My Dear Stalker ( Concluído)

Capítulo 5

"Ela é o tipo de garota que compartilha dos seus sonhos, mas talvez não dos seus sentimentos.

- Dezesseis Luas"

Charlotte

Ao chegar em casa, me deparo como meu pai e a minha madrasta, sentados no sofá, provavelmente estavam à minha espera.

— Não devia andar com roupas tão curtas por aí — Meu pai falou olhando em direção ao meu short.

— Não começa — pedi irritada.

— Deixa ela querido — Madrasta me defendeu — Ela é adolescente tem mais que mostrar a sua beleza — falou piscando.

— Ah — falei ficando envergonhada — Apenas sai um pouco com a Phoebe e o irmão dela — falei me sentando no sofá.

— Qual deles? — Meu pai perguntou, mostrando um certo interesse.

— Pietro — respondi.

— Sabe bem que não gosto daquele rapaz, não é boa influência pra você — falou irritado.

— Ok pai — concordei.

Não queria discutir com o meu pai, ele tinha um pouco de razão já que o Pietro era um hacker profissional aos 11 anos, usava seu talento para jogos, mas infelizmente acabou conhecendo umas pessoas erradas e começou a roubar.

Por sorte ele mudou e não é mais assim, mesmo assim meu pai insiste em dizer que não é bom rapaz.

Vejo meu meio-irmão e o meu namorado descendo as escadas correndo, ambos estavam usando jaqueta verde do time, calça jeans preta (do meu irmão tinha um rasgado na perna) e ambos estavam de all star preto e vermelho respectivamente.

— Oie meu amor — Meu namorado se aproximou me dando um beijo na testa — Precisamos conversar um minuto em particular — pediu, olhando em direção aos meus pais e ao meu irmão.

Ambos saíram sem dizer nenhuma palavra.

— O que aconteceu? — perguntei, vendo ele se sentando ao meu lado.

— Não sei como te falar isso — respondeu passando a mão pelos seus próprios cabelos.

— Apenas fale e pronto — mandei impaciente.

— Quero terminar com você — falou desviando o olhar, sabia que um dia aconteceria isso, mas ainda não estava preparada — Agora que sua popularidade vai para o buraco, não quero que a minha vá também — explicou.

Phoebe tinha razão quando me disse que não era uma boa ideia namorar o Sam, mesmo ele sendo boa pinta só é mais um rostinho bonito naquele colégio, se pudesse estava namorando um espelho.

— Você está bem? — perguntou tocando no meu ombro.

— Estou sim — menti — Agora pode ir — falei apontando com o dedo à porta.

— Ok — falou saindo.

Me levantei, indo em direção a cozinha, todos conversavam tão animadamente, não queria estragar aquele momento com o meu término.

— Cadê o seu namorado? — Minha madrasta perguntou olhando para os lados.

— Foi embora — respondi, sem dar muitos detalhes.

— Ué, o Sam falou que iria ficar pra jantar — Meu meio-irmão falou confuso.

— Ah vamos preparar o jantar — sugeriu, pra mudar de assunto.

— O que gostaria de comer? — Minha madrasta perguntou.

— Estrogonofe ou galinhada — respondi.

— E a minha opinião não conta? — Meu meio-irmão perguntou irritado.

— Conta sim querido — Minha madrasta respondeu apertando as bochechas dele de leve.

— Ixi, não tem batata palha e nem coca cola — Meu pai falou — Poderia ir lá comprar pra nós filho — pediu tirando da carteira uma nota de 50 entregando a ele.

Ele não disse nada, pegou as chaves do carro que estava pendurado do lado do armário da cozinha e saiu.

Enquanto isso eu, meu pai e minha madrasta começamos a picar as coisas e colocar no fogo.

Quando estava tudo pronto, meu meio-irmão chegou com as coisas que meu pai mandou e trouxe alguns filmes com ele.

Nós sentamos na mesa e começamos a comer.

Foi tão divertido hoje, apesar do que aconteceu não deixei aquilo afastasse a minha noite.

No dia seguinte.....

Acordei com o maldito barulho do despertador, como a porta do meu quarto está ficando aberta a minha madrasta ao lado da empregada entraram pra me ajudar a vestir o uniforme.

Odiava estar com essa maldita perna enfaixada e não poder fazer nada sozinha direto.

Coloquei o típico uniforme do colégio, não era muito de usar já que estava sempre com a roupa das líderes de torcida, não que seja feio, mas não era acostumada por ser mais colorido esse era preto com o símbolo do colégio na camiseta e no paletó e tinha um short saia ou poderia usar uma calça ou bermuda optei pela calça mesmo.

Estava pronto para ir ao colégio, empregada fez uma trança no meio da minha cabeça.

Fui tomar café da manhã, não vejo o meu irmão já que foi mais cedo correr com os garotos do time e o meu pai foi viajar pra resolver uns negócios de trabalho.

Me servi apenas com uma vitamina de morango e um pedaço de bolo mesclado, ao terminar de comer a minha madrasta me levou até o colégio.

Ao chegar, percebi que alguns me olhavam e cochichavam, pelo jeito todos estão sabendo da minha troca de clube.

Engraçado que meu pai não me disse especificamente qual era o clube, apenas me avisou da troca.

Fui em direção ao meu armário, por sorte hoje não tinha carta do Otakus Maníaco vulgo JJ, peguei o meu material e fui andando em direção à sala de francês.

JJ estava no seu armário procurando algo, me aproximei dele aproveitando que estava sozinho, tinha que tirar aquela história a limpo.

— Oie — falei batendo a mão pra fechar o seu armário.

— Está doida? — perguntou irritado.

— Olha aqui, sei que sabe coisas sobre mim e se vazar qualquer coisa têm dez advogados à minha disposição, irei acabar com a sua vida, entendeu? — ameacei.

— Segundo você quem eu sou? — perguntou sarcástico.

— Não se faça de cínico Otakus Maníaco — respondi irritada.

— Não seja tão estressadinha — pediu — Eu não sei que está falando — falou saindo apressado.

Que raiva, porque esse garoto tem que ser tão arrogante, fui pra minha aula de francês ainda tinha prova pra fazer.

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JJ saiu apressadamente indo em direção ao vestiário pra se trocar, tinha aula de educação física, mas antes disso mandou uma mensagem: " Ela está perto da verdade, acha que eu sou o Otakus Maníaco, até quando vai ficar com essa história de anônimo?"

Guardou o celular, entrando na quadra do colégio, para o jogo de queimado.