lilás, calças preta com os saltos da mesma cor.

Vejo Brett se aproximando dela, não sei, mas sinto que tem algo acontecendo ali, ele é um garoto intimidador que pratica bullying com quase todo mundo que não pensa igual a ele, ninguém nunca faz nada por causa dele ser neto do prefeito tem uma certa imunidade.

— Você é uma cadela — intimidou, ela deu uns passos pra trás devido ao medo — É uma cadelinha malvada — completou.

— Ei, ei, ei, ei Brett — gritei — Está tudo bem? — perguntei me aproximando deles — É muito bom estar de volta — falei, havia acabado de voltar da casa dos meus tios que moram fora do país.

— É, seja bem-vindo — falou.

— É bom te ver amigo, vocês estão fazendo algum tipo de jogo aqui? — o questionei vendo ambos ficarem em silêncio — Parece divertido, mas acho melhor irmos pro evento se não chegar atrasada para o concurso de melhor cosplay — falei olhando pra garota.

— Eu preciso encontrar com o meu avô — falou saindo.

— Está tudo bem mocinha? — perguntei atencioso.

— Tenho que ir ao evento — falou recolhendo suas coisas que havia caído no chão.

— De nada — falei vendo ela passar por mim — Precisa de algo a mais? Tem algum ninja que eu preciso ser morto? — a questionei vendo dar passos rápidos.

— Não, obrigada — agradeceu se afastando cada vez mais.

— Ei quem é você? — perguntei tentando alcançá-la — Moça qual o seu nome? — insisti — Porque não me diz o seu nome? — perguntei, finalmente me aproximando dela.

Já vi tantas garotas vestidas de cosplay nessa cidade, mas ela é diferente, sinto algo em especial nela, mesmo não conseguindo ver completamente devido ao excesso de maquiagem e as lentes brancas nos olhos.

Ao chegarmos na porta do shopping, corri na frente.

— Permita - me — falei enquanto empurrava a porta pra que ela entrasse.

— Obrigada — agradeceu timidamente — Me desculpe se fui indelicada cheguei, faz dois dias aqui na cidade, aquele garoto queria me ver por trás da fantasia e neguei, pois foi meio complicado me vestir assim — explicou — Meu nome é Joyjah — se apresentou.

— O meu nome é..... — quando ia me apresentar devidamente a ele, meus amigos chegaram gritando o meu nome ''LIAM'' fazendo um pequeno círculo em minha volta, percebi que havia perdido a garota de vista, a verei novamente dentro do shopping mas precisamente no espaço onde seria o evento.

— Quem era ela? — Will perguntou.

Will era o meu amigo do colégio rival, havia lhe conhecido num grupo de LOL, era um garoto legal apesar de ser bem curioso.

— Joyjah — respondi.

— Que nome estranho — falou — Pelo menos viu ela sem fantasia? Ou sabe de onde veio? — me perguntou.

— Não interessa de onde ela é, uma garota bonita é uma garota bonita — falei sorrindo, ambos começaram a zombar de mim, nem me importei, apenas quero vê-la novamente.

Dias depois.....

Era mais uma aula de literatura, estávamos lendo poemas o escolhido havia sido ''O Pescador'' de Bary Comer o professor Clark mandou a aluna nova começar a leitura, ela estava tão envergonhada que nem ao menos falou o seu nome ao chegar.

Ao começar a ler, reconheci a voz dela da garota daquele dia, ela lia tão bem de uma maneira tão poética quando terminou recebeu vários aplausos.

Era o horário do intervalo, ela estava sentada sozinha perto das árvores no jardim do colégio, percebi que não estava comendo nada, gentilmente me aproximei.

— Ei, achei que você poderia gostar — falei estendendo uma maçã pra ela, minha família tinha uma pequena plantação de macieiras — Está bem doce — insisti.

— Vai embora, tem que se afastar — murmurou.

— Desculpe, eu não entendi o que disse — falei.

— Eu não posso falar com você — falou se levantando.

— Porque não? — perguntei sem entender o que estava acontecendo.

Ela nada respondeu, apenas saiu, naquele dia havia descoberto que ela era a irmã mais nova Nate Stuart o atleta estrela do colégio.

Ele tinha uma rivalidade estúpida, comigo devido ao nos do sobrenome, os Bass nunca se deram bem com o Stuart devido à competição no passado por serem capitão dos times rivais.

Particularmente nunca me importei com essa rivalidade e muito menos em jogar futebol achava um esporte extremamente desnecessário, minha única paixão sempre foi os quadrinhos e o desenho. Futuramente quero publicar uma história em quadrinhos, não era sobre super heróis e sim um romance.

Mas até agora não faz sentido ela ter mentido o seu nome pra mim, comecei a investigar a fundo sobre isso, sempre gostei de histórias de detetives agora era a minha chance de exercer o que aprendi.

Quando comentei com o meu pai sobre a garota que eu estava gostando, ele me contou do seu amor do ensino médio a tão famosa cantora Aisha Sava que havia morrido meses atrás num acidente de carro ao lado de sua filha Joyjah.

Ele me contou que era de um colégio rival e que Aisha era a capitã das líder de torcida que tinha um rolo com o capitão do time Neandro, ao começar a namorar ela começou a ter brigas e desentendimentos com o ele.

E que nem podiam se ver na rua que estavam discutindo e até mesmo partindo para agressão físicas, meu pai não se orgulhava de tal ato, hoje que é um adulto e compreende que era bobeira de adolescente e que não é a favor de resolver as coisas com violência.

Ao mostrar uma foto da Charlotte, ele ficou estático, dizendo que se tratava da filha da Aisha que tinha dado como morta, porque ele nunca havia perdido contato com ela mesmo depois da fama e chegou a conhecer a garotinha, mas não entendia porque ela fez isso.

No fundo, talvez ela queria fugir do mundo da fama, agora fazia sentido essa tamanha rivalidade é uma briga antiga por uma garota, creio que sei o que meu pai havia visto nela se a filha for mesmo idêntica a mãe.

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Ps: Will é personagem secundário do livro da minha amiga Duarkeh

"Just The Same" 

My Dear Stalker ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora